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Exportações aos EUA crescem 21,9% em abril, mesmo com tarifas
Mesmo sob novas tarifas, exportações para os EUA avançam; Ceará aposta em rota com a China, MGI marca primeira reunião com Auditores em greve e operadores aéreos ajustam rotas diante da desaceleração no transpacífico.
Hoje é sexta-feira… e se o último e-mail foi respondido, o draft aprovado e a carga liberada, você merece desligar o computador, pegar um café (ou algo mais forte) e lembrar que até o free time tem seu valor 😜
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💰 Exportações brasileiras para os EUA crescem 21,9% em abril, mesmo com novas tarifas

Mesmo após o tarifaço imposto por Donald Trump, as exportações brasileiras com destino aos EUA somaram US$3,57 bilhões, uma alta de 21,9% em comparação com o mesmo período do ano passado de acordo com os dados divulgados pelo MDIC.
As importações também registraram alta, cerca de 14% — totalizando US$ 3,79 bilhões.
Os principais itens exportados para os norte americanos foram óleos brutos de petróleo, café, aeronaves e carne bovina.
O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, afirmou que o aumento está relacionado à insegurança dos norte-americanos, que estão antecipando importações temendo retaliações ou aumento tarifários.
As exportações de aço e alumínio, submetidas a tarifas de 25% desde março, recuaram 23,2% e 73%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2024.
Alta histórica na exportação de carne para os EUA
Em abril os exportadores brasileiros de carne venderam cerca de 48 mil toneladas de carne para os EUA, mesmo após a aplicalção da nova tarifa de 10% aplicada por Washington.
Na comparação anual, a alta foi próxima de 1.000%.
O aumento ocorreu mesmo após o limite da cota anual de 65 mil toneladas imposta pelos EUA — atingida em janeiro. Desde então, além da tarifa de 26,4%, passou a incidir uma sobretaxa de 10%, o que, ainda assim, não freou o avanço das exportações brasileiras.
Tradicionalmente a China é o principal destino das exportações brasileiras do tipo, porém uma grave escassez de gado nos EUA aumentou a demanda por importações de carne bovina.
Segundo dados da consultoria Datagro, o Brasil pode se tornar o maior produtor mundial de carne bovina em 2026, substituindo os EUA que ainda enfrentam dificuldades pra aumentar os estoques de gado.
A China também aumentou em 12% suas compras de carne bovina brasileira. Agora a expectativa é de que novos frigoríficos sejam habilitados no próximo ano, após a conclusão da investigação de salvaguarda conduzida por Pequim sobre as importações mundiais de carne bovina.
🛳️ Nova rota entre Ceará e China pode aumentar importações em 20% e beneficiar Shopee e AliExpress
A nova rota marítima direta entre a China e o Ceará — Serviço Santana — foi oficialmente anunciada nesta quarta-feira (7), em uma parceria entre MSC e APM Terminals.
A nova conexão deve impulsionar as importações no estado em até 20%, segundo estimativas do setor, e seu objetivo é otimizar a logística para o e-commerce internacional.
A rota passará pelos seguintes pontos:
Início em Mundra, na Índia → Singapura → Yantian → Ningbo → Xangai → Qingdao → Busan, na Coreia do Sul → Panamá → República Dominicana → Ceará.
Atualmente o tempo médio de envio entre os portos chineses e Pecém, é de 60 a 65 dias. A nova rota promete reduzir o prazo para aproximadamente 30 a 37 dias.
A conexão terá impacto direto no e-commerce, principalmente para plataformas como Shopee e Aliexpress. A redução do tempo de entrega se tornará um diferencial para essas empresas, aumentando sua competitividade no mercado brasileiro.
Contudo, Augusto Fernandes, CEO da JM Negócios Internacionais, afirma que a redução no custo de frete não será tão significativa, o maior impacto será apenas no tempo de transporte. Segundo o CEO, a redução de tempo vai fazer com que empresas possam otimizar seus estoques, planejar melhor suas vendas e melhorar a eficiência operacional.
