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Brasil zera tarifa de autopeças da Argentina
Pacto automotivo com a Argentina é assinado, EUA volta ao mercado brasileiro de proteína de soro de leite enquanto o caos aéreo continua no Oriente Médio.
🚗 Decreto amplia acordo automotivo entre Brasil e Argentina

O governo brasileiro assinou, nesta terça-feira (17), um decreto que amplia o acordo automotivo do Brasil com a Argentina.
Segundo o MDIC, a nova regra vai facilitar o acesso de veículos comerciais nos dois países e zerar a tarifa de importação de peças que não são produzidas localmente.
Em contrapartida, as empresas que utilizarem este benefício serão obrigadas a investir 2% do valor das importações em pesquisa, inovação, ou programas industriais prioritários para o setor automotivo.
O protocolo também atualiza a classificação dos produtos e aprimora os critérios sobre as regras de origem, que determinam se um item é realmente fabricado em um dos dois países. As atualizações prometem trazer clareza quanto às regras aplicáveis e devem promover mais segurança jurídica nas transações bilaterais.
O setor automotivo brasileiro ocupa hoje a 8ª posição no ranking mundial de produção de veículos, com crescimento de 14,1% nas vendas em 2024.
Os produtos automotivos compõem os principais bens do fluxo comercial Brasil-Argentina. A corrente de comércio bilateral dessas mercadorias, em 2024, atingiu US$ 13,7 bilhões — 50% do total comercializado no ano todo.
Leia na íntegra o decreto publicado no Diário Oficial da União: aqui.
🥛 USDA anuncia reabertura de mercados para produtos norte-americanos no Brasil
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou avanços na abertura e reabertura de mercados para produtos agrícolas norte-americanos em países como Brasil, Tailândia e Vietnã.
Na relação com o Brasil, o USDA celebrou a suspensão, por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), da restrição à exportação de concentrado proteico de soro de leite para o Brasil.
A medida havia sido adotada após análises laboratoriais indicarem níveis de proteína inferiores a 80%.
Em 2023, os EUA exportaram aproximadamente US$ 83 milhões desse produto ao Brasil.
Além disso, os EUA também registraram avanços com:
Vietnã, que aprovou a importação de pêssegos e nectarinas frescas da Califórnia, estimando-se um mercado de US$ 2,5 milhões anuais;
Tailândia, que reabriu o mercado para maçãs de estados do leste americano (como Michigan e Nova York) e flexibilizou requisitos para a exportação de frutas cítricas do Arizona, totalizando um impacto estimado de cerca de US$ 5,4 milhões anuais.
No comunicado, o ministério destacou que a decisão reflete os esforços de negociação voltados ao aumento do acesso de produtos agrícolas dos Estados Unidos a novos mercados.
A medida tem peso nas exportações americanas, que enfrentam um histórico recente de déficit próximo a US$ 50 bilhões.
🚧 Combate às barreiras não tarifárias ganha novo impulso
Nesta terça-feira (17) foi aprovado pelo Comitê Gestor do Sistema Eletrônico de Monitoramento de Barreiras às Exportações (CGS/SEM Barreiras), o Plano de Ação 2025-2026 que prevê ações e metas para a superação das barreiras comerciais.
O movimento também incluiu a Anvisa e o Inmetro no Grupo Executivo do GCS e consolidou o processo de modernização tecnológica do SEM Barreiras.
O Sistema SEM Barreiras é uma plataforma online criada para identificar, acompanhar e apoiar a superação de barreiras comerciais impostas a exportações brasileiras de bens, serviços e investimentos.
→ Recentemente, foi lançada a versão 3.0 da plataforma, com um manual para usuários do setor privado que pode ser acessado por meio deste link.
As barreiras não tarifárias têm um peso importante no comércio internacional. Sua identificação é complexa e exige análise detalhada, dado seu caráter técnico.
O monitoramento dessas barreiras é essencial, especialmente porque seu número tem crescido de forma acelerada nos últimos anos, com impacto direto sobre as exportações brasileiras.
Desde sua criação, o sistema já contribuiu para o enfrentamento das seguintes barreiras não tarifárias:
Peru (2023): aperfeiçoamento das regras de tratamento de rotulagem nutricional, beneficiando US$ 34 milhões em exportações;
Argentina (2024): revogação da exigência de Declaração Jurada de Composição de Produto (DJCP) para têxteis e calçados, facilitando cerca de US$ 400 milhões em vendas externas;
Argentina (2024): eliminação da exigência de certificação obrigatória para placas cerâmicas, evitando prejuízos estimados em US$ 37,6 milhões.
🛩️ Bloqueio do espaço aéreo no Oriente Médio afeta mais de 150 companhias aéreas
Um relatório realizado pelo Financial Times informou que mais de 150 companhias aéreas foram forçadas a mudar de rota ou cancelar voos devido ao fechamento do espaço aéreo no Oriente Médio.
Mais de 3.000 voos foram cancelados desde o início da última escalada em 13 de junho.
Os aviões agora estão voando via Egito, Arábia Saudita e algumas rotas estão sendo forçadas a passar pela Rússia. O relatório aponta que esse redirecionamento está aumentando os custos com combustível e levando a tempos de voos mais longos, além de muitas interrupções.
O aumento do preço do petróleo Brent também tem sido uma preocupação constante entre as companhias, que temem que os combustíveis fiquem ainda mais altos.
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