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Brasil oficializa acordo com a Índia
Receita Federal antecipa nova versão do PER/DCOMP, 75% dos navios em Santos registram atrasos e o tarifaço tira o Brasil do pódio, entregando à Colômbia liderança nas exportações de café
📊 Um Gráfico
Países que mais produzem lixo eletrônico per capita
Hoje é o Dia Internacional do Lixo Eletrônico, uma data criada em 2018 para conscientizar sobre esse crescente problema e promover sua reciclagem.
Em 2022, um recorde de 62 milhões de toneladas desse tipo de lixo foi gerado no mundo, e apenas 22,3% desse lixo foi reciclado, de acordo com dados publicados no último relatório emitido pelo Monitor Global de Lixo Eletrônico.
Os 62 milhões de toneladas geradas encheriam 1,55 milhão de caminhões de 40 toneladas, número suficiente para formar uma linha completa circundando o equador.
Haverá mais de 347 Mt (megatons) de lixo eletrônico não reciclado na Terra em 2025.
O Brasil é o maior gerador de resíduos eletrônicos na América do Sul, com 2,4 milhões de toneladas gerados anualmente.
Os números ficam mais chocantes se levarmos em consideração o tempo de decomposição desses resíduos: de 100 a 1 milhão de anos.
O lixo eletrônico contém diversas matérias-primas escassas e valiosas, como ouro, prata, cobre e ferro, muitas das quais atualmente não são recuperadas. É por isso que o mercado internacional de gerenciamento de lixo eletrônico tende a crescer, tanto por razões financeiras quanto ambientais.
O mercado foi avaliado em US$ 49.880 milhões em 2020, e a projeção é que quase triplique para US$ 143.870 milhões até 2028.
Reciclar apenas um milhão de celulares usados pode recuperar até 350 kg de prata, 16.887 kg de cobre, 34 kg de ouro e 15 kg de paládio.
💻 RFB disponibiliza nova versão do PGD PER/DCOMP com adequações ao Programa Acredita Exportação
A partir desta terça-feira (14), a versão 7.1 do Programa Gerador de Declaração do Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento e Reembolso e Declaração de Compensação (PGD PER/DCOMP) já está disponível para uso.
A nova versão traz um ajuste específico no Pedido de Ressarcimento do Reintegra, viabilizando o cálculo do crédito no âmbito do Programa Acredita Exportação, instituído pela Lei Complementar nº 216/2025.
Com esta atualização, microempresas e empresas de pequeno porte, optantes ou não pelo Simples Nacional, poderão apurar o crédito de ressarcimento previsto no Reintegra a partir do 3º trimestre de 2025, em conformidade com as regras do novo programa.
Em 2024, o Brasil registrou 11.432 pequenas empresas exportadoras, equivalentes a 39,6% do total de empresas exportadoras do país. Em 2014, eram 5.381, representando 28,6%, o que demonstra a crescente presença dos pequenos negócios nas vendas externas.
A devolução, equivalente a 3% do valor das exportações, poderá ser utilizada para compensar tributos federais vencidos ou vincendos, ou ainda para obter o ressarcimento dos valores em dinheiro.
O primeiro período de referência para a solicitação será composto pelas vendas externas realizadas entre 1º de agosto e 30 de setembro de 2025.
🤝 Brasil promulga Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos com a Índia

Nesta terça-feira (14), dois decretos e uma mensagem presidencial foram publicados no DOU. Os decretos implementam instrumentos de cooperação jurídica e econômica entre Brasil e Índia.
A publicação antecede a missão oficial brasileira que partiu também nesta terça-feira para a Índia, com o objetivo de aumentar o fluxo bilateral de comércio e investimentos.
Um dos decretos promulga o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), aprovado pelo Congresso Nacional em setembro, com previsão de entrada em vigor em 21 de dezembro de 2025. O ACFI busca promover a cooperação, facilitação e incentivo aos investimentos bilaterais.
O segundo decreto tem como objetivo eliminar ou minimizar a dupla tributação do imposto de renda e prevenir a evasão ou elisão fiscal, favorecendo investidores e reforçando a cooperação entre as administrações tributárias do Brasil e da Índia. Esse decreto está previsto para entrar em vigor no Brasil em 18 de outubro.
Por fim, a mensagem presidencial se refere ao Acordo sobre a Troca e a Proteção Mútua de Informações Classificadas. O acordo prevê a troca dessas informações no âmbito de instrumentos de cooperação, contratos e outros acordos, no interesse da segurança nacional.
