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Greve dos Auditores-Fiscais: impacto nas aduanas e comércio exterior
Comércio Exterior vive semana de contrastes: greve paralisa aduanas, exportações batem recorde e setor marítimo se prepara para impacto sobre o custo dos combustíveis.
🫣 Greve dos Auditores-Fiscais ganha mais um capítulo

Nesta quinta-feira (8), Auditores-Fiscais que atuam em aeroportos intensificarão a greve da categoria — que ocorre há 162 dias — através da ampliação da fiscalização de passageiros com o apoio de cães de faro e da inspeção de bagagens no Galeão.
A operação-padrão acontecerá em Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Confins (MG), Viracopos (SP), Guarulhos (SP), Brasília (DF) e Galeão (RJ).
Além da operação, mais de 70 Auditores da 10ª Região Fiscal realizaram ato público em frente à Superintendência. Em Florianópolis, cerca de 20 Auditores da Delegacia Sindical local fizeram ato em frente à Delegacia da Receita Federal, após a conclusão da Assembleia Nacional. Os dois atos ocorreram na manhã desta quarta-feira (7).
Paralelamente na quarta-feira, os Auditores realizaram a operação-padrão em Porto Xavier (RS) com inspeção e conferência minuciosa de documentação. Segundo informações, cerca de 70 caminhões ficaram aguardando para cruzar a fronteira.
Já em Uruguaiana, foi realizada operação de verificação documental e física dos veículos e cargas que aguardam liberação dentro do Porto Seco — cerca de 100 veículos foram fiscalizados, gerando filas e espera de até três horas. A operação também contou com auxílio do cão de faro da unidade.
A unidade permanece mobilizada e novas operações são previstas para esta semana.
Delegados de várias regiões fiscais aderem à greve
Delegados e Delegados Adjuntos da Receita Federal da 1ª, 6ª, 7ª e 8ª Regiões Fiscais formalizaram a adesão à greve junto às superintendências, marcando presença na folha de ponto. A adesão ocorrerá a partir das seguintes datas:
6ª Região Fiscal: 23 Auditores anunciaram greve às terças, quartas e quintas a partir de 13 de maio.
7ª RF: 15 Delegados e Adjuntos participarão da paralisação entre 12 e 16 de maio.
8ª RF: os protestos ocorrerão entre 13 e 15 de maio, incluindo um ato presencial na sede da Receita Federal em São Paulo.
Importante ressaltar que a categoria considera as resoluções do CGPP ilegais e uma afronta institucional, tendo aprovado com 99,4% dos votos, em Assembleia Nacional, a inclusão da revogação das medidas na pauta de reivindicações, ao lado do reajuste do vencimento básico.
🛳️ Novo marco regulatório Net-Zero aprovado pela IMO deve elevar em 82% custos de combustível
Segundo a consultoria britânica Maritime Strategies International (MSI), a aprovação do marco regulatório Net-Zero, aprovado na 83ª reunião do Comitê de Proteção do Meio Ambiente Marinho (MEPC 83) da Organização Marítima Internacional, pode elevar em 82% os custos de combustível.
A MSI indica que, em dez anos, a arrecadação anual da frota mundial poderá atingir US$ 100 bilhões.
Os cálculos fazem parte da nova plataforma integrada da MSI, que cruza dados de mercado, desempenho de embarcações e avaliação de ativos para mais de 30 mil navios movidos a combustíveis convencionais.
De outra perspectiva, o cenário revela oportunidades dentro desse mercado, com potencial para redirecionamento de recursos para biocombustíveis compatíveis e alternativas de baixo carbono.
As regras se aplicarão a navios com mais de 5 mil toneladas, que são os responsáveis por 85% das emissões de CO₂ do transporte marítimo internacional.
Para armadores, haverá grande impacto financeiro, exigindo investimentos em combustíveis alternativos e tecnologia de eficiência energética. Por outro lado, a IMO espera que a sinalização de preço induza a transição rumo a operações neutras em carbono, alinhando o setor às metas climáticas mundiais.
🌽 Em meio à guerra tarifária entre EUA-China, embarques brasileiros de grãos aumentam
Entre janeiro e abril de 2025, as exportações brasileiras de grãos avançaram 9% em relação ao mesmo período de 2024, segundo a BIMCO.
O aumento está relacionado à maior demanda chinesa após Pequim elevar em 125% as tarifas sobre produtos dos Estados Unidos.
A soja, responsável por 71% dos embarques, foi o principal impulsionador do aumento, em decorrência de uma colheita 9% maior, segundo estimativas do USDA. Apesar do início lento em janeiro, o fluxo ganhou ritmo em fevereiro, provocando filas de navios nos portos.
O milho respondeu por 27% das vendas externas, e esse número tende a crescer quando a segunda safra, tradicionalmente colhida a partir de junho, chegar aos terminais — projeções apontam que a safra será 6% maior em relação ao ano anterior.
Sobre os destinos, a China absorveu 53% dos volumes de grãos brasileiros e um quarto do consumo mundial. Enquanto os carregamentos EUA-China encolheram 54%.
O incremento beneficia a demanda em tonelada-milha no segmento Panamax, que transportou 82% dos grãos em 2024. As rotas longas a partir da costa brasileira já respondem por 19% da procura nessa classe, embora representem apenas 9% do total de cargas.
Mesmo assim, o índice Baltic Panamax teve queda de 35% em 2025, pressionado pela redução mundial nos volumes de carvão e outros grãos, o que acirra a concorrência entre navios.
Para o restante do ano, a combinação de oferta robusta e disputa comercial entre Washington e Pequim sustenta perspectivas positivas.
No entanto há um risco negativo relacionado à meta chinesa de ampliar a própria safra, o que poderia limitar futuras importações.
🤑 Valores de exportações e importações foram recorde para abril na série histórica, diz MDIC
Em abril, o Brasil registrou máximas históricas para o mês tanto nas exportações quanto nas importações, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Exportações US$ 30,4 bilhões - impulsionadas por um aumento médio de 0,8% nos preços que compensou leve recuo de 0,5% no volume embarcado. | Importações US$ 22,3 bilhões - Nesse caso, a queda de 2,9% nos preços foi mais do que neutralizada por uma expansão de 4,4% no volume adquirido, com destaque para produção industrial e o agronegócio. |
A categoria de bens de capital foi a que mais cresceu em compras em abril, subindo 7,6% em valores e 8,1% no volume importado. Os fertilizantes químicos foram a principal importação do mês, com alta de 36,2%, seguido pelos motores e máquinas não elétricos, que cresceram 25,9%.
Em sentido oposto, a importação de óleos brutos de petróleo registrou um recuo de 51,8% nas importações em abril.
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