Brasil abre investigações de dumping em aço importado

Enquanto o Brasil intensifica investigações antidumping e redefine sua política tarifária, a eletrificação de transportes começa a redesenhar rotas logísticas e cadeias de valor. O comércio exterior se vê diante de um cenário em transformação, movido a tensão e inovação.

🔎 Brasil vai investigar dumping em importações de aço

A Secretaria de Comércio Exterior abriu uma investigação para averiguar a existência de dumping nas importações de folhas metálicas de aço carbono vindas da Alemanha, Japão e dos Países Baixos, conforme informação divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O objetivo é analisar provas colhidas entre julho de 2023 e junho de 2024, com o chamado “período de análise de dano” de cinco anos, entre julho de 2019 e junho de 2024.

Uma segunda investigação antidumping também foi aberta para importações chinesas de aço, abrangendo 25 códigos da NCM.

De acordo com o Departamento de Defesa Comercial (Decom), foram apresentados elementos suficientes que indicam a prática de dumping e de dano à indústria doméstica resultante da prática.

Falando em aço…

O presidente Donald Trump elevou nesta quarta-feira (4) para 50% as tarifas sobre importações de aço e alumínio. O decreto entrou em vigor às 00h01 locais (01h01 de Brasília).

  • Em 2024, os EUA importaram quase metade do aço e do alumínio utilizados no país, tendo o Canadá como o principal fornecedor, seguido por Brasil e México.

O único país isento até o momento é o Reino Unido, suas tarifas permanecem em 25%, enquanto Londres e Washington finalizam as negociações de um acordo comercial anunciado no mês passado.

O governo brasileiro informou nesta terça-feira (3) que irá tentar chegar a um acordo com os EUA sobre as tarifas aplicadas a produtos brasileiros. Caso a negociação não avance, o Poder Executivo brasileiro pretende acionar a OMC ou aplicar uma reciprocidade de tarifas.

🛫 Transporte aéreo de carga pode representar o início da eletrificação do setor de aviação

O transporte aéreo de cargas pode abrir caminho para a eletrificação da aviação, com um mercado pronto para demonstrar a viabilidade e a segurança das aeronaves movidas a bateria para passageiros e reguladores ainda céticos.

Contudo, o setor tem enfrentado duas barreiras:

  • A autonomia das baterias, ainda insuficientes para longas distâncias.

  • A dificuldade dos órgãos reguladores em compreender as principais questões de segurança associadas aos motores elétricos.

Mas a resposta para esses obstáculos pode estar no transporte aéreo de carga.

Durante a apresentação da aeronave elétrica Alia, Patrick Bundles, chefe de vendas comerciais da Beta Technologies, afirmou que, por não transportarem passageiros, as exigências regulatórias são menos rigorosas — o que pode acelerar a autorização para a operação das aeronaves.

A operação de serviços de carga permitirá monetizar essas aeronaves, atraindo novos investimentos e ajudando a demonstrar sua segurança a um público mais cauteloso. Buckles relembra que, no início da aviação convencional, a confiança só aumentou após o uso regular de aeronaves no transporte de correspondência e carga.

O comércio eletrônico, por si só, não é capaz de preencher uma aeronave de carga convencional. Por isso, é apontado como o cliente ideal para o modelo, que tem capacidade de 560kg e alcance entre 300 e 350 km, até o momento.

O transporte de cargas nesse modelo de aeronave será cobrado por kg, com um custo final mais acessível e rentável em comparação ao transporte aéreo tradicional

Seu processo de certificação já está em andamento na UE, no Reino Unido e nos EUA, com prazo estimado para liberação até 2027. O que pode ser antecipado caso a Administração Federal de Aviação (FAA) seja concedida até o final deste ano.

A Beta Technologies não é a única envolvida no desenvolvimento de aeronaves elétricas, mas se destacou recentemente ao concluir um teste de quatro meses com o Exército dos EUA, transportando cargas sem cancelamentos, além de receber financiamento da Amazon e da UPS.

📲 Banco Central lança hoje o Pix Automático

Nesta quarta-feira (4), o Banco Central realizará o evento de lançamento do Pix Automático.

A ferramenta entrará em vigor para todos os bancos que possuem Pix no dia 16 de junho.

Seu funcionamento será semelhante ao débito automático, mas com a vantagem de não depender de convênios específicos entre as empresas e os bancos o que limitava o serviço de débito automático para grandes empresas.

Para habilitar o Pix Automático, o consumidor precisará fazer uma autorização inicial, informando dados como valor máximo e a periodicidade do pagamento. Depois disso, os débitos serão feitos de forma automática na conta do usuário, respeitando as condições definidas.

A expectativa é de que a nova ferramenta permita a redução de custos das empresas em serviços de cobrança recorrente, impactando empresas de todos os tamanhos.

🤦🏻‍♀️ Brasília confirma caso de gripe aviária em Zoológico

O Governo do Distrito Federal informou nesta terça-feira (3) a detecção de um caso de gripe aviária de alta patogenicidade (IAAP) no Zoológico de Brasília. As amostras foram coletadas no dia 28 de maio, após a notificação de que duas aves haviam morrido no local.

As aves, um pombo e um irerê, foram encontradas mortas nas dependências do zoológico, porém, eram aves de vida livre que circulavam pelo local em razão da oferta natural de abrigo, água e alimento.

Com a confirmação, o Zoológico permanecerá interditado até o dia 12, caso não ocorram novos casos no local. Agora, equipes técnicas estão verificando a saúde das aves em todas as propriedades rurais com criação de animais em um raio de 3km do local.

⛴️ Conversão histórica híbrido-elétrica é concluída com sucesso nos EUA

A Vigor Marine Seattle concluiu a conversão híbrida-elétrica da balsa Wenatchee, uma embarcação da classe Jumbo Mark II, com capacidade para 202 veículos.

Foram quase 21 meses de trabalho, envolvendo aproximadamente 700 trabalhadores.

A operação de transição envolveu a remoção de dois geradores a diesel e a construção de duas novas salas de baterias, que agora comportam um total de 864 módulos. Além da instalação de sistemas avançados de controle de propulsão, novos cabos elétricos e de fibra óptica e a modernização dos sistemas de bordo e das áreas para passageiros.

A previsão é que a operação comece no verão de 2025, entre junho e agosto nos EUA, após os preparativos finais e a revisão regulatória. Os testes em solo e o treinamento da tripulação já estão em andamento

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