Boa notícia para as exportações de cosméticos

Nova tecnologia chinesa para transporte aéreo de baterias de lítio; Mercado de contêineres registra fretes em oscilação intensa e

💄 Acordo fortalece exportações brasileiras no mercado de cosméticos da América Latina

Brasil e os países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) concluíram na quinta-feira (21), em Montevidéu, a negociação técnica do Acordo de Alcance Parcial para Eliminação de Obstáculos Técnicos ao Comércio de Produtos Cosméticos, incluindo itens de higiene pessoal e perfumaria.

A negociação conduzida pelo MDIC, MRE e pela Anvisa, com colaboração do setor privado, resultou na adesão de 10 dos 13 países-membros da associação: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.

Entre os compromissos acordados estão:

  • eliminação da exigência de documentos, como o certificado de venda livre;

  • adoção de padrões internacionais;

  • simplificação de procedimentos;

  • harmonização de requisitos mínimos de rotulagem;

  • vigilância de mercado com foco em risco.

A implementação irá favorecer a redução de custos e prazos para empresas do setor de beleza e cuidados pessoais, além de dar mais previsibilidade às operações.

Em 2024, a venda de cosméticos brasileiros para os 13 países da Aladi somou US$ 677,9 milhões, o equivalente a 77% das exportações do setor. Os 10 países envolvidos no acordo responderam por US$ 533,3 milhões desse total. No acumulado de janeiro a outubro de 2025, essas exportações já alcançaram US$ 556,6 milhões.

Com a conclusão das negociações, inicia-se a etapa jurídico-administrativa do processo, que deve se estender até o final de janeiro de 2026. A assinatura ocorrerá após essa etapa e entrará em vigor 15 dias após a segunda notificação formal à Secretaria-Geral da Aladi.

🔋 China surpreende com nova tecnologia para o transporte aéreo de baterias de lítio

A China estreou com sucesso uma nova tecnologia que garante o transporte aéreo de baterias de lítio em segurança. Um voo carregado decolou do Aeroporto Internacional de Huahu, no centro da China, nesta terça-feira (25).

  • O aeroporto, localizado na província de Hubei, é o primeiro da China focado em cargas.

A nova tecnologia passou a ser desenvolvida após a inclusão do projeto como prioridade nacional de pesquisa e desenvolvimento no 14º Plano Quinquenal (2021-2025), e foi liderada pela Universidade Jiaotong de Chongqing, com a participação da gigante de baterias CATL e da Academia Chinesa de Ciência e Tecnologia da Aviação Civil.

A China é a maior produtora mundial de baterias de energia. Em 2024, sua indústria de baterias de lítio ultrapassou 1,2 trilhão de yuans (US$ 170 bilhões). O transporte aéreo dessas baterias aumentou 21,26% em relação ao ano anterior, atingindo 645.000 toneladas em 2024.

Para solucionar os problemas de segurança relacionados ao transporte desses equipamentos, a equipe de Wu Jinzhong, líder do projeto e professor da Universidade responsável, criou um sistema de proteção inteligente que utiliza algoritmos de IA para monitorar 12 indicadores principais.

Esses indicadores emitem alertas em tempo real sobre mudanças de temperatura e emissões de gases, e enviam sinais em milissegundos, acionando automaticamente medidas de contenção de emergência para bloquear a fuga térmica na origem, superando os métodos tradicionais de segurança.

O voo piloto foi bem-sucedido e apresentou uma solução viável para a distribuição rápida de baterias de energia.

🎙️Conferiu o último episódio do Invoice Cast?

- Como começou o soft power coreano?
- Ele tornou a Coreia do Sul uma potência mundial?
- O que é quais são os maiores chaebols?
Você não está vendo tantos Doramas, K-Pop e filmes como Parasita a toa.

Iniciado na metade dos anos 90 e chamado de Hallyu (onda coreana), o soft power coreano hoje gera 5 dólares de exportação para cada dólar investido em cultura que fortalece o soft power sul coreano.

🚢 Análise: mercado de contêineres surpreende no desempenho dos últimos meses

O mercado de contêineres está fazendo malabarismos com uma equação estranha: demanda em queda, mas fretes subindo. Em outubro, as importações americanas recuaram 7,5% em relação ao ano anterior, com a China registrando queda de 16%.

A previsão? Novembro e dezembro ficarão abaixo de 2 milhões de TEUs, com declínio ainda maior no primeiro trimestre de 2026.

Mas aqui está o paradoxo: depois de atingir US$ 1.546 por contêiner de 40 pés em 10 de outubro, a taxa média de frete da Freightos saltou 42% em apenas quatro semanas, chegando a US$ 2.193 no início de novembro.

  • A rota China–Costa Oeste dos EUA foi ainda mais dramática, disparando 107% em quatro semanas, logo após a assinatura do acordo comercial entre Trump e Xi Jinping. Mas, em seguida, houve uma nova queda de 32%.

  • No serviço China–Costa Leste, as taxas atingiram a mínima de US$ 3.015 por feu em 10 de outubro, subiram um pouco na primeira quinzena de novembro, para depois cair 8% novamente em 21 de novembro, chegando a US$ 3.443.

No entanto, os fretes recuaram novamente, especialmente após as companhias marítimas adicionarem 12% de capacidade extra no Pacífico em novembro, quando novos navios entraram em serviço. E essa é uma realidade que tende a se repetir nos próximos anos.

Em outubro, muitos questionaram o fato de que Pequim não estava efetuando pedidos de produtos americanos, e a realidade foi comprovada nos fretes: o tráfego de volta dos EUA para a China caiu para mínimas históricas de US$ 268.

Enquanto isso, a Europa se tornou o novo foco das exportações chinesas, com as rotas para o Mediterrâneo subindo 41% nas últimas seis semanas.

  • Na rota Europa–EUA, as taxas seguem inalteradas desde setembro, em US$ 2.269 por feu, enquanto, na rota inversa, caíram de US$ 667 para US$ 543. A média do ano até o momento é de US$ 537.

  • Na viagem da Europa para a costa leste da América do Sul, a média do ano até o momento é US$ 828 por feu.

A frota mundial cresceu 6% no ano, e há mais de 11 milhões de TEUs encomendados para os próximos três anos. Resultado? Uma capacidade gigantesca perseguindo uma demanda cada vez mais instável.

👨🏻‍⚖️ Porto de Santos: Casa Civil entra no jogo e agita disputa bilionária pelo Tecon 10

Membros da equipe da Casa Civil passaram a atuar ativamente nas discussões sobre o modelo do leilão do Tecon 10. As regras definidas pela Antaq estão em julgamento no TCU, com linhas divergentes em disputa.

O julgamento no TCU começou dividido. O relator Antonio Anastasia defendeu o modelo aberto, mas parecia isolado. Bruno Dantas, relator revisor, lidera a tese restritiva com apoio de pelo menos seis ministros, argumentando riscos de concentração de mercado.

No entanto, há relatos de uma forte atuação da Casa Civil, que estaria colhendo tendência de votos e dialogando sobre eles.

Um membro do TCU avalia que, pelo retrospecto da relação entre a equipe palaciana e a Corte de Contas, esse movimento pode conquistar mudanças de votos e influenciar na decisão final.

Um integrante-chave do Mpor afirmou que o modelo restritivo já tinha aval da Casa Civil antes de ser remetido ao TCU e que, se existir, esse movimento é inexpressivo e orquestrado por pessoas que querem apenas tumultuar o processo.

A contradição alimenta a polêmica. Com relatórios técnicos da Fazenda e do próprio TCU defendendo ampla concorrência, o processo será alvo fácil de judicialização, independentemente do resultado.

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