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⚔️ Entenda como o Governo Brasileiro pretende enfrentar as tarifas de Trump

Diversificar parcerias comerciais, apostar no desgaste da oposição e, se tudo falhar, retaliar. Essa é a linha de ação que integrantes do Governo Brasileiro pretendem trabalhar para enfrentar as tarifas de 50% anunciadas por Donald Trump.
Um dos integrantes designados pelo governo para estudar formas de lidar com a situação, afirmou, em caráter reservado, que, como a justificativa para as tarifas é mais política do que econômica, e o governo não pode negociar a suspensão de processos judiciais, não há subsídios suficientes para negociar uma flexibilização das taxas.
Portanto os três caminhos estudados pelo governo, são:
1- Diversificar parcerias, intensificando negociações de acordos comerciais em andamento, ou a serem iniciadas, buscando aumentar a cartela de compradores para produtos brasileiros.
Entre as apostas estão parcerias com UE, Canadá, Austrália, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Vietnã e Indonésia. A expectativa é que tratados já em curso, como Mercosul-UE e Mercosul-EFTA, sejam concluídos ainda neste ano.
Recentemente, o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, sinalizou interesse em avançar com um acordo com o Mercosul, após o anúncio das tarifas de Trump contra seu país.
2- Narrativa, desgaste e recuo. O governo brasileiro não descarta a possibilidade de que o desgaste da oposição por apoiar as tarifas leve alguns de seus membros a pressionar Trump pela revogação das medidas.
A movimentação buscaria evitar que as tarifas favoreçam a candidatura à reeleição do atual presidente em 2026.
Especialistas avaliam que, historicamente, ingerências estrangeiras em assuntos domésticos tendem a fortalecer sentimentos nacionalistas — o que poderia beneficiar o governo em exercício.
3- Se tudo falhar.. Retaliar. A terceira alternativa seria acionar a Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada pelo Congresso em abril deste ano. A intenção, porém, é que eventuais tarifas aplicadas pelo Brasil não afetem negativamente setores da própria economia.
Entre os alvos em avaliação estão patentes de produtos farmacêuticos, insumos agrícolas e royalties sobre produções audiovisuais.
Outra possibilidade seria revisar a taxação sobre remessas de dividendos de multinacionais americanas com operações no Brasil.
Essa linha de ação, compartilhada em caráter reservado com jornalistas, reforça as declarações recentes do Ministro da Fazenda, nesta quinta-feira (10). Ele afirmou que, por ora, não há decisão sobre elevar tarifas contra os Estados Unidos.
O ministro declarou que primeiramente buscará uma saída diplomática evitar a entrada em vigor das tarifas e, caso não haja negociação, há um amplo conjunto de medidas em análise que não pressionam a inflação.
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