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Brasil mais verde — e pronto para abastecer navios
Enquanto o Brasil pode abastecer o mundo, o café tira folga e a burocracia emagrece
💚 Estudo aponta que Brasil está pronto para liderar o fornecimento mundial de combustível marítimo renovável

Um estudo recente concluiu que o Brasil está bem posicionado para emergir como um importante fornecedor mundial de combustíveis marítimos renováveis.
A pesquisa analisou infraestrutura portuária, demanda por combustível e emissões do transporte marítimo para medir o potencial do Brasil em viabilizar corredores com emissão zero, abastecidos por hidrogênio renovável e derivados como amônia e metanol.
Seis portos brasileiros foram identificados como alta prontidão para receber o combustível renovável: Santos, Rio grande, Itaqui, Açu, Pecém e Navegantes.
Os portos públicos de Santos, Rio Grande e Itaqui se destacaram na avaliação por sua infraestrutura forte e ampla conectividade, posicionando-se como os principais candidatos a receber investimentos iniciais em instalações de combustíveis renováveis.
O relatório examinou 10 rotas comerciais ligando os portos candidatos a mercados domésticos e internacionais, e identificou cinco trajetos viáveis para operações com emissão zero, utilizando hidrogênio líquido renovável em células de combustível, sem necessidade de reabastecimento.
Todas as 10 rotas foram consideradas aptas a serem operadas usando amônia renovável (RE-NH3) e metanol renovável (RE-MeOH) em motores de combustão sem abastecimento no meio da rota.
A demanda de energia necessária para a transição de combustíveis verdes representa apenas 0,1% da produção anual da Usina de Itaipu e 0,2% da capacidade projetada de hidrogênio renovável do Brasil.
Os números indicam que mesmo uma troca de combustível em larga escala teria impacto mínimo no fornecimento geral de energia do Brasil, destacando a capacidade do país para expansão sustentável.
O estudo concluiu que o Brasil tem uma oportunidade única de se tornar referência mundial em combustíveis marítimos renováveis. Com medidas antecipadas, o país pode sair na frente na consolidação de corredores de navegação com emissão zero, impulsionando o comércio marítimo e contribuindo para as metas climáticas mundiais.
🤝 China e EUA avançam em negociações
Os representantes comerciais da China e EUA reunidos em Londres, chegaram a um acordo para manter a trégua na guerra comercial entre os países. As propostas discutidas serão agora levadas aos presidentes dos dois países.
Apesar da redução tarifária, os EUA demonstraram insatisfação com as restrições à compra de terras raras extraídas na China — responsável por cerca de 70% da produção mundial desses minérios, fundamentais para os setores automotivo e de energia.
Por outro lado, após o acordo de trégua firmado em Genebra entre Trump e Xi, o governo americano impôs novas restrições comerciais à China, interrompendo as vendas de softwares de design de chips ao país asiático.
O secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, declarou que as terras raras são parte fundamental do acordo e que as medidas de restrições de chips podem ser revisadas.
Bolsas fecham em alta após sinalização positiva sobre acordo
As bolsas de Nova York fecharam esta terça-feira, 10, em alta, após mais um dia de negociações comerciais entre Estados Unidos e China em Londres e sinalizações positivas sobre os encontros.
O Dow Jones subiu 0,25%, aos 42.866,87 pontos; o S&P 500 avançou 0,55%, aos 6.038,81 pontos; e o Nasdaq fechou em alta de 0,63%, aos 19.714,99 pontos.
☕ Exportação diária de café não torrado cai mais de 27% no início de junho, mas faturamento cresce
Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que a média diária de exportação de café não torrado nos cinco primeiros dias úteis de junho de 2025 foi de 7.376 toneladas. Esse volume representa uma queda de 27,4% em comparação com a média diária do mesmo período em 2024.
Mas apesar da baixa na exportação, o preço médio do café não torrado negociado nos primeiros cinco dias úteis de junho, teve um aumento de 82,5% em relação ao preço médio registrado durante todo o mês de junho de 2024.
Já no segmento de café torrado, extratos, essências e concentrados, o faturamento nos cinco primeiros dias úteis de junho teve alta de 39,3% e o volume embarcado, uma alta de 7,4%.
Preço do café tem maior alta desde o Plano Real
O preço do café moído voltou a subir em maio nas gôndolas dos supermercados, e renovou uma máxima histórica desde o início do Plano Real, informou o IBGE nesta terça-feira (10).
Com a alta, a variação acumulada em 12 meses no preço do café atingiu recorde ao bater 82,24% contra máxima anterior de 80,2%, segundo o IBGE.
Segundo Fernando Gonçalves, gerente de pesquisa do IBGE, as altas no preço do café vêm ocorrendo de forma sucessiva. O histórico está ligado às condições climáticas adversas ao redor do mundo em anos anteriores, o que, aliado à falta de alternativas, tem pressionado os preços.
Gonçalves destaca, porém, que já há sinais de queda nos preços no campo — mas o repasse até o consumidor final costuma levar algum tempo.
💨 Empresas certificadas terão licenças de importação mais ágeis e com validade ampliada
Empresas de baixo risco certificadas no Programa OEA-Integrado Secex vão ter prioridade na análise de licenças de importação, conforme portaria publicada em 11 de junho pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC).
A validade dessas licenças poderá ser até 50% superior à usual, reduzindo a frequência de pedidos e custos para empresas e governo.
O benefício é destinado a agentes previamente certificados na modalidade conformidade do Programa OEA, gerido pela Receita Federal. A medida elimina a necessidade de envio à Secex de documentos já apresentados à Receita e aumenta a lista de licenças com vantagens, incluindo itens usados, bens com benefícios fiscais e cotas tarifárias.
Até então, os benefícios se restringiam às operações com drawback suspensão e isenção.
Em 2024, empresas do OEA-Integrado Secex exportaram US$ 10,36 bilhões, o equivalente a 15% das vendas externas com drawback. Com a nova regulamentação, 77 empresas certificadas já são beneficiadas, e outras poderão aderir.
Somente em 2024, mais de 40 mil licenças não automáticas elegíveis ao programa foram emitidas, viabilizando cerca de US$ 5 bilhões em importações.
Condições para certificação
A nova regulamentação passa a permitir que as empresas certificadas no OEA-Integrado Secex corrijam situações de desconformidade antes de sofrerem uma medida mais severa.
Assim, eventual descumprimento do compromisso de exportação por parte da empresa, dentro do drawback, que antes resultava na suspensão imediata do programa por dois anos, agora ocasiona uma advertência, com a suspensão sendo aplicada apenas em caso de reincidência.
📦Consolidado de Notícias do Dia
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🫴 Leilão à vista - Túnel Santos-Guarujá tem edital atualizado pelo Governo de São Paulo; valor da obra sobe para R$ 6,8 bilhões
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