Furacão mais forte de 2025 atinge Jamaica e Cuba

Ventos de quase 300km/h atingiram Jamaica e Cuba, portos dos Estados Unidos registram queda de movimentação causado pela tarifaço

Furacão mais forte de 2025 atinge Jamaica e Cuba

O furacão Melissa atingiu a Jamaica na terça-feira (28) como um fenômeno de categoria 5, com ventos que chegaram a aproximadamente 295 km/h, tornando-se a tempestade mais forte já registrada no país.

A intensidade do furacão foi extremamente prejudicial à infraestrutura local, provocando apagões que deixaram mais de 500 mil moradores na região sudoeste da ilha sem energia elétrica.

Essa devastação comprometeu o sistema de transporte e dificultou as operações de emergência e reconstrução.

Aproximadamente 1,5 milhão de pessoas, cerca de metade da população jamaicana, foram impactadas por esses efeitos.

Com previsão de enchentes catastróficas e marés de até quatro metros, o cenário na Jamaica se caracteriza como uma das maiores crises naturais recentes da ilha.

Em Cuba, o furacão Melissa, reduzido para categoria 3, atingiu a província de Santiago de Cuba durante a madrugada de quarta-feira (29), com ventos máximos inicialmente de 195 km/h.

Frente à aproximação da tempestade, cerca de 735 mil pessoas foram evacuadas para abrigos nas províncias mais vulneráveis, incluindo Granma, Santiago de Cuba, Guantánamo, Holguín e Las Tunas.

A tempestade provocou inundações em ruas e residências, além de marés de tempestade que podem chegar a 3,6 metros, e chuvas que podem somar até 51 centímetros em algumas áreas.

Impacto no transporte internacional

  • Marítimo: O Caribe é rota do comércio marítimo entre América do Norte, América do Sul e Europa. Com o avanço do furacão, operações portuárias devem ser interrompidas em vários pontos, como Jamaica, Cuba e Bahamas. Navios podem ser redirecionados ou retidos, afetando o fluxo de contêineres, combustíveis e produtos perecíveis. Estruturas portuárias correm risco de danos severos, atrasando o retorno à normalidade.

  • Aéreo: A suspensão de voos comerciais e de carga é esperada nas regiões afetadas. Isso pode impactar a logística aérea internacional, especialmente rotas com conexão no Caribe ou voos de carga entre as Américas e a Europa. A reabertura de aeroportos dependerá da extensão dos danos causados pela tempestade.

Mesmo que o furacão não atinja diretamente o Brasil, atrasos e redirecionamentos logísticos podem ocorrer, principalmente em cadeias que envolvam portos e aeroportos do Caribe como pontos de passagem.

📉 Declínio nos volumes de contêineres nos portos dos EUA após tarifas causa alerta para 2025 

Os 10 maiores portos dos Estados Unidos registraram queda anual de 6,6% em setembro, refletindo os efeitos da implementação caótica das tarifas comerciais.

Segundo o analista John McCown, da Blue Alpha Capital, o recuo veio após leve alta de 0,2% em agosto — resultado de embarques antecipados da Ásia antes das tarifas revisadas de 7 de agosto.

As novas tarifas não se aplicaram a contêineres embarcados antes dessa data, desde que chegassem aos EUA até 5 de outubro.

Como as viagens marítimas levam de duas a quatro semanas, a maioria das cargas de agosto ficou isenta. Parte das remessas de setembro, especialmente da Ásia para a costa leste, também escapou das tarifas.

Apesar do recorde histórico de agosto, dados mostram que as importações caíram 9,9%, enquanto o comércio fora dos EUA cresceu, uma inversão do cenário de 2024, quando o país liderava o crescimento global de importações de contêineres.

McCown prevê que o fraco desempenho de setembro se estenderá até o final do ano, revertendo os ganhos anteriores e resultando em queda anual em 2025.

Em 2024, os volumes haviam subido 15,2% sobre 2023, mas estima-se que 2025 termine 3,4% abaixo de 2024, com os últimos quatro meses caindo 15,7% no comparativo anual.

Ele projeta que o declínio continuará em 2026, marcando o fim de um ciclo de crescimento.

As tarifas do governo Trump devem permanecer, levando McCown a revisar sua métrica de longo prazo, antes de 2,7% de crescimento médio para um cenário de queda plurianual até estabilização do comércio marítimo.

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