Brasil dá salto no comércio com a China

Nova rota marítima operada pelo Porto do Pecém reduz em 50% o tempo de trajeto entre os países; Drex passa pela segunda fase de testes; crise tarifária impacta varejistas dos EUA.

🛳️ Brasil e China mais próximos: nova rota entre Porto do Pecém e o gigante asiático levará cerca de 30 dias

O Porto do Pecém já iniciou uma nova rota marítima ligada à China, permitindo que o trajeto seja feito em cerca de 30 dias — metade do período atual.

A iniciativa, chamada de Serviço Santana e operada pela MSC em parceria com a APM Terminals, prevê a movimentação de ao menos 1.200 contêineres por semana, ampliando em 10% o volume atual do porto.

No trajeto previsto, o navio sairá da China em direção à Coreia do Sul, Panamá, República Dominicana, Suape, Salvador, Santos, Índia e Singapura e então retornará para a China.

A rota será estratégica para exportações de granito, mármore, castanha de caju, cera de carnaúba, frutas, calçados, têxteis e itens de e-commerce, além de beneficiar as indústrias facilitando a importação de insumos e maquinário do mercado asiático.

A entrada direta do porto cearense na rota também deve beneficiar produtos como algodão e carne, que ganham uma alternativa mais competitiva e estratégica em relação aos portos do Sudeste e Sul brasileiros.

🎙️ Invoice Cast marca presença no Meeting Comex 2025, o maior evento de Comércio Exterior do Brasil

O Invoice Cast, podcast que é referência nacional em conteúdo sobre comércio exterior, está presente mais uma vez no Meeting Comex, o maior evento do Comex no Brasil. A 12ª edição acontece nos dias 8 e 9 de abril, na Expoville, em Joinville, no estado de Santa Catarina, reunindo profissionais, empresas e especialistas do setor internacional.

Promovido pelo Núcleo de Negócios Internacionais da ACIJ - Associação Empresarial de Joinville, o evento oferece uma programação diversificada com painéis, workshops e oportunidades de networking.

Um ponto de encontro estratégico para quem atua com importação, exportação, logística, câmbio, tecnologia e inovação no comércio mundial.

Durante o Meeting Comex, vários episódios do Invoice Cast serão gravados ao vivo no evento e serão publicados mensalmente nas plataformas do podcast.

A participação do Invoice Cast reforça seu propósito de tornar o comércio exterior mais acessível e interessante, ensinando, gerando discussões e contando boas histórias de forma leve e divertida.

Você pode acessar o podcast no YouTube ou no Spotify.

💲Drex passa por segunda fase de testes

Durante os meses de fevereiro a março foram realizados testes com ofertas de títulos públicos tokenizados (TPFt) aos participantes do piloto da moeda digital brasileira, Drex.

Essa foi a Fase 2 do Piloto Drex, na qual foram realizados quatro leilões simulados de operações compromissadas com LTN e LFT, com os integrantes do Piloto Drex - instituições financeiras convidadas a testar diferentes temas relacionados à moeda digital brasileira.

Durante os testes, que ocorreram no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), operacionalizado pelo Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab), as instituições participantes do piloto fizeram propostas fictícias que foram registradas em uma rede DLT - Distributed Ledger Technology.

O objetivo principal da segunda fase foram os casos de uso e seus potenciais benefícios para o sistema financeiro e a sociedade, como a compra e venda de um veículo, por exemplo.

Participantes

Atualmente, o Piloto Drex conta com a participação de dezesseis consórcios ou empresas, todos engajados nos testes e no desenvolvimento dos recursos necessários à operação da plataforma. São eles: 

  • ABBC – Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft e BIP;

  • ABC – Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Google;

  • B3 – Banco B3, B3 e B3 Digitas;

  • BB – Banco do Brasil;

  • Bradesco – Bradesco, Nuclea e Setl;

  • BTG – Banco BTG;

  • BV – Banco BV;

  • Caixa – Caixa, Elo e Microsoft;

  • Inter – Banco Inter e 7Comm;

  • Itaú – Itaú Unibanco;

  • MB – MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial;

  • Nubank – NuBank;

  • Santander – Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM;

  • SFCoop – Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred;

  • TecBan – Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin;

  • XP-Visa – XP e Visa. 

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👟 Tarifas levam varejistas de vestuário dos EUA a adiar pedidos e suspender contratações

Varejistas de roupas e acessórios dos EUA estão atrasando pedidos, congelando contratações e temendo fechar as portas por conta das tarifas sobre importações da China e Vietnã que entram em vigor nesta quarta-feira, 9.

Grandes empresas como Nike e Lululemon estão entre a escolha difícil de compensar o custo das tarifas, aumentando os preços em 40% ou absorver parte do aumento dos custos, reduzindo suas margens de lucro.

Mas a realidade das pequenas empresas é outra, fabricantes e varejistas menores não possuem vastas cadeias de suprimentos, têm menos capacidade de absorver custos e menos recursos para planejar alternativas - são altamente dependentes do Vietnã e da China.

É o caso da Day Owl, empresa nova-iorquina de 6 anos que fabrica mochilas no Vietnã e precisou suspender encomendas. Segundo o CEO, se as tarifas continuarem, fecharão as portas em 30 dias, pois seu ciclo de produção é 100 dias, e adiar mais as encomendas significaria perder sua principal temporada de vendas: a volta às aulas.

O mesmo cenário se repete com a Oiselle, marca de corrida feminina sediada em Seattle, Washington, e com a marca de agasalhos Wild Rye, de Kethum, Idaho, que adquire jaquetas de esqui e calças de mountain bike da China.

Segundo Cassie Abel, fundadora da Wild Rye, a solução inicial foi congelar contratações e aumentos programados para 11 funcionários, pois a empresa precisará absorver parte do aumento da tarifa, evitando aumento de 40% nos produtos e impacto nas vendas.

As três empresas acima informaram que já tentaram produzir no mercado interno, mas que a qualidade era ruim, de modo que transferir a produção para os EUA não é viável no momento.

Vietnã é vital para empresas de vestuário

O Vietnã desenvolveu fábricas especializadas que produzem de tudo, desde tênis de alta tecnologia até roupas é a segunda maior fonte de roupas e calçados importados para os EUA, depois da China.

O país também é um importante centro de fabricação para grandes marcas como Nike e Adidas.

Após o anúncio das tarifas, as ações da Nike caíram 14%, seguidas pela Adidas com -16%, Puma -18% e pela VF Corp, proprietária da North Face com queda de 31% .

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