Errar em 2026 custará mais caro

China reduz tarifa de importação para 935 produtos; Serviço conjunto entre CMA CGM e a Maersk terá nova rota para América do Sul e saiba os países com mais Data Centers do mundo

📊 Um Gráfico

Os países com mais Data Centers do mundo 

Até abril deste ano, o Brasil está em 12º lugar, com 170 Data Centers, sendo 58 deles em São Paulo.

A quantidade que os Estados Unidos possuem é surreal, mesmo somando os outros 11 da lista. É curioso que não estamos tão atrás de outros países que investem forte em tecnologia e possuem população maior que a nossa, como China e Índia.

É importante lembrar que esse gráfico considera a quantidade, mas ignora o tamanho desses Data Centers.

Aqui é possível ver onde estão localizados, consultar o nome e até pedir cotação.

Para nós, que não somos da área, não há muita noção de que data centers são muito sensíveis à sua localização geográfica.

Latência 

A latência é o tempo que um pacote de dados leva para ir de um ponto a outro. Embora os dados viajem através de fibras ópticas, cada quilômetro adicional adiciona milissegundos de atraso, o que, na nossa área, pode significar o tempo de receber um e-mail importante ou até a confirmação de um pagamento.

Legislação e Soberania 

Se os dados estão em um servidor nos EUA, eles respondem às leis americanas.  

Algumas leis exigem que dados sensíveis de cidadãos, como prontuários médicos ou dados bancários, permaneçam fisicamente dentro das fronteiras do país, como a nossa LGPD.

Segurança e manutenção 

Estar perto de grandes centros urbanos garante acesso à mão de obra especializada para manutenção física dos servidores, melhor logística para reposição de peças e acesso à energia elétrica.

Falando em Data Centers…

🔱 CMA CGM e Maersk vão reestruturar seu serviço conjunto que conecta a Ásia à costa leste da América do Sul

A CMA CGM e a Maersk anunciaram a reestruturação de seu serviço conjunto que conecta a Ásia à costa leste da América do Sul, com mudanças previstas para o final de dezembro de 2025.

A principal alteração inclui novas escalas em Hong Kong e Itajaí (Brasil), enquanto Cai Mep (Vietnã) será eliminada do roteiro.

O serviço, lançado pelas duas empresas em abril, passará a realizar escalas em Xangai, Hong Kong, Shekou, Cingapura, Santos, Itajaí, Cingapura e novamente Xangai, utilizando uma frota de onze navios com capacidade entre 6.000 e 10.000 TEUs.

Segundo a Alphaliner, a nova rotação começará com a escala do navio Prestige, de 6.350 TEUs, operado pela Maersk, em Xangai no dia 30 de dezembro.

  • A CMA CGM também anunciou uma atualização na rotação de seu serviço SEAS 3, buscando melhorar a conectividade entre Ásia e Brasil.

  • Por sua vez, a Maersk informou a programação de blank sailings (viagens canceladas) em sua prestação ASAS2.

Vale lembrar que a Maersk também concretizou um acordo de slot charter que permitirá à CMA CGM participar de seu serviço Oceania, conectando a costa leste dos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e o Pacífico Sul.

😅 Comércio exterior em 2026: desorganização não terá espaço

De olho no ano que está entrando, conversamos com o especialista Vicente Santos, diretor de Operações de Comércio Exterior, para elencar os principais pontos de atenção para 2026.

E o diretor foi claro: quem atua com importação ou exportação precisa se preparar para um cenário mais rigoroso. Em 2026, a margem para erro tende a ser ainda menor. A integração dos sistemas avança em ritmo acelerado e, com ela, cresce a responsabilidade sobre cada informação registrada ao longo da operação.

Santos acompanha de perto essas transformações e faz um alerta: quanto mais conectados estão os processos, maior é o nível de detalhe exigido. Informações incompletas, inconsistentes ou mal estruturadas deixam de ser um problema pontual e passam a afetar o fluxo operacional de forma recorrente.

Empresas que ainda não organizaram seus cadastros, documentos e rotinas sentirão essa pressão no dia a dia.

Um erro frequente segue sendo concentrar o planejamento apenas em frete e câmbio. Embora relevantes, esses fatores não refletem o custo total da operação.

Impactos fiscais, exigências de licenças e requisitos técnicos continuam sendo negligenciados — e é nesse ponto que os riscos se acumulam.

Há ainda os custos que raramente aparecem na cotação inicial e costumam surgir no momento mais sensível do processo. Armazenagem, demurrage e ajustes fiscais aparecem no fechamento da conta, comprometendo prazos e resultados.

Existem avanços importantes. Os processos estão mais claros e a previsibilidade melhorou em relação a anos anteriores. Ainda assim, o ambiente regulatório segue em constante mudança e exige ajustes frequentes.

A ideia de controle total permanece distante. Na avaliação de Vicente Santos, adaptação ainda será a palavra-chave do comércio exterior em 2026, diante de um ambiente regulatório em movimento contínuo.

Nesse contexto, Santos destaca um fator determinante: a qualidade da informação. Pode parecer simples, mas é ela que separa uma operação fluida de um problema sério. Cadastro de produto bem estruturado, classificação fiscal correta e documentação sem falhas serão decisivos para determinar se a operação flui ou trava

👀 China reduz tarifa de importação para 935 produtos

A China anunciou a redução temporária de tarifas de importação para 935 produtos a partir de 1º de janeiro de 2026. A medida foi divulgada pela Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado e estabelece alíquotas mais baixas que as atuais.

Segundo o governo chinês, o objetivo é fortalecer a integração entre os mercados interno e externo, aumentar a oferta de produtos no país e otimizar o uso de recursos nacionais e internacionais. A medida visa também apoiar o desenvolvimento econômico e industrial.

As principais mudanças incluem a redução de tarifas sobre alguns componentes e materiais avançados para impulsionar a produção tecnológica nacional.

Impostos de importação sobre insumos ligados ao desenvolvimento sustentável e produtos médicos, como vasos sanguíneos artificiais, também serão reduzidos para auxiliar o acesso da população a tratamentos de saúde.

Além disso, o governo promoverá ajustes na classificação oficial de produtos importados, criando novas categorias para itens como robôs biônicos inteligentes e querosene de aviação de origem biológica, apoiando setores tecnológicos e a economia circular.

No comércio exterior, a China manterá, em 2026, as tarifas preferenciais para bens importados de 34 parceiros comerciais, conforme 24 acordos de livre comércio vigentes. O governo chinês também confirmou que continuará aplicando tarifa zero a todas as categorias de produtos importados de 43 países menos desenvolvidos com relações diplomáticas estabelecidas.

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