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Conflito Irã–Israel: Brasil vai sentir no bolso
Conflito no Oriente Médio e avanço dos BRICS afetam o Brasil já nesta segunda.
Hoje é segunda... e as notícias não prometem ser fáceis. Mas, para quem vive o dia a dia do comércio exterior, enfrentar cenário complicado não é novidade — é quase rotina. Então vamos com calma, atenção redobrada, e sem perder o foco.
Informação bem digerida vira preparo. E preparo é o que faz a diferença no nosso segmento! 😉
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📊 Um Gráfico

PIB dos países do Oriente Médio em 2023
A título de comparação, o PIB do Brasil em 2023 foi de 2,17 trilhões de dólares
Lembrando que analisar a força de um país unicamente pelo seu PIB é como avaliar a qualidade de um profissional unicamente pelo seu tempo de experiência.
A Arábia Saudita, por exemplo, tem a gigante petrolífera Saudi Aramco que teve um lucro maior que o PIB de mais da metade dos países do mundo, mas perde no PIB per capta para países como Qatar, Israel, e Emirados Árabes Unidos.
Todos muito menores territorialmente.
Apesar da distância e fortes diferenças culturais, os países do oriente médio são parceiros comerciais relevantes do Brasil.
Entre os principais produtos exportados e importados pelo Brasil em 2024 estão:
Exportações
| Importações
|
💰Dinheiros e Indicadores
🇺🇸 R$5,564 ||| 🇪🇺 R$6,431
Há 7 dias R$5,57 |||Há 7 dias R$6,369
30 dias R$5,625 |||30dias R$6,340
365 dias R$5,396 |||365 dias R$5,736
💸Inflação: 5,32% (12 meses) | Meta 3,0%
💰 Selic Atual: 14,75% | 30 dias: 14,75% | 60 dias: 14,25%
🪙Reserva Internacional: Mai/25: US$341.459b | Abr/25: US$340.789b | Mar/25: US$336.157b
⚖Balança Comercial parcial:
⬇EXP: US$7.127,7 | ⬆IMP: US$5.147,4 | 🟰Saldo: US$1.980,3
*Dados coletados no Banco Central do Brasil, MDIC sempre do dia anterior.
🤯 Conflito Irã–Israel: Brasil vai sentir no bolso

A escalada do conflito entre Israel e Irã no fim de semana elevou a tensão no Oriente Médio e impactos no mercado financeiro. Especialistas do setor apontam que o agravamento da situação pode afetar a economia mundial — e o Brasil não ficará imune.
O ponto sensível é que o Irã controla o Estreito de Ormuz, uma rota essencial para o comércio, por onde transita cerca de um quarto do petróleo comercializado mundialmente e grande parte das exportações brasileiras ao Oriente Médio.
Há temores de que Teerã possa fechar o estreito, mas mesmo que isso não aconteça, a tensão já pressiona os preços do petróleo. Na sexta-feira (13), o Brent subiu mais de 10%, atingindo US$ 75,15 por barril — o maior patamar em cinco meses.
O Irã tem a quarta maior reserva de petróleo do mundo, e embora venda grande parte da sua produção para a China — devido a sanções americanas — uma interrupção nas exportações iranianas de petróleo deslocaria a demanda chinesa para outros fornecedores, aumentando a competitividade e consequentemente, os preços.
E Israel tem concentrado seus ataques a refinarias de petróleo e gás iranianas.
O impacto no Brasil é direto. A alta do petróleo encarece os combustíveis, pressiona o frete rodoviário e, consequentemente, eleva os preços ao consumidor final. Além de aumentar os custos logísticos nas operações de importação e exportação.
Esse cenário, também deve dificultar a redução das taxas de juros no país.
A situação já se reflete no setor de transporte marítimo, com operadores relatando escassez de embarcações disponíveis no Golfo Pérsico e aumento nas tarifas de frete. Os contratos futuros de frete (FFAs) na rota TD3C alcançaram quase US$ 14 por tonelada — contra US$ 11 antes dos ataques.
E o impacto se estende ao setor aéreo. Após os ataques, Israel e Irã fecharam seus espaços aéreos, seguidos por Iraque e Jordânia. Gerando inúmeros cancelamentos de voos.
Escalada do conflito pode impactar trocas comerciais
O comércio exterior brasileiro também pode ser afetado. Em 2024, o Brasil exportou US$ 3 bilhões ao Irã — 56% em soja e farelos, 31% em milho e 14% em açúcares. Entre os produtos importados, fertilizantes representaram 74% do total.
Com Israel, o fluxo é menor, mas também é considerável: foram US$ 725 milhões exportados em 2024, o petróleo bruto respondeu por 30%, carne bovina por 23% e soja por 11%. Nas importações, os fertilizantes representaram 38%.
O agravamento do conflito entre Irã e Israel coloca em risco setores-chave da economia brasileira. Agronegócio, importação de fertilizantes, logística e a compra de insumos industriais estão entre os mais expostos.
🫂 Vietnã se torna um país parceiro do Brics
O governo brasileiro anunciou o ingresso formal do Vietnã como país parceiro do BRICS.
O Vietnã tornou-se o décimo país parceiro do BRICS, juntamente com Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
A categoria de país parceiro foi criada na XVI Cúpula do BRICS, em Kazan, em outubro de 2024, como uma forma de ampliar a cooperação com países emergentes sem necessariamente conceder-lhes a condição de membros plenos.