Missão oficial brasileira à Índia
A missão ocorrerá em Nova Delhi entre 15 e 17 de outubro e busca implementar os objetivos traçados pelos presidentes do Brasil e da Índia em julho.
A Índia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, ocupando a 11ª posição como destino das exportações brasileiras e o sexto lugar como fornecedor do Brasil em 2024. De janeiro a maio deste ano, as exportações brasileiras para a Índia aumentaram 14,8%, enquanto as importações cresceram 31,8%.
O Porto de Santos registrou, em setembro, um dos piores níveis de pontualidade dos últimos meses. Cerca de 75% dos navios que atracaram no complexo portuário tiveram alterações nos prazos, com média de seis dias de atraso.
O levantamento, baseado em dados operacionais dos terminais BTP, Santos Brasil e DP World, demonstrou que o atraso médio cresceu de forma consistente ao longo do ano.
Desde janeiro, a taxa de embarcações com prazos alterados subiu de 58% para 75%.
O cenário é preocupante, especialmente para exportadores e agentes de carga, que acabam por arcar com despesas extras de armazenagem, pré-empilhamento e multas por devolução fora do período estabelecido.
A análise também aponta que 38% dos navios tiveram menos de 48 horas de gate aberto, o que reduz a previsibilidade e eleva os custos de movimentação.
Entre os casos mais críticos em setembro estão os navios MSC Taurus VII, com 35 dias de diferença entre o prazo inicial e o final, e Ever Fine, com 31 dias.
Segundo especialistas, houve uma redução nos atrasos no início de 2025 devido à queda na entre-safra do café, que diminuiu entre 20% e 25% o volume exportado. Essa situação mudou com a chegada do segundo semestre, quando começaram as safras de açúcar, algodão e a retomada dos embarques de café.
Porto de Santos estuda descontos para exportadores afetados por tarifaço
Durante sua participação na Comissão Mista que analisa a Medida Provisória do Brasil Soberano, o diretor-presidente da APS, Anderson Pomini, apresentou um estudo que visa aplicar descontos tarifários para exportadores de cargas diretamente afetados pela medida do governo norte-americano.
Entre os principais produtos exportados pelo Porto de Santos afetados pelo tarifaço estão o café, o algodão, o açúcar e a carne bovina.
☕ Colômbia pode se tornar o principal fornecedor de café para os EUA
A Colômbia pode se tornar o principal fornecedor de café para os EUA, graças ao tarifaço americano, que abriu espaço para os produtos colombianos e impulsionou suas exportações.
Segundo dados divulgados pela Associação Nacional de Comércio Exterior (Analdex) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Café (Asoexport), ambas da Colômbia, entre janeiro e agosto de 2025, as vendas para os EUA aumentaram 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em 2024, o país ocupou o segundo lugar, com 19% de participação, atrás do Brasil, com 32%.
No entanto, a situação em 2025 vem diminuindo a diferença entre os dois países. Entre janeiro e agosto deste ano, os embarques de café brasileiro caíram 20,7% em relação ao mesmo período de 2024.
Os fluxos mundiais de exportações estão em constante mudança em 2025, devido às tarifas, e, caso elas se mantenham, a Colômbia pode se tornar o principal fornecedor de café para os EUA, tirando o posto do Brasil.
Falando em tarifas…
Nesta terça-feira (14), entraram em vigor as taxas sobre madeira, móveis e armários de cozinha nos EUA.
O pacote abrange produtos como softwood, móveis de madeira estofados, armários de cozinha, gabinetes de banheiro e painéis de madeira, com alíquotas que variam entre 10% e 50%, e reajustes adicionais previstos para 1º de janeiro de 2026.
Países com acordos comerciais específicos terão tratamento diferenciado, como o Reino Unido (10%), UE e Japão (15%).
As novas taxas aplicam-se a todos os produtos dessas categorias que entram no território norte-americano, independentemente da origem. Essas tarifas não se somam às já existentes para produtos importados.
A nova medida, portanto, tem o poder de mudar mais uma vez a dinâmica competitiva do setor no mercado norte-americano, pois equaliza as alíquotas entre a maior parte dos países exportadores.
Embora as taxas sejam inicialmente mais baixas do que as enfrentadas pelas indústrias de móveis no Brasil (50%), a notícia traz um certo respiro ao setor, que tem sido um dos mais afetados pelo tarifaço.
O setor de móveis no Brasil registrou uma queda de 22% em suas exportações para os EUA entre julho e agosto, causando grandes impactos em diferentes indústrias brasileiras, demissões em massa.
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