Brasil: 86% das importações enfrentam barreiras

Canadá busca se distanciar dos EUA e mira acordo com Mercosul, enquanto o transporte marítimo enfrenta excesso de navios e queda nos fretes.

👀 Brasil impõe barreiras não tarifárias a 86% das importações, contra 72% da média mundial

O Brasil impõe barreiras não tarifárias a 86,4% de suas importações, um valor acima da média mundial de 72%, segundo estudo do BTG Pactual com base em dados do Banco Mundial (WITS).

Essas barreiras incluem exigências de certificação, rotulagem, licenciamento prévio, cotas e normas técnicas, protegendo produtores locais da concorrência externa.

Entre 12 países analisados, o Brasil aparece em quarto lugar no índice de cobertura dessas restrições, atrás de Argentina (94,6%), União Europeia (94,3%) e Canadá (88,9%). Os Estados Unidos ocupam o quinto lugar, com 77,1%.

O estudo destaca que a maioria das importações brasileiras enfrenta exigências regulatórias rigorosas. Por exemplo, 67,7% das importações estão sujeitas a certificação e 67,36% a rotulagem, enquanto 39% enfrentam cotas.

  • Essa estrutura pode se tornar um ponto de atrito em negociações com os Estados Unidos.

Embora essas barreiras se apliquem a todos os países, setores americanos reclamam de tarifas e exigências específicas, como a taxação sobre etanol, regras da Anatel e a preferência por combustíveis nacionais dentro do Renovabio.

Por outro lado, o Brasil aponta barreiras dos EUA para açúcar, suco de laranja e carne.

Especialistas alertam que a burocracia e a carga tributária brasileira podem dificultar a abertura comercial brasileira, prejudicando a competitividade do país no cenário internacional.

Contudo, caso o Brasil seja forçado a reduzir as barreiras não tarifárias, os setores intensivos no uso de insumos básicos e aqueles relacionados a vestuário, máquinas e produtos semiacabados seriam os mais pressionados e potencialmente prejudicados, conclui o estudo.

🤝 Canadá quer acordo comercial com Mercosul para reduzir dependência dos EUA

O ministro do Comércio Exterior do Canadá disse na quinta-feira (17), que o país tem interesse em avançar nas negociações comerciais com o Mercosul. A sinalização faz parte dos esforços de Ottawa em buscar novos acordos para reduzir a dependência do mercado americano.

“Conversei com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, e há interesse em realizar conversas sobre o Mercosul.”

Ministro do Comércio Exterior canadense, Mander Sidhu

O governo brasileiro sinalizou em abril que também tinha interesse em avançar nas negociações para um acordo comercial entre o bloco sul-americano e o Canadá.

  • O Mercosul — que inclui Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia — já teve rodadas de negociação para um acordo comercial com o Canadá no passado.

Sidhu declarou que o Canadá também está interessado em retomar negociações com China e Índia.

O país tem 15 acordos de livre comércio que abrangem 51 países e recentemente acionou novos acordos com Equador, Emirados Árabes Unidos e tem discussões em andamento com os países da Asean, Indonésia e Filipinas.

🥇 Acesso VIP e prático: o Nomad Lounge pode melhorar sua experiência de embarque

Imagina só: você está prestes a embarcar naquela viagem internacional tão esperada. Já fez o check-in, despachou as malas, mas de repente percebe que esqueceu o cartão internacional em casa — ou pior, nem teve tempo de pedir um antes da viagem. 

A ansiedade bate: como vai pagar o hotel, as compras, o transporte?

Agora, imagine a tranquilidade de resolver isso na hora, sem burocracia, ali mesmo no aeroporto. É exatamente essa facilidade que o Nomad Lounge oferece, no Terminal 3 de Guarulhos, 24 horas por dia.

  • Acesse o Nomad Lounge e em minutos saia com seu cartão internacional em mãos. Sem estresse, sem surpresas desagradáveis, só praticidade.

Ah, e usando o cupom INVOICE ao abrir sua conta — sem taxa de abertura nem manutenção — você ainda recebe até US$20 de volta na sua primeira conversão de reais para dólares.

Viu como viajar pode ser mais fácil? Entre aqui e abra sua conta.

🫣 Analistas alertam para excesso prolongado de capacidade no transporte de contêineres até 2028

Analistas alertam que o setor de transporte marítimo de contêineres enfrentará um cenário de excesso de capacidade até 2028.

Segundo relatório da Braemar, apenas no primeiro semestre de 2025 foram encomendados 2,3 milhões de TEUs, número que segue o ritmo elevado de 3,8 milhões registrados no segundo semestre de 2024.

O foco atual do mercado está voltado para embarcações regionais e sub-panamax, embora o investimento em navios maiores continue em níveis altos.

A carteira atual de encomendas já soma 9,6 milhões de TEUs o equivalente a 30,5% da capacidade da frota em operação — com uma entrega de 3,3 milhões prevista para 2028. A taxa média de crescimento líquido da frota deve atingir 7,3% ao ano até lá.

Isso deverá aumentar o desequilíbrio entre oferta e demanda, especialmente considerando o ritmo lento de demolição: apenas 10 navios, totalizando 5.454 TEUs, foram desmantelados no primeiro semestre de 2025, contra 48.600 TEUs no mesmo período de 2024.

O mercado de fretamento aquecido, os desvios via Cabo da Boa Esperança e a resiliência nos volumes de carga têm desestimulado os armadores a retirar navios antigos de operação. Para analistas da Alphaliner, manter embarcações em serviço também reflete aprendizados de crises recentes, onde ter uma frota “B” pode diminuir riscos econômicos. 

A Braemar prevê que o ciclo de ganhos das operadoras atingirá seu ponto mais baixo em 2028, ano que também marcará um pico nas entregas de novos navios, mesmo com a expectativa de retorno das rotas pelo Mar Vermelho.

🙃 Taxas de contêineres seguem em queda pela quinta semana consecutiva

O índice mundial de contêineres da Drewry registrou sua quinta queda semanal consecutiva, com recuo de 2,6%, refletindo o arrefecimento do mercado após a volatilidade gerada pelas tarifas anunciadas pelos EUA.

Após um forte aumento iniciado em maio, logo após o anúncio das tarifas por Donald Trump em abril, as taxas passaram a cair consistentemente desde meados de junho.

Nesta semana, as rotas transpacíficas apresentaram quedas expressivas:

  • Os fretes entre Xangai e Los Angeles caíram 4%, para US$ 2.817 por FEU;

  • Os de Xangai a Nova York recuaram 6%, para US$ 4.539 por FEU.

Mesmo assim os valores seguem acima dos registrados antes das tarifas — 4% maiores no caso de Los Angeles e 24% no de Nova York, em comparação com 8 de maio.

A Drewry prevê que a tendência de queda continue, atribuindo o movimento à demanda fraca e a mudanças na capacidade relacionadas à introdução de penalidades dos EUA contra navios chineses.

Essa queda contínua ocorre em meio à política tarifária instável da administração Trump. A situação é ainda mais agravada pelas crescentes preocupações do setor com o excesso de capacidade no transporte de contêineres.

📦Consolidado de Notícias do Dia

📧Quer receber os próximos envios no seu e-mail?

📢Quer anunciar sua empresa, serviços, eventos ou produtos? Fale conosco.

O que achou da edição de hoje?

Conte-nos se conseguimos agregar informação e conhecimento no seu dia.

Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas.

Você recebeu esse e-mail porque assina o Follow-Up do Comex
Follow-Up do Comex faz parte do Grupo Invoice®