Alerta: Greve nas aduanas paralisa fluxos e gera filas crescentes

Mudanças no comércio internacional e investimentos logísticos moldam cenário para o Brasil.

Hoje é sexta… dia de despachar o cansaço, liberar o descanso sem necessidade de certificado e deixar a burocracia pra segunda.

Mas antes de liberar o descanso, conta pra gente uma coisa:

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✋ Greve: operação-padrão é intensificada nas Aduanas

A operação-padrão com desembaraço zero, continua causando impacto nas Aduanas. Em Foz do Iguaçu (PR), cerca de 1.140 caminhões estão parados.

Em São Borja (RS), a intensificação no Centro Integrado de Fronteira ocorreu na segunda-feria (28), com fiscalização nos veículos da Argentina que entram no Brasil — cerca de 40 veículos foram inspecionados, causando filas de dezenas de carros e um tempo de espera de mais de 6 horas.

Em Porto Xavier (RS), o tempo de liberação de exportações, que costuma ser de 2 horas, passou para 24 horas.

Na entrada do Porto Seco Rodoviário de Uruguaiana (RS), na terça-feira (30), foi realizada uma operação de fiscalização documental e de verificação física da integridade dos elementos de segurança das cargas. A ação resultou na formação de uma fila de 4km e na retenção de 200 senhas de acesso ao recinto, com tempo médio de espera de três horas.

Novas operações devem ser realizadas na próxima semana, inclusive com o apoio de mais unidades.

🛞 Tarifaço de Trump pode afetar valor do pneu no Brasil

O comércio de pneus industrializados no Brasil registrou queda de 3,1% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O mercado de reposição também recuou, com baixa de 9,2%.

O recuo gerou forte impacto no resultado consolidado das vendas do setor, segundo divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).

O recuo gerou forte impacto no resultado consolidado das vendas do setor, segundo divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).

Além da baixa, o setor expressa preocupação com o risco de aumento nas importações asiáticas, após o tarifaço dos EUA. Segundo a Anip, há 4 anos a indústria enfrenta concorrência de pneus que chegam ao país com preços abaixo do custo de produção nacional.

Atualmente o Brasil possui 21 fábricas de pneus, de 11 fabricantes, localizadas em sete estados do país — gerando 32 mil empregos diretos e 500 mil indiretos.

Rogério Gonçalves, diretor de supply chain da Magnun Tires, acredita que dois movimentos principais são esperados:

O primeiro é o aumento da oferta de pneus importados no Brasil, com os países buscando escoar sua produção redirecionada após a perda de competitividade nos EUA, o que reduziria os preços no mercado nacional.

O segundo é o aumento das exportações de pneus produzidos no Brasil para o mercado americano, por conta da sobretaxa menor, custo de logística menor, câmbio favorável e o espaço deixado pelos concorrentes asiáticos. Esse movimento pode, inclusive, provocar uma inversão no mercado interno, com mais pneus importados e um maior percentual de exportação da indústria nacional.

A realidade sobre os preços no mercado interno é incerta. Se houver excesso de oferta, os preços devem recuar. No entanto, caso a indústria nacional aumente suas exportações, ao mesmo tempo que aumente a pressão para restringir a entrada de pneus de fora, o preço interno pode subir.

🌎 China avalia abrir negociações com os EUA sobre tarifas

O Ministério do Comércio da China informou nesta sexta feira (2), que estuda a possibilidade de abrir negociações com os EUA sobre as tarifas comerciais, após sucessivas tentativas de contato por parte de autoridades norte-americanas.

Na semana passada, Donald Trump disse que representantes dos dois países estariam em negociação sobre um acordo e que o presidente da China, Xi Jinping, o procurou para tratar do assunto.

Essas declarações foram negadas em diversas oportunidades pelo governo chinês. Na quarta-feira (30), o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, confirmou a versão chinesa de que não há negociações entre os dois países até o momento.

No comunicado oficial, o porta-voz do ministério destacou que, embora Pequim avalie positivamente iniciar as negociações com a Casa Branca, a guerra tarifária partiu de Washington. Segundo ele, os EUA devem mostrar sinceridade se quiserem firmar um acordo.

🇮🇷 Irã aumenta exportações para o Brasil com impulso do BRICS

O Ministro da Agricultura do Irã, Gholamreza Nouri Ghezeljeh, anunciou que o país irá ampliar as exportações de caviar, nozes secas, kiwi, romãs e maçãs para o Brasil.

Segundo o ministro, o crescimento do comércio entre os dois países foi viabilizado através da coordenação entre as autoridades agrícolas. Atualmente, o volume de negócios agrícolas com o Brasil alcança US $7 bilhões.

O Irã oficializou sua adesão ao BRICS em janeiro de 2024. Desde então sua colaboração ativa dentro da associação tem fortalecido a posição de Teerã, especialmente no setor agrícola.

🏗️ 1º leilão portuário do ano movimenta R$ 857,1 milhões

O primeiro leilão de terminais portuários de 2025 somou R$857,1 milhões em outorgas, com a concessão de quatro áreas: três no Porto de Paranaguá (PR) e uma no Rio de Janeiro.

No total, 10 proponentes participaram das disputas pelos ativos.

A maior outorga foi registrada no último leilão da série, o PAR15. Localizado no Porto de Paranaguá, foi arrematado pela Cargill Brasil por R$411 milhões, após uma acirrada disputa à viva-voz — quando os interessados elevam suas ofertas até o final da disputa.

O PAR14 e o PAR25, ambos também do Porto de Paranaguá, foi arrematado pelo BTG Pactual Commodities Sertrading e pelo Consórcio ALDC (Empresas Louis Dreyfuis e Amaggi), respectivamente.

O RDJ11, do Porto do Rio de Janeiro, recebeu proposta única, e foi arrematado pelo grupo composto pelas empresas Triunfo Logística e Sul Real GMBL.

O leilão atingiu recordes no número de participantes e em volumes de investimentos no setor portuário.

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