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Agentes de Carga alertam para atrasos conforme o shutdown continua.
A falta de funcionários pode interromper rotas e comprometer a eficiência de voos domésticos nos EUA e internacionais.
📊 Um Gráfico
Estudo sobre como os riscos geopolíticos impedem o progresso da descarbonização.
O gráfico é resultado de um extenso estudo sobre como os acontecimentos geopolíticos impedem o desenvolvimento da descarbonização no transporte. Ao analisarem mais de 500 milhões de palavras através de machine learning e análise causal, os autores mostram que tais riscos reduzem em cerca 14,4% de disposição dos países em cortar emissões, podendo atrasar em até 50 anos a meta da IMO de zerar o carbono até 2050.
Antes de 2019, as atitudes apresentavam flutuações moderadas, refletindo um alinhamento gradual com as metas climáticas.
No entanto, após 2019, as tensões geopolíticas passaram a ofuscar cada vez mais as prioridades ambientais, evidenciando o desafio de manter o impulso em meio a crises, dentre eles:
Guerra Rússia–Ucrânia (2022) provocou um aumento de 1,5% nas emissões globais de CO₂ do transporte marítimo e levou navios a desviarem por rotas mais longas e ineficientes.
Explosão do gasoduto Nord Stream (2022) agravou os impactos da guerra ao alterar cadeias de abastecimento energético e aumentar o uso de rotas com maior intensidade de carbono.
Conflito Palestina–Israel (2023–2024) causou o maior impacto individual, com aumento de 61,3% nas emissões de embarcações que passaram a contornar o Cabo da Boa Esperança (devido aos ataques dos Houthis), totalizando 1,36 milhão de toneladas adicionais de CO₂ em apenas seis meses.
Portanto, a conclusão não tão surpreendente é que, quanto mais riscos geopolíticos os países sofrem e tenham proximidade dele, mais eles retiram recursos e esforços na descarbonização do transporte.
😨 Agentes de Carga dos Estados Unidos alertam para atrasos conforme o Shutdown continua.

A Associação Americana de Agentes de Carga Aéreos (AfA - Tradução Livre) manifestou decepção com a continuidade da paralisação do governo federal dos EUA, alertando que a situação pode gerar atrasos e perturbações nas cadeias de suprimentos.
Há preocupação de que as faltas possam aumentar caso funcionários essenciais da Administração de Segurança no Transporte (TSA), da Administração Federal de Aviação (FAA) e da Aduana e Proteção de Fronteiras (CBP) continuem sem receber salários.
“O transporte aéreo de cargas depende de um governo funcional.
Os profissionais da TSA, FAA e CBP demonstram dedicação extraordinária em circunstâncias difíceis, mas não se pode esperar que continuem indefinidamente sem remuneração. O Congresso precisa encerrar a paralisação, pagar esses trabalhadores e restaurar a confiança no sistema que mantém o comércio em movimento.”
A AfA destacou que agentes da TSA são responsáveis pela triagem de cargas, enquanto os da CBP têm papel essencial nas liberações de importação e exportação. A redução de pessoal nessas agências pode retardar processos, gerar acúmulo de cargas e prejudicar a economia americana.
A falta de funcionários da FAA também pode interromper rotas e comprometer a eficiência de voos domésticos e internacionais.
A associação informou que segue acompanhando de perto a crise e está disposta a colaborar com formuladores de políticas para garantir a estabilidade, segurança e confiabilidade da rede de carga aérea dos EUA.
A paralisação começou 1º de outubro, após republicanos e democratas falharem em aprovar um novo orçamento, o primeiro shutdown em mais de sete anos. Embora funções essenciais continuem operando, há risco de atrasos em certificações e aprovações de novas rotas.
👀 China e EUA estão chegando num consenso antes de possível encontro entre os presidentes.
China e Estados Unidos alcançaram um consenso preliminar após dois dias de negociações em Kuala Lumpur, indicando redução de tensões comerciais e possível reunião entre Xi Jinping e Donald Trump em Seul, no fim do mês.
As conversas abordaram tarifas recíprocas, exportações agrícolas, fentanil, e controles sobre terras raras e tecnologia.
O ponto mais sensível foi a crise da soja norte-americana. Desde setembro, a China não comprou nenhuma carga da nova safra dos EUA.
Entre janeiro e agosto de 2025, as importações chinesas de soja transgênica dos EUA caíram 95,5%, despencando de US$ 2,28 bilhões (R$ 12,3 bi) para US$ 101,8 milhões (R$ 548 mi).
Diante dessa oportunidade, a soja brasileira e argentina preencheram essa lacuna, o que reforça o papel importante do Brasil como principal fornecedor mundial do grão.
O Tesouro dos EUA afirmou que o novo acordo “trará alívio aos produtores norte-americanos”, sinalizando uma tentativa de recuperar parte desse mercado. Outro tema crítico foi o das terras raras, insumo essencial para semicondutores e veículos elétricos.
A tarifa de 100% que entraria em vigor em novembro foi suspensa, e Pequim prometeu rever controles de exportação, embora novas restrições já estejam programadas para 8 de novembro.
Por fim, houve avanço sobre o impasse do TikTok: os países devem anunciar a criação da joint venture TikTok US Data Security (USDS), que ficará responsável pelos dados norte-americanos.
Investidores dos EUA terão maioria no conselho, mas a chinesa ByteDance seguirá como maior acionista individual.
Para o Brasil, o acordo tem 2 impactos diretos:
Risco de perda parcial do protagonismo na soja se a China retomar compras dos EUA;
Possível redução de pressões tarifárias sobre o setor marítimo, o que beneficia o frete internacional em rotas brasileiras.
💰Câmara aprova linha de crédito emergencial para exportadores afetados por tarifas dos EUA
A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 3868/25, que institui uma linha de crédito emergencial em dólar destinada a apoiar empresas exportadoras brasileiras impactadas pelas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos a produtos nacionais.
Critérios para acesso ao financiamento
Para solicitar a LR-ACC, as empresas deverão comprovar:
Atuação em setores diretamente afetados pela tarifa extraordinária; e
Existência de uma operação de adiamento sobre contrato de câmbio registrada no Banco Central do Brasil, vinculada à exportação prejudicada.
A operacionalização será realizada por instituições financeiras públicas federais, e os recursos poderão ser provenientes de dotações orçamentárias da União, do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) ou de outras fontes públicas.
Próximos passos
A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Desenvolvimento Econômico; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Para virar lei, precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.
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