Para o Porto de Pecém, a nova rota vai fortalecer sua posição como hub logístico estratégico para o Brasil, além de representar uma grande oportunidade para o Ceará consolidar sua posição no comércio exterior, atraindo novos investimentos em logística, transporte e tecnologia.
😮💨 MGI marca primeira reunião com Sindifisco desde o início da greve
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) marcou para quarta-feira (14/5) a primeira reunião oficial com o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais (Sindifisco) desde o início da greve da categoria, em novembro de 2023.
A convocação ocorreu no mesmo dia em que os Auditores aprovaram uma moção de desconfiança contra a administração da Receita Federal e do MGI, criticando o descumprimento do acordo firmado e a condução da greve.
Entre os principais pontos de insatisfação estão a edição, sem consulta prévia ao sindicato, das Resoluções nº 7 e nº 8 pelo Comitê Gestor do Programa de Produtividade e a exclusão dos auditores das propostas de reajuste salarial para 2025-2026.
A greve tem prejudicado diretamente as transações da Receita Federal e o planejamento da arrecadação. O movimento compromete etapas essenciais do planejamento da arrecadação, segundo o Sindifisco.
No Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a paralisação dificulta o cumprimento da meta da Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê arrecadação de R$28,6 bilhões, e da meta do presidente Carlos Higino Ribeiro de Alencar, de julgar R$500 bilhões em créditos tributários neste ano, uma vez que conselheiros da Fazenda informaram que não farão sessões extras para repor julgamentos suspensos durante esse período.
✈️ Carga aérea: operadores reavaliam rotas após desaceleração no transpacífico
A demanda por frete aéreo no transpacífico caiu repentinamente, levando a uma redução de 8% na capacidade mundial nos últimos três dias, segundo dados da Rotate. Cerca de 10% da frota mundial de carga – quase 50 cargueiros widebody – ficaram fora de operação por três dias.
Embora parte da queda possa ser atribuída ao feriado de maio, o fim da isenção de minimis nos EUA é apontado como fator relevante.
A capacidade de carga de fuselagem larga no transpacífico caiu 18% em relação à semana anterior, enquanto rotas como Europa-Norte e América Latina-Norte registraram aumento de 11%.
Algumas companhias começaram a ajustar suas operações: a Qatar Airways Cargo iniciará novos serviços com o 777F para Atlanta e Ásia; o Challenge Group lançará um novo serviço semanal para Bangalore com um 767F; e a DB Schenker abriu o primeiro serviço cargueiro do Aeroporto de Sylhet, em Bangladesh, que deve operar para a Espanha.
Apesar da expectativa de maior volume da China para a Europa, a capacidade nessa rota caiu 5% na última semana.
Em contrariedade a tendência observada nos últimos dias, a DSV anunciou uma nova rota de fretamento entre Chicago e Xangai, com voos semanais e foco em cargas especiais a partir de 13 de maio.
Em paralelo, a Índia tem atraído atenção como novo centro de produção, com companhias aéreas reposicionando capacidade para o subcontinente. A Cargolux e o Challenge Group apontaram a Índia como um novo mercado de crescimento acelerado.
Por fim, as tarifas de frete aéreo continuam caindo: o índice TAC recuou 4,5% na semana até 5 de maio e ficou 5,7% abaixo do mesmo período do ano anterior, embora as taxas da China para a Europa tenham subido ligeiramente na última semana.
📦Consolidado de Notícias do Dia
🏗️ Investimento portuário - Governo Federal anuncia investimento de R$ 689 milhões em obras no Porto de Itajaí
😮💨 Pausa nas tensões - Trégua no Mar Vermelho sinaliza possível retomada gradual das rotas
🛳️ Transporte marítimo - Economia oceânica ultrapassa 100 milhões de empregos no mundo
🤝 Relações comerciais - Brasil e Rússia reforçam parceria em ciência e tecnologia com assinatura de acordos bilaterais
⚔️ Guerra tarifária - Exportações chinesas registram alta de 8,1% em abril apesar da guerra comercial com EUA
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