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Bruxelas cria vigilância extra no acordo com Mercosul
Vacância de galpões atinge mínima histórica, exportações enfrentam nevascas nos Andes e superávit da balança sobe apesar de queda nas vendas da indústria de transformação
Hoje é sexta-feira... dia oficial de torcer pra carga não parar no canal vermelho e o fiscal estar de bom humor 🤪
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🔍 UE pretende monitorar em tempo real importação de carne do Mercosul

Salvaguarda virou palavra-chave nas discussões europeias desde que a Comissão Europeia deu início à etapa final de aprovação do acordo com o Mercosul, na última quarta-feira (3). O conceito também tem levado a França a flexibilizar, ainda que discretamente, sua oposição incondicional ao tratado.
O mecanismo é a principal aposta de produtores e governos europeus para proteger seus mercados nacionais da concorrência considerada desleal, principalmente vinda do agronegócio brasileiro.
Pelo acordo, caso um produto ou setor registre variação superior a 10% nas importações, em qualquer dos 27 países do bloco, a Comissão Europeia deverá abrir uma investigação.
Para isso, Bruxelas prometeu monitorar os preços “quase em tempo real” e emitir relatórios frequentes destinados ao Conselho e ao Parlamento Europeu.
As inspeções sanitárias, que já fazem parte da rotina, serão reforçadas para garantir que os produtos do Mercosul estejam em conformidade com os rígidos padrões exigidos na Europa, incluindo regras sobre o uso de pesticidas e bem-estar animal.
O tom adotado por Bruxelas visa reduzir resistências internas, já que o acordo com o Mercosul pode compensar até um terço das perdas previstas pela Europa com as tarifas impostas pelos EUA.
📦 Mercado de galpões bate recorde de novos contratos de locação
Segundo relatório da RealiotyCorp, o setor logístico bateu recorde de novos contratos de locação de galpões no segundo trimestre, alcançando uma absorção líquida de 960 mil metros quadrados. Em relação ao trimestre anterior, o volume de novos contratos cresceu 69%.
São Paulo respondeu por 58% das locações no período e viu sua absorção líquida saltar 623% em apenas três meses.
Especialistas atribuem o desempenho à alta demanda por imóveis logísticos de padrão triple A, predominantemente disponíveis em São Paulo. Ao todo, 537 mil m² locados na região pertencem às categorias A+/A.
A taxa de vacância nacional atingiu o menor nível da série histórica: 7,7% no trimestre. O preço médio pedido por metro quadrado está em R$ 27.
Apesar dos números expressivos, o movimento atual é de descentralização, impulsionado por players regionais, e não mais pelos grandes empreendimentos tradicionalmente concentrados em São Paulo.
Dos 2,3 milhões de metros quadrados com entrega prevista para o segundo semestre, 1,2 milhão — ou seja, mais da metade — será de responsabilidade de desenvolvedores regionais ou de menor porte, segundo a consultoria Erea.
Pela primeira vez, desenvolvedores locais superaram os grandes investidores do setor na oferta de novo estoque, um reflexo da crescente demanda por entregas mais rápidas.
No primeiro semestre, dos 904 mil m² entregues, 35% estavam fora de São Paulo e foram desenvolvidos por empresas regionais.
São Paulo ainda lidera entre os estados com maior volume de novo estoque previsto para o próximo semestre, com 31%. Na sequência, fora do eixo Sudeste, aparecem Santa Catarina (25%) e Pernambuco (16%).
A expectativa da consultoria Era é que as entregas do segundo semestre elevem o total anual a 3,8 milhões de m². Com isso, o estoque nacional deve atingir 50,4 milhões de m² até o fim do ano.
🗻 Inverno nos Andes desafia logística entre países do Mercosul
O período entre junho e setembro é considerado crítico para as empresas de logística que operam nos países do Mercosul. Nesse intervalo, é preciso enfrentar um dos maiores desafios da rota terrestre internacional: a travessia pela Cordilheira dos Andes, especialmente pelo Paso Los Libertadores.
As condições climáticas adversas desse período, como neve intensa, formação de gelo e risco de avalanches, frequentemente provocam o fechamento da passagem, que pode durar horas ou até dias.
Os impactos diretos das interdições incluem atrasos significativos nas entregas, aumento dos custos operacionais e risco de ruptura nos estoques de destino. Diante disso, as empresas precisam adotar um planejamento minucioso, com rotas alternativas, monitoramento constante e previsão de custos extras com armazenagem e seguros.
Para minimizar os riscos, é essencial monitorar continuamente as condições climáticas e aduaneiras, antecipar embarques e estudar rotas alternativas.
A preparação para o período também exige cuidados técnicos com os veículos. É fundamental que as empresas realizem manutenções preventivas nos caminhões, incluindo checagem dos sistemas de freio, instalação de pneus para neve, verificação dos sistemas de aquecimento, bateria, fluidos anticongelantes, além de revisão dos sistemas elétricos e de iluminação, especialmente para condições de baixa visibilidade.
Em situações de emergência na Cordilheira, a comunicação entre autoridades chilenas, argentinas, brasileiras e uruguaias ocorre por meio de boletins oficiais integrados, emitidos pelo Sistema Integrado Cristo Redentor, da Gendarmeria Nacional da Argentina e pelas autoridades chilenas de fronteira.
Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, as exportações do Brasil ao Mercosul somara US$ 20,2 bilhões em 2024, representando 41,6% do comércio intrazona. O volume reforça a relevância da rota andina para o escoamento de produtos e insumos, especialmente entre Brasil, Argentina, Chile e Uruguai.
⚖️ Balança comercial registra superávit de US$ 6,1 bilhões em agosto
A balança comercial brasileira fechou agosto com superávit de US$ 6,133 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (4) pelo MDIC.
As exportações somaram US$ 29,861 bilhões, e as importações, US$ 23,728 bilhões. A corrente de comércio alcançou US$ 53,589 bilhões.
No acumulado do ano, as exportações totalizaram US$ 227,583 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 184,771 bilhões. O saldo foi positivo em US$ 42,812 bilhões, com corrente de comércio de US$ 412,354 bilhões.
Em relação a agosto de 2024, as exportações cresceram 3,9%, passando de US$ 28,74 bilhões para US$ 29,861 bilhões. Nas importações, houve recuo de 2%, de US$ 24,22 bilhões para US$ 23,728 bilhões.
No ranking por destino, o comércio exterior brasileiro registrou aumento nas exportações para o Reino Unido (11%), México (43,82%), Argentina (40,37%), China (31%) e Índia (58%).
As maiores quedas nas exportações ocorreram para Bélgica (-43,8%), Espanha (-31,3%), Coreia do Sul (-30,44%) e Singapura (-17,1%).
No acumulado do ano por setor, houve alta nas exportações da agropecuária (8,3%) e da indústria extrativa (11,3%), enquanto os embarques da indústria de transformação recuaram 0,9%.
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