Como parceiro, o Vietnã tem convite garantido para a Cúpula do bloco, para a reunião de ministros das Relações Exteriores e pode integrar outros espaços de discussão do fórum do Brics, após consulta aos países membros e decisão por consenso.
Os países parceiros podem ainda endossar as Declarações de Cúpula do Brics, Declarações Conjuntas dos ministros das Relações Exteriores do Brics, bem como outros documentos finais.
Relação Comercial Brasil-Vietnã
A relação comercial entre Brasil e Vietnã ganhou força nos últimos anos. Hoje, o país asiático é o quinto principal destino das exportações do agronegócio brasileiro. Em 2025, o comércio bilateral já se aproxima de US$ 8 bilhões — valor superior ao das exportações brasileiras para Portugal, Reino Unido e França.
Em 2024, essas foram as principais exportações brasileiras para o Vietnã:
Algodão: US$ 1,01 bilhão
Milho: US$ 948 milhões
Soja em grãos: US$ 472 milhões
Farelo de soja: US$ 376 milhões
Trigo: US$ 287 milhões
O Brasil também fornece cerca de 70% da soja importada pelo Vietnã e é o principal fornecedor de carne suína para o país asiático.
📦Estufado de Notícias
🛃 Aduana e Setor Público
🚂 Logística nacional
✈️ Logística Internacional
🌐Geopolítica
🤝 Negócios
🚚Consolidado de Legislações
PORTARIA MAPA No. 805, DE 9/JUN/25 - Institui o Programa Nacional de Rastreabilidade de Produtos Agrotóxicos e afins.
RESOLUÇÃO ANVISA No. 978, DE 6/jun/25 - Dispõe sobre o funcionamento de Serviços que executam as atividades relacionadas aos Exames de Análises Clínicas (EAC).
SOLUÇÃO DE CONSULTA No. 82, DE 6/JUN/25 - Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário - IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM DE TERCEIRO. EMBALAGENS DE VIDRO. RESPONSABILIDADE PELA LOGÍSTICA REVERSA. ADQUIRENTE.
CIRCULAR No. 40, DE 11/JUN/25 - Dispõe sobre a revisão do direito antidumping instituído pela Resolução CAMEX no 19, de 20/dez/19, publicada no D.O.U. de 23/dez/19, aplicado às importações brasileiras de fios de náilon, usualmente classificadas nos subitens 5402.31.11, 5402.31.19 e 5402.45.20 da NCM, originárias da República Popular da China, República da Coreia do Sul e Taipé Chinês
CIRCULAR No. 41, DE 11/JUN/25 – Dispõe sobre a investigação de dumping nas exportações para o Brasil de laminados planos de aço carbono, ligados ou não ligados, em forma de chapas (não enrolados) ou em bobinas (rolos), de qualquer largura ou espessura, laminados a frio, classificadas nos subitens 7209.15.00, 7209.16.00, 7209.17.00, 7209.18.00, 7209.25.00, 7209.26.00, 7209.27.00, 7209.28.00, 7209.90.00, 7211.23.00, 7211.29.10, 7211.29.20, 7225.19.00, 7225.50.90, 7226.19.00 e 7226.92.00 da NCM, originárias da República Popular da China
CIRCULAR No. 42, DE 11/JUN/25 – Dispõe sobre a investigação de dumping, de dano à indústria doméstica e de relação causal entre esses, nas exportações para o Brasil de vidros planos flotados incolores, com espessuras de 1,8 mm a 20,0 mm (vidros planos flotados), comumente classificadas no subitem 7005.29.00 da NCM, originárias da Malásia, do Paquistão e da Turquia.
Exportação No. 010/2025 - Inclusão de produtos no LPCO de Produtos de Defesa
CIRCULAR No. 43, DE 12/JUN/25 - Inicia revisão do direito antidumping instituído pela Resolução CAMEX n o 50, de 12/jun/20, publicada no D.O.U. de 15/jun/20, aplicado às importações brasileiras de pirofosfato ácido de sódio (SAPP), comumente classificado no subitem 2835.39.20 da NCM, originárias do Canadá, China e Estados Unidos.
PORTARIA SDA/MAPA No. 1.301, DE 11/JUN/25 - Atualiza os requisitos fitossanitários para a importação de grãos de arroz polido (Oryza sativa), produzidos no Estado do Japão.
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis/Superintendência de Distribuição e Logística - DESPACHO SDL-ANP No. 770, DE 13/JUN/25 – Dispõe sobre o rol de códigos da NCM e seus respectivos tratamentos administrativos, aplicáveis às operações realizadas por meio do Portal Único de Comércio Exterior.
PORTARIA SDA/MAPA No. 1.298, DE 12/JUN/25 - Submete à Consulta Pública, pelo prazo de 45 dias, a minuta de Portaria que estabelece o Regulamento Técnico para Produção, Controle e Emprego de Vacinas Autógenas.
Soluções de Consulta – Assunto: Classificação de Mercadorias NR: Impacta sobre os códigos 0811.90.00 ; 1602.32.20 ; 1806.90.00 ; 2008.20.90 ; 2106.90.90 ; 3402.90.19 ; 3402.90.29 ; 3403.99.00 ; 4911.99.00 ; 5603.94.10 ; 7204.10.00 ; 8414.59.90 da NCM.
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