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Camex sustenta proteção ao aço — Auditores sustentam greve
Governo reforça a proteção ao aço com novas tarifas e amplia restrições a importações. No Congresso, a Lei dos Portos entra em debate em meio a resistências, e setor aéreo sente a pressão da corrida por embarques antes do fim da trégua tarifária.
⚙️ Camex sustenta proteção ao aço com tarifa de 25% e estende medida a mais 4 produtos

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) decidiu, nesta terça-feira (27), manter a alíquota de 25% do Imposto de Importação para 19 NCMs de aço e estendê-la para mais 4 itens, com validade de 12 meses.
Segundo o MDIC, os quatro itens mais recentes foram incluídos na medida por apresentarem aumento expressivo nas importações no último ano — sendo classificados como “NCMs de fuga”.
A pasta afirma que a decisão sobre essas medidas tarifárias foi adotada para combater o surto de importação de produtos de aço e fortalecer a indústria nacional do setor.
Segundo o Ministério, foram contemplados os itens cujo volume de compras externas superaram em 30% a média das compras ocorridas entre 2020 e 2022.
O GECEX manteve o sistema de cotas para volumes específicos de importação, que poderão entrar no país com as alíquotas originais das NCMs, que variam de 9% a 16%.
No entanto, ficaram de fora do cálculo as importações feitas no contexto de acordos comerciais ou de regimes especiais.
Aço chinês gera onda protecionista mundo afora
O crescimento das exportações de aço da China — que atingiu recorde de 118 milhões em 2024 — tem provocado uma onda de medidas protecionistas mundo a fora, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em relatório publicado nesta terça-feira (27).
Em 2024, 19 governos iniciaram 81 investigações antidumping envolvendo produtos siderúrgicos. Quase 80% dos casos envolviam produtores asiáticos.
Além das disputas formais, também cresceu o número de medidas mais amplas, como o aumento de tarifas sobre as importações em diversos países na intenção de proteger suas indústrias siderúrgicas.
⚠️ Ações da greve seguem intensas nesta semana
A recusa da proposta apresentada pelo MGI reacendeu as ações de intensificação da paralisação. Na noite de segunda-feira (26), três voos em Florianópolis foram submetidos a procedimentos de fiscalização, gerando filas de até três horas de espera.
Nesta quarta-feira (28), uma operação semelhante acontecerá em Porto Alegre (RS), durante a chegada de dois voos internacionais, um de Buenos Aires e outro de Portugal. A expectativa é que 500 passageiros sejam fiscalizados.
Em Belo Horizonte (MG), os Auditores-Fiscais que atuam no Serviço de Despacho Aduaneiro (Sedad) da Alfândega suspenderam suas atividades entre terça-feira (27) e a próxima sexta-feira (30). Somente serão desembaraçadas as declarações que envolvam itens considerados essenciais, como medicamentos, insumos hospitalares, cargas perecíveis, vivas, perigosas e de consumo de bordo.
Em Foz do Iguaçu (PR), cerca de mil caminhões aguardam liberação para entrar no Brasil. O tempo de espera para cargas vindas da Argentina e do Paraguai, que antes era de três horas, agora chega a até três dias.
Greve dos Auditores-Fiscais trava importações
O impacto da paralisação dos Auditores-Fiscais — que já dura seis meses — está impactando a entrega de mais de um milhão de encomendas domésticas internacionais, especialmente roupas e eletrônicos comprados em sites estrangeiros.
No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, há uma quantidade crítica de mercadorias estocadas inadequadamente devido à falta de espaço.
Estima-se que o Brasil tenha deixado de arrecadar mais de R$ 7 bilhões em impostos devido aos atrasos na liberação das mercadorias.
✍️ Presidente da Câmara anuncia comissão especial para revisar Lei dos Portos
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, anunciou a criação de uma comissão especial para discutir o Projeto de Lei (PL) 733/2025, que propõe a revisão da Lei dos Portos com foco na modernização do setor.
A comissão especial será responsável pelo andamento do processo, e pretende agilizar a votação ainda este ano. O deputado Murilo Galdino será o presidente da comissão, e o deputado Arthur Maia será o relator.
Segundo Motta, o objetivo da comissão é trabalhar um texto que incentive o crescimento e o desenvolvimento desse setor, que é fundamental para a economia brasileira.
O projeto enfrenta resistência do Ministério dos Portos e Aeroportos (MPor), por retirar competências da pasta e mudar a forma de contratação da mão de obra portuária.
✈️ Frete aéreo em alerta: celulares devem acelerar demanda e elevar tarifas
A maioria das operadoras de carga aérea prevê um aumento nas taxas de frete em nível mundial. Cerca de 95% dos participantes de uma pesquisa da Freightos afirmaram esperar novas altas nas tarifas — especialmente na rota entre a Ásia e a costa oeste dos Estados Unidos.
A alta nas tarifas levou metade dos pequenos e médios importadores a suspender temporariamente as compras externas, segundo o levantamento. Com o fim da trégua tarifária previsto para agosto, cresce a corrida para antecipar embarques, o que tende a pressionar as tarifas do frete aéreo.
Nos últimos dias, Trump também anunciou sua intenção de aplicar uma tarifa de 25% sobre todos os celulares fabricados no exterior — incluindo os da Apple — a partir do fim de junho. A informação deve acelerar o volume de importações de smartphones nas próximas semanas.
O movimento de antecipação de cargas, somado aos temores tarifários, devem sustentar a tendência de alta nas tarifas.
Segundo a TAC Index, as taxas de fretes aéreos já estão subindo mundialmente. O Baltic Air Freigh Indes, subiu 0,4% na última semana.
A pressão sobre o transporte marítimo — causada pelos cancelamentos durante a guerra tarifária e pela retomada acelerada — pode levar pequenos importadores a priorizar o frete aéreo, provocando um efeito semelhante ao observado durante a pandemia.
De acordo com a TAC, uma movimentação maior do que o usual já é observada.
A partir da América do Norte, as tarifas aéreas se mantiveram estáveis nos embarques com destino à Europa, mas recuaram nos fluxos para a China e a América do Sul.
Segundo a plataforma Rotate, na última semana, a capacidade de cargueiros entre a América do Sul e a América do Norte caiu entre 11% e 15% em relação à média das quatro semanas anteriores. Já na rota Ásia–América do Norte, houve um aumento de 8%.
📦Consolidado de Notícias do Dia
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