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DUIMP: cronograma oficial divulgado
Claude 4.5 domina o Excel, regimes especiais são pouco aproveitados e indústria cobra condições para melhorar uso da cabotagem
👀 Cronograma de Ligamento Duimp

O Cronograma de Ligamento da Duimp refere-se às operações de importação com atuação de órgãos anuentes ou características específicas ainda não disponíveis, cuja ativação no Portal Único Siscomex ocorrerá de modo escalonado.
Neste link você tem acesso ao cronograma completo e às características das Duimp já disponíveis para registro.
O cronograma define as datas a partir das quais será liberado o registro de LPCO e DUIMP, conforme critérios dos órgãos anuentes. O uso do Siscomex LI/DI permanecerá disponível aos importadores que optarem por seguir com o modelo atual.
DUIMP: O interruptor liga e desliga, mas a conta da incerteza ainda não chegou
Se você entrar em um escritório hoje e encontrar três analistas de importação, basta dizer uma palavra para capturar a atenção imediata deles: "DUIMP". Garanto que os três irão se virar, com um misto de esperança e ansiedade.
Assim está toda a comunidade de comércio exterior, aguardando ansiosamente por novidades concretas sobre o Novo Processo de Importação.
A divulgação desse novo cronograma de “LIGAMENTO” da DUIMP trouxe à tona esses sentimentos. A intenção parece clara: informar aos importadores quando certas operações, especialmente aquelas com anuência de órgãos como o MAPA e a Anvisa, estarão disponíveis no novo sistema.
De certa forma, é um incentivo, um convite à ação: "A partir desta data, a funcionalidade está disponível. Usem e nos digam como foi." No entanto, a luz que esse interruptor acende ainda é ofuscada por velhos fantasmas.
O grande paradoxo é que o próprio cronograma não conta a história completa. Um exemplo claro é a DECEX, que figura como "disponível" no novo sistema, mas cujas próprias orientações oficiais, como as referentes à importação de material usado, ainda recomendam o caminho tradicional via Licença de Importação (LI) e Declaração de Importação (DI).
A mensagem é conflitante: a porta nova está aberta, mas a recomendação é que continuemos usando a antiga.
Este cenário expõe um problema crônico que a transição para o Portal Único prometia resolver, mas que ainda persiste: a comunicação fragmentada. Informações relevantes sobre o mesmo assunto são divulgadas em locais diferentes, em momentos distintos, sem uma consolidação clara.
O importador se vê novamente como uma barata tonta, correndo entre notícias, portarias e instruções normativas para tentar montar um quebra-cabeça que deveria ser simples. A piada interna sobre "quando vão lançar um decreto para unificar o portal único" nunca foi tão real.
No fim do dia, a dona da bola continua sendo a Receita Federal. O cronograma é um passo, mas os jogadores — nós, importadores e analistas — permanecemos no campo, aquecendo, esperando que o juiz apite e explique as regras do jogo de forma definitiva.
O interruptor foi ligado, mas a clareza sobre o custo, os riscos e as regras de uso dessa "energia" ainda não chegou. E essa é uma conta que o setor inteiro teme pagar.
FUPdate
🤖 Claude 4.5: novo modelo de IA promete ser o mago do Excel
A Anthropic lançou o Claude 4.5, trazendo atualizações voltadas à produtividade empresarial. As principais novidades incluem recursos expandidos para geração de documentos e uma parceria com a Microsoft que integra o modelo a ferramentas como Excel, Word e PowerPoint.
Capacidades de Geração de Documentos
A versão 4.5 apresenta melhorias na criação de textos estruturados e extensos. O modelo consegue produzir relatórios técnicos, propostas comerciais e análises mantendo consistência ao longo do documento.
A capacidade de ajustar o tom — de formal a casual — foi aprimorada, assim como a organização lógica das informações e a formatação automática.
Segundo a empresa, o Claude 4.5 lida melhor com contextos complexos e pode gerar diferentes tipos de documentos profissionais com menos necessidade de correções posteriores. No entanto, a qualidade final ainda depende da clareza das instruções fornecidas pelo usuário, ou seja, o famoso “prompt”.
Se você for do time que utiliza o Google Sheets, não se preocupe: o modelo de IA também gera arquivos para os serviços desenvolvidos pelo Google: Sheets, Docs e Slides. Basta que você solicite, através do chat, exatamente o que você precisa, e o modelo irá gerar e disponibilizar através de um link.
