Greve da RFB adiciona tensão à DUIMP e novos questionamentos

Consultamos especialistas para avaliar impactos da paralisação nas operações de importação

Com início programado para terça-feira (26), a greve impactará diretamente as operações de importação em todo o território nacional.

Para dimensionar os possíveis desdobramentos dessa paralisação, o FUP ouviu profissionais do setor em diferentes estados brasileiros, que analisaram desde os impactos imediatos até as potenciais consequências de longo prazo.

A implantação da DUIMP, iniciada em outubro de 2024, expôs uma série de desafios operacionais.

As Secretarias de Estado ainda lutam para integrar seus sistemas à nova plataforma, e a situação pode se complicar ainda mais em janeiro de 2025, quando um volume considerável de operações será obrigado a se adequar ao novo sistema.

Se o cenário permanecer inalterado, a próxima fase de implementação da DUIMP poderá ser substancialmente comprometida, gerando impactos significativos tanto para as empresas quanto para o mercado.

Inovar é importante e aderir às ferramentas mais tecnológicas fazem com que o comércio exterior brasileiro seja mais seguro e competitivo internacionalmente.

O problema é que no Brasil demora-se tanto para implementar mudanças e sistemas por causa da burocracia, do estado inchado e dos contratempos, que quando as melhorias entram em vigor, já estão ultrapassadas.

Infelizmente cenários de greve e paralisações estão cada vez mais frequentes na rotina do profissional de comércio exterior.

Independentemente do “prazo” da greve, os impactos causados estendem-se muito além do final dela com custos extras, falta de estoque, atraso na produção e no final alguém precisa pagar a conta.

Não só a RFB mas outros intervenientes enfrentam defasagem que não acompanha o crescimento do comércio exterior brasileiro gerando dificuldades às empresas relacionadas ao Custo Brasil nas exportações.

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