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Governo sanciona reforma elétrica
Publicação de hoje pode abrir janela de oportunidades para importação; Terminal de Paranaguá amplia calado operacional; Brasil muda estratégia para minerais críticos
📊 Um Gráfico

Apps mais utilizados no Brasil
A Temu chegou ao Brasil em junho de 2024 e já é o terceiro maior app de e-commerce do país em número de usuários.
Na verdade, chegou a ser o primeiro colocado em agosto e setembro deste ano, mas caiu para a posição atual.
Caso nunca tenha comprado via Temu, eles foram, no início, muito agressivos não só nos preços baixos, mas também na disponibilização de créditos conforme o cliente batia metas de compras.
Algo como: “Compre 300 reais em produtos que daremos mais 200 reais para gastar.”
Junto também de uns joguinhos manjados para aumentar o bônus (tudo simbólico, mas que funciona para gerar senso de urgência). Eles ainda estão presente, mas com valores menores.
O maior entre os brasileiros é o Magalu, que está em quinto lugar.
Já disse isso um tempo atrás e, vendo esses números, minha opinião não muda: os e-commerces internacionais são a principal ameaça para importadores varejistas.
🏗️ Terminal de Paranaguá amplia calado operacional e poderá embarcar até 400 TEUs adicionais por navio
O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) passou a operar com calado de até 13,30 metros, permitindo embarcar cerca de 400 TEUs adicionais por navio. A mudança foi formalizada pela Portos do Paraná por meio da Portaria 224/2025 e aprovada pela Marinha do Brasil.
A ampliação resulta de estudos técnicos realizados pela Universidade de São Paulo, que simularam cenários de atracação em diversas condições climáticas e marítimas.
Os novos limites variam conforme o porte das embarcações: navios de até 300 metros podem operar com 13 metros em maré zero, chegando a 13,30 metros com maré positiva.
Na prática, quanto maior o calado, mais carga o navio transporta por viagem, gerando eficiência direta para armadores e comerciantes sem custos operacionais adicionais. Os níveis autorizados superam os praticados por terminais catarinenses, que operam entre 11 e 12,20 metros.
O avanço se soma a investimentos estruturais de R$ 1,23 bilhão previstos para ampliar o canal de acesso para 15,5 metros nos próximos cinco anos.
O TCP movimentou 744 mil TEUs no primeiro semestre de 2025, mantendo-se como o maior terminal de contêineres do Sul do Brasil e o terceiro maior do país, segundo o Estatístico Aquaviário da Antaq.
☀️ Governo sanciona reforma do setor elétrico, mas com ressalvas

O Governo Federal sancionou a reforma do setor elétrico brasileiro, convertendo a MP 1.304 na Lei 15.269/2025. A medida busca modernizar o marco regulatório, incluindo a abertura do mercado livre de energia e a regulamentação do armazenamento energético.
Porém, foram feitos 20 vetos ao texto aprovado pelo Congresso.
Entre os cortes, destaca-se a mudança nas regras de cálculo do preço de referência do petróleo, que, segundo o Planalto, geraria “insegurança jurídica” e comprometeria investimentos no setor de óleo e gás.
Outro veto importante barrou o ressarcimento aos geradores por cortes forçados de produção, o chamado curtailment, sob o argumento de que a medida transferiria custos aos consumidores e estimularia a sobreoferta de energia, impactando negativamente as tarifas.
A publicação no D.O.U. sobre a reforma também trouxe uma novidade relevante ao autorizar o Poder Executivo a reduzir a zero o Imposto de Importação para BESS (battery energy storage systems) e seus componentes.
Essa possibilidade chega em um momento em que o Brasil vive um cenário inédito: o país lotou os telhados de painéis solares. Hoje, 97% da geração distribuída vem dessa fonte, que, em certos períodos, já representa 40% da oferta nacional.
É excelente do ponto de vista ambiental, mas trouxe um efeito colateral conhecido mundialmente: a curva do pato.
Há excesso de energia ao meio-dia e uma queda brusca no fim da tarde, o que pressiona a operação do sistema, aumenta custos e força cortes de geração. A experiência internacional é clara: para integrar tanta energia solar sem prejudicar a rede, é preciso investir em armazenamento.
E é nesse ponto que a redução do Imposto de Importação para BESS, se realizada, pode se tornar um ponto-chave.
Ela abre espaço para trazer sistemas prontos ou kits completos, atender grandes consumidores e integradores de GD que precisam armazenar energia para uso posterior e estruturar projetos de “solar + bateria” alinhados às futuras regras tarifárias e aos novos incentivos.
Ou seja: o atual desequilíbrio causado pela expansão da energia solar, somado à possibilidade de zerar o Imposto de Importação para BESS, pode criar uma janela de oportunidade para quem importar tecnologia de armazenamento.
⛏️ Brasil muda estratégia para minerais críticos e busca exportação com valor agregado
O governo brasileiro anunciou uma mudança de rota na política mineral durante encontro empresarial em Moçambique, nesta segunda-feira. A nova estratégia prevê que o país não exportará minerais críticos como lítio e cobalto sem agregar valor industrial internamente.
A ideia é estruturar cadeias produtivas completas no Brasil, forçando empresas interessadas nesses recursos a industrializarem localmente.
O movimento tem por objetivo evitar a repetição de ciclos históricos nos quais minérios eram exportados sem gerar desenvolvimento econômico ou tecnológico para o país produtor.
O presidente também destacou que países africanos deveriam adotar modelo semelhante com suas reservas de minerais críticos, e defendeu uma maior cooperação entre nações do Sul Global.
Essa política se conecta diretamente com a transição energética mundial, já que esses minerais são essenciais para baterias de veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia.
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