Parceria com a Microsoft
A integração com o ecossistema Microsoft 365 permite que o Claude 4.5 interaja diretamente com o Excel. Na prática, o modelo pode criar fórmulas, organizar dados em tabelas dinâmicas, gerar gráficos e sugerir análises baseadas nos dados fornecidos.
Para quem trabalha com dados, isso significa automatizar parte do processo de manipulação de planilhas.
A funcionalidade se estende ao Word, onde o modelo pode formatar documentos complexos, e ao PowerPoint, auxiliando na criação de apresentações. A ideia é transformar instruções conversacionais em documentos finalizados, reduzindo etapas manuais.
O lançamento está acontecendo de forma gradual, e a disponibilidade pode variar conforme a região e o tipo de conta.
Ainda não há consenso sobre como essas ferramentas impactarão fluxos de trabalho no longo prazo, embora os primeiros testes indiquem potencial para reduzir consideravelmente o tempo que passamos procurando tutoriais no YouTube de como utilizar a função PROCV.
🤔 Brasil explora apenas 30% do potencial de regimes especiais no comércio exterior
Os regimes aduaneiros especiais são mecanismos importantes para o desenvolvimento do comércio exterior, mas, apesar de seu potencial, estão sendo pouco utilizados no Brasil.
Dados do setor indicam que, das 55 mil empresas importadoras e 28 mil exportadoras, somente 2,5 mil operam com o Drawback e 155 com o Recof. Ou seja, apenas 30% do potencial de uso de regimes especiais é explorado.
Ainda assim, nos últimos seis anos o regime Recof resultou na suspensão de mais de R$ 48 bilhões em Impostos de Importação (II).
Especialistas apontam que o baixo índice de adoção desses regimes se deve, em grande parte, à percepção de que sua implementação é complexa, custosa e demorada. Muitas empresas acreditam que os controles necessários são burocráticos e difíceis de gerenciar, criando um obstáculo à sua utilização.
Os números demonstram o impacto potencial dos regimes especiais nas contas das empresas, reforçando a necessidade de que cada companhia avalie, conforme seu perfil operacional, a viabilidade de incorporar esses instrumentos às rotinas do comércio exterior.
🏞️ Um quinto das indústrias usaria cabotagem com portos melhores
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que uma em cada cinco indústrias brasileiras estaria disposta a migrar para o transporte por cabotagem se houvesse condições adequadas de infraestrutura portuária no país.
Segundo a pesquisa, 29% das empresas industriais utilizam atualmente a navegação entre portos brasileiros para escoar a produção.
Ao todo, a cabotagem representa menos de 11% da matriz de transporte nacional. Segundo a CNI, desses 11%, três quartos são ocupados apenas com petróleo e derivados.
Dentre os motivos pelos quais as empresas não usam a cabotagem, o principal apontado foi a incompatibilidade geográfica, escolhida por 45% dos participantes. Para 39%, o motivo é a indisponibilidade de rotas. Já o “maior tempo de trânsito” e a “distância da origem do transporte até o porto” empataram com 15% cada.
Entre as empresas que recorrem à cabotagem, 79% disseram que o principal fator é a redução de custos, seguido pela segurança no transporte (21%).
Paula Bogossian, analista de Infraestrutura da CNI, acredita que, se houvesse um melhor equilíbrio na matriz de transportes do país, os custos logísticos poderiam ser reduzidos em cerca de 13%.
A pesquisa mostra ainda um recorte por porte empresarial que evidencia a exclusão das pequenas indústrias. Apenas 7% das empresas de pequeno porte utilizam cabotagem. Entre as médias empresas, o índice sobe para 22%. Já entre as grandes, 44% utilizam o modal — sendo que 8% afirmam fazer uso intensivo do transporte marítimo.
Para os empresários entrevistados o principal desafio para o modal é a necessidade de superação dos baixos investimentos em infraestrutura portuária — citada por 69% das empresas que atuam na cabotagem e 70% das que não atuam.
O levantamento, que ouviu 195 empresas de 29 setores industriais em todas as regiões do país, também revelou que 76% dos empresários que já utilizam a cabotagem desconhecem o Programa BR do Mar, instituído pelo novo marco regulatório do setor e em vigor desde julho de 2024.
O programa reúne medidas para aumentar a oferta de navios e investimentos no transporte aquático de produtos.
Na avaliação da CNI, para ele ser mais eficiente, duas portarias são essenciais: uma sobre cláusulas de contratos de longo prazo para afretamento de navios e outra que definirá o conceito de “embarcação sustentável” para fins de atendimento aos requisitos do programa.
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