📊 Um Gráfico

Os impactos negativos do microgerenciamento

Por Jonas Vieira

Hoje vai ao ar no Invoice Cast, um episódio sobre microgerenciamento no comércio exterior (segue a gente no Youtube ou Spotify).

Acredito ser um problema maior que em outras áreas, pois os erros cometidos no comércio exterior podem causar um prejuízo desproporcionalmente absurdo.

O pior é que pode ser um erro cometido por um assistente ou analista que, se não for visto por colegas ou superiores, pode causar um estrago difícil de contornar.

Mas microgerenciar fora do bom senso tem consequências. A pesquisa acima mostra que, das pessoas entrevistadas:

1.  79% já sofreu microgerenciamento
2. 71% disse que afetou a performance
3. 85% sentiu que a motivação foi impactada negativamente
4. 69% considerou mudar de emprego devido ao microgerenciamento
5. 36% mudou de emprego por causa disso

*A soma não fecha, pois uma mesma pessoa pode ter manifestado mais de uma resposta.

36% é bastante gente.

Contudo, é preciso analisar o outro lado, pois a palavra tomou uma conotação negativa generalizada. Pode ser que um colaborador precise ser microgerenciado em certos momentos, como ao receber novas funções ou durante seu onboarding.

Assim como vi pesquisas que mostram que alguns colaboradores, por não saberem lidar com pressão, chamam de microgerenciamento o que, na verdade, foram apenas cobranças cotidianas de superiores.

👀 Yuan já responde por quase um terço do comércio exterior chinês

O yuan chinês já responde por cerca de 30% das transações de comércio exterior do país, reflexo da estratégia de Pequim para reduzir a dependência do dólar.

A moeda tornou-se um componente chave da política econômica voltada ao Sul Global, alcançando 2,4% das reservas internacionais e superando o euro no financiamento mundial, segundo o FMI.

Essa expansão se apoia em acordos de swap cambial com mais de 50 países, entre eles Argentina, Rússia e Turquia. Ainda assim, o yuan opera num ambiente controlado por Pequim e está distante da liquidez oferecida pelo dólar.

Pequim mantém rígido o controle sobre as entradas e saídas de capital, visando proteger o sistema bancário de choques externos e ataques especulativos.

Motivações políticas e econômicas explicam essa preferência do país por preservar o domínio sobre o crédito interno e a taxa de câmbio, mesmo que isso limite o alcance internacional da moeda.

É justamente essa política de controle que impede uma conversibilidade plena do yuan, reduzindo o incentivo de investidores e bancos centrais para manter grandes volumes em yuan. Assim, sua presença nas reservas mundiais cresce lentamente, mas permanece distante dos níveis do dólar e do euro.

🤝 EUA se aproximam do fim do shutdown mais longo da história

O Senado dos Estados Unidos aprovou na segunda-feira (10), por 60 votos a 40, um acordo que pode encerrar a paralisação mais prolongada do governo federal. O projeto segue agora para a Câmara dos Representantes, que deve votar na quarta-feira (12), antes do envio ao presidente Donald Trump para sanção.

• Desde 1º de outubro, mais de 1 milhão de servidores federais estão afastados ou atuam sem receber salário, incluindo controladores de tráfego aéreo.

A pressão sobre os congressistas aumentou nos últimos dias devido ao agravamento da crise aérea, com mais de 6.000 voos cancelados no país desde sexta-feira (7).

Em resposta ao caos nos aeroportos, Trump ordenou nesta segunda (10) o retorno imediato dos controladores ao trabalho, ameaçando reduzir o salário de quem não cumprir a ordem.

O presidente também prometeu um bônus de US$ 10.000 para quem trabalhou durante o shutdown.

O acordo que põe fim ao shutdown prevê recursos temporários até janeiro de 2026, a readmissão de funcionários demitidos e o custeio, durante todo o ano fiscal, de programas de assistência a americanos de baixa renda.

A disputa também envolveu a exigência democrata de prorrogar subsídios ao seguro-saúde, mas o compromisso adiou essa discussão para votação separada.

Atenção! Os candidatos que vão fazer a prova de ajudante de despachante podem conferir o edital oficial, que traz todas as orientações e informações sobre o exame. Acesse aqui.

♻️ Navios com combustíveis limpos representam 37% dos pedidos

Os navios de carga movidos a combustíveis mais limpos representaram 37% dos pedidos de embarcações mercantes entre janeiro e outubro de 2025, mantendo-se estável em relação ao mesmo período de 2024, segundo a consultoria AXSMarine.

A tonelagem bruta total (GT) caiu de 113 milhões em 2024 para 78 milhões em 2025. Os pedidos de 2024 haviam alcançado o nível mais alto em 17 anos devido aos desvios pelo Mar Vermelho para evitar ataques Houthis — um processo que exigiu a entrada de mais navios em operação para manter os cronogramas em viagens mais longas.

Os operadores também se preparavam para novas regulamentações ambientais da agência da ONU responsável pelo transporte marítimo internacional.

As encomendas de navios que utilizam combustíveis alternativos totalizaram aproximadamente 29 milhões de toneladas de arqueação bruta (GT) de janeiro a outubro deste ano, uma queda em relação aos 42 milhões de GT no mesmo período do ano passado.

A estagnação reflete incertezas sobre quando entrarão em vigor as normas internacionais para redução de emissões marítimas. Em outubro, a OMI, adiou por um ano, sob pressão dos EUA e Arábia Saudita, a decisão sobre as metas de redução de carbono.

Contudo, grandes operadoras como Maersk e Hapag-Lloyd afirmaram que manterão os esforços de redução de carbono. Entre as novas embarcações, o gás natural liquefeito domina como combustível alternativo, com 29% dos pedidos, seguido pelo metanol, com 9%.

📦Consolidado de Notícias do Dia

📧Quer receber os próximos envios no seu e-mail?

📢Quer anunciar sua empresa, serviços, eventos ou produtos? Fale conosco.

Você recebeu esse e-mail porque assina o Follow-Up do Comex
Follow-Up do Comex faz parte do Grupo Invoice®