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Apagão trava comércio exterior e logística espanhola: veja o impacto

Enquanto o apagão na Europa afeta diferentes setores do comércio exterior, o Brasil registra recordes, negocia com os Emirados e atualiza processos na DUIMP.

😩 Apagão na Europa paralisa comércio exterior e logística na Espanha

O apagão que afetou a Europa na segunda-feira (28) provocou um colapso nunca visto no comércio exterior e na logística da Espanha — 60 países ficaram sem eletricidade, paralisando portos, estradas, aeroportos e atividades industriais.

Estimativas iniciais apontam que o impacto econômico poderá superar 1 bilhão de euros.

Exportadoras e importadoras tiveram suas cadeias logísticas bloqueadas, com contêineres e navios parados. Fontes portuárias relatam que o congestionamento poderá levar dias para ser normalizado, principalmente em Algeciras, Valência e Barcelona.

A falha elétrica desativou semáforos, painéis de sinalização e sistemas de controle de tráfego, provocando grandes congestionamentos e acidentes. No setor aéreo, dos 6.000 voos programados, 334 foram cancelados.

Embora os aeroportos tenham operado com geradores de emergência, o acesso aos terminais foi prejudicado e os atrasos se multiplicaram.

No sistema ferroviário, durante as 12h30 de apagão, todos os trens foram parados.

A produção de grandes indústrias exportadoras, como Seat, Ford, petroquímicas Tarragona e fábricantes ferroviários como a CAF, foi paralisada. A falha também comprometeu a conservação de produtos perecíveis e as cadeias de refrigeração, gerando perdas milionárias nos setores agroalimentar e farmacêutico.

O fechamento forçado do comércio internacional e a interrupção dos fluxos provocaram um forte impacto negativo no comércio exterior espanhol. Segundo a Electrical Network, o fornecimento de eletricidade já foi restaurado em 99% na manhã de terça-feira (29). As investigações sobre as causas do apagão seguem em andamento.

Você acha que o Brasil estaria preparado para enfrentar um apagão como o que paralisou a Europa?

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🤝 Emirados Árabes Unidos avançam em acordo com o Mercosul

Os Emirados Árabes Unidos estão nas fases finais da negociação de um acordo com o Mercosul, informou nesta segunda-feira (28), Reem Al-Hashimy, ministra de Estado para Cooperação Internacional do país.

A expectativa é de que o acordo seja firmado ainda este ano, fortalecendo a presença dos Emirados no bloco sul-americano e incentivando novos investimentos.

Com mais de 27 tratados comerciais firmados em diferentes mercados pelo mundo, os Emirados buscam ampliar suas parcerias no Mercosul. De acordo com o ministro assistente de relações Econômicas e Comerciais, Al Hajeri, o Brasil pode ser a porta de entrada do país na América Latina.

Embora já existam investimentos relevantes e acordos estabelecidos no setor de energias renováveis, Al Hajeri apontou que há interesse em expandir a atuação para áreas como infraestrutura, segurança alimentar e logística.

O ministro destacou ainda que, embora o comércio bilateral não petrolífero entre o Brasil e os Emirados Árabes já tenha ultrapassado US$ 4 bilhões, considera apenas o começo. O objetivo dos Emirados é expandir os volumes de comércio, fluxos de investimento e fortalecer a colaboração intersetorial nos próximos anos, com o Brasil sendo considerado um parceiro relevante em áreas como energia, infraestrutura, agricultura e defesa.

💻 DUIMP: Sefaz-SP atualiza informações

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ/SP) informa que o novo sistema de importação DUIMP, voltado para exoneração integral de ICMS, terá uso obrigatório a partir de 02/06/2025.

Até 01/06/2025, o sistema poderá ser utilizado de forma facultativa.

Após essa data, DUIMPs desembaraçadas não serão analisadas pela SEFAZ/SP caso a GLME (Guia para Liberação de Mercadoria Estrangeira) tenha sido emitida pelo sistema antigo, o SIMP. Nessas situações, o importador será orientado a refazer a GLME e a declaração de ICMS utilizando o novo sistema DUIMP-SEFAZ/SP.

Demais casos, estado de SP: DUIMP com qualquer pagamento — pagamento integral (DARE) ou pagamento + exoneração (DARE + GLME) — inclusive para casos de Regime Especial com suspensão parcial.

Todas as DUIMPs que envolvam pagamento de ICMS (até que essa funcionalidade seja implementada no novo sistema DUIMP) deverão seguir o fluxo do sistema antigo SIMP, com a complementação no PCCE, e estarão sujeitas à análise manual da documentação pela SEFAZ/SP para a liberação da mercadoria.

Nesse caso, não haverá liberação automática pelo sistema atual.

Para os casos que não envolvem exoneração integral do ICMS em São Paulo, o uso do novo sistema será divulgado posteriormente, conforme o avanço de seu desenvolvimento e em alinhamento com o cronograma de obrigatoriedade da DUIMP estabelecido pela RFB e SECEX.

Esclarecimento profissional

A obrigatoriedade citada é referente à utilização do sistema, não do processamento do despacho aduaneiro por meio da declaração.

É importante reforçar que a obrigatoriedade citada no texto não trata da utilização da DUIMP para início do despacho aduaneiro, sendo essa competência relativa ao controle aduaneiro realizado pela RFB. Portanto, para verificar a ampliação da utilização da DUIMP de maneira obrigatória, é necessário acompanhar as atualização do cronograma de implementação da DUIMP, administrado pela própria RFB.

🤑 Brasil bate recorde histórico na exportação de soja para China

Em meio à guerra comercial com Estados Unidos, a China fez um movimento que beneficia diretamente o Brasil: aumentou a compra de soja brasileira para substituir os grãos tradicionalmente adquiridos dos norte-americanos.

As exportações do Brasil devem crescer 32% em abril, em comparação ao mesmo período de 2024, alcançando 700 mil toneladas um total de 40 embarques, frente a 27 no ano anterior.

Em paralelo, as vendas norte-americanas de soja caíram 50%. De acordo com a agência Reuters, a China é responsável por 48% das exportações de soja dos EUA.

Os dados evidenciam a redução das compras chinesas: na última semana de abril, a China comprou dos EUA 1.800 toneladas de soja, um valor bem abaixo das 72.800 toneladas registradas até 10 de abril.

Embora o aumento da demanda favoreça os exportadores brasileiros, o cenário apresenta desafios

Em março, empresas chinesas que processam soja relataram dificuldades devido à lentidão na colheita do Brasil e problemas logísticos, levando a suspensão temporária de suas operações.

Como consequência, os preços da soja em Dalian atingiram o maior nível desde 2023, enquanto os estoques nos portos chineses caíram para o nível mais baixo em cinco anos.

Com a chegada dos embarques brasileiros em abril, a expectativa é que o abastecimento seja regularizado. A projeção para o segundo trimestre de 2025 indica um recorde histórico nas exportações brasileiras do grão.

Vale lembrar que além do Brasil, a China também aumentou a compra do grão da Argentina e Uruguai, sinalizando uma reconfiguração nas rotas do comércio mundial de commodities.

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