Greve dos caminhoneiros confirmada

Novo tarifaço à vista, porto de Chancay acelera a automação portuária, Brasil busca aliviar sobretaxas americanas e maior rota ferroviária entra em ação no Brasil

🚚 Greve dos caminhoneiros é confirmada e paralisação ganha força com apoio jurídico

Caminhoneiros de diversas regiões do Brasil se articulam para uma paralisação nacional nesta quinta-feira (4). A convocação foi oficializada em vídeo nas redes sociais por Chicão Caminhoneiro, que afirmou estar protocolando uma ação para legalizar a paralisação, garantindo que o movimento esteja dentro da legalidade e protegido de retaliações.

O movimento também ressaltou que a mobilização tem foco apenas em reivindicações trabalhistas, com o objetivo de chamar atenção para problemas estruturais do setor, dentre eles:

  • Estabilidade contratual para caminhoneiros autônomos;

  • Cumprimento efetivo da legislação vigente que rege o transporte de cargas;

  • Reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas;

  • Aposentadoria especial após 25 anos de contribuição, desde que comprovados por documentos fiscais ou registros formais.

Segundo Daniel Souza, caminhoneiro e influenciador digital com quase 100 mil seguidores, “A realidade dos caminhoneiros está precária: baixa remuneração, leis impossíveis de cumprir por falta de estrutura e insegurança nas estradas. O respeito com a nossa classe acabou”.

Apesar de entidades regionais indicarem grande adesão à mobilização, até o momento, o movimento ainda não é unânime. Algumas lideranças da Baixada Santista sinalizaram falta de apoio à paralisação por ausência de assembleia ou votação entre os trabalhadores.

Em 2018, um movimento semelhante ocorreu. Foram 10 dias de paralisação em função da alta no preço do diesel, resultando em desabastecimento de combustíveis e alimentos. A situação só foi normalizada depois que o governo cedeu parte das demandas.

👀 Tarifaço mexicano coloca Brasil entre os cinco países mais afetados

O governo mexicano anunciou que está estudando elevar tarifas de importação sobre 983 bens de 19 setores. A decisão coloca o Brasil entre os cinco países mais afetados, atingindo diretamente 232 produtos brasileiros.

A proposta faz parte da nova política industrial da presidente Claudia Sheinbaum, desenhada no âmbito do Programa de Protección para las Industrias Estratégicas.

O problema maior, segundo um levantamento feito pela CNI, é que 67,6% do valor atingido pelas tarifas corresponde a bens intermediários utilizados pelo próprio parque produtivo mexicano.

Uma elevação ampla das tarifas sobre insumos industriais no México tende a pressionar os custos no Brasil e a enfraquecer a competitividade das exportações nacionais, especialmente em segmentos como o de veículos, químicos, metalurgia, borracha e plásticos.

Os países mais afetados, por ordem de impacto, serão: China (US$ 34,2 bilhões), Coreia do Sul (US$ 5,8 bilhões), Índia (US$ 3,1 bilhões), Tailândia (US$ 1,8 bilhão), Brasil (US$ 1,7 bilhão), Indonésia e Taiwan (sem valores levantados).

Países que possuem tratados de livre comércio com o México, como Estados Unidos, União Europeia, Japão, Canadá e Vietnã, vão permanecer imunes ao tarifaço mexicano.

A proposta elevaria as tarifas médias de 16,1% para 33,8%, podendo atingir até 50% em determinados códigos tarifários. O texto ainda passa por avaliação no Legislativo mexicano, mas se aprovado, atingirá US$ 52 bilhões em importações do país.

Falando em tarifas…

Os presidentes do Brasil e dos EUA voltaram a conversar nesta terça-feira (2) para discutir sobre os produtos brasileiros que ainda estão sujeitos às tarifas americanas de 40%.

De acordo com o governo, 22% das exportações brasileiras para os EUA ainda permanecem sujeitas às sobretaxas. No início da imposição das tarifas, 36% das vendas brasileiras ao mercado norte-americano estavam submetidas a alíquotas adicionais.

Durante a negociação, o Brasil ofereceu cooperar com os EUA no combate ao crime organizado internacional, apontando as recentes operações realizadas no país para “asfixiar financeiramente” o crime organizado e identificar ramificações que operam a partir do exterior.

Segundo o ministro da Fazenda, criminosos usam o Estado de Delaware nos EUA como paraíso fiscal para tirar ilegalmente dinheiro do Brasil e depois trazê-lo de volta “lavado”.

  • A última operação identificou o envio de R$ 1,2 bilhão para esses fundos em Delaware.

Trump concordou em dar apoio ao Brasil a iniciativas conjuntas entre os dois países para enfrentar essas organizações criminosas. Com isso, os dois presidentes concordaram em voltar a conversar em breve sobre o andamento dessas iniciativas.

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🚂 Maior rota ferroviária em operação no Brasil entra em ação

A maior rota ferroviária em operação no Brasil já está ativa. A Brado, em parceria com as concessionárias Rumo e VLI, inaugurou o fluxo multimodal que liga Sumaré, no interior de São Paulo, a Davinópolis, no Maranhão, por meio da Ferrovia Norte-Sul.

São 2.732 km direcionados ao transporte de bens de consumo, produtos industrializados e cargas essenciais para abastecer diferentes regiões do país, com foco no fortalecimento do abastecimento do mercado interno.

Após uma fase de testes iniciada em julho, a rota realizou oito viagens com 100% de pontualidade e total segurança, movimentando 504 contêineres e mais de 10,9 mil toneladas de produtos.

A estimativa é que o mercado tenha potencial de movimentar até 64 mil contêineres por ano, aumentando a competitividade das indústrias locais e o acesso a produtos essenciais.

A operação também é essencial para reduzir a pressão sobre o transporte rodoviário em um momento de escassez de motoristas. Segundo dados da Senatran, o Brasil perdeu cerca de 1,2 milhão de condutores habilitados para caminhões entre 2015 e 2025.

Ao assumir longas distâncias, a ferrovia libera os caminhoneiros para rotas regionais, mais produtivas e menos exaustivas.

🤖 Porto de Chancay está a caminho de se tornar o centro logístico mais automatizado do Pacífico Sul

Um ano após o início de suas operações, o Porto de Chancay está a caminho de se tornar o centro logístico mais automatizado do Pacífico Sul, de acordo com James Cusco, diretor de tecnologia da Huawei Enterprise.

Atualmente o terminal portuário peruano conta com infraestrutura 5G e tecnologias de inteligência artificial que permitem a implantação de veículos autônomos, guindastes controlados remotamente e gêmeos digitais que replicam a operação em tempo real.

O gêmeo digital do porto é uma réplica virtual que integra dados de sensores, câmeras, 5G e algoritmos de IA para simular cenários, prever congestionamentos e melhorar o desempenho operacional.

Esse sistema permite antecipar falhas e otimizar rotas com um nível de precisão impossível de alcançar por meio de processos convencionais.

Cusco indicou ainda que as próximas fases de expansão incluem mais guindastes automatizados, um número maior de veículos autônomos e a expansão do pátio de contêineres, que será integrado ao gêmeo digital.

Além disso, começarão a explorar o uso de drones para vigilância e segurança física, aproveitando a infraestrutura existente.

Atualmente, o porto já utiliza radares e drones para vigilância marítima, enquanto os veículos autônomos dependem do LiDAR para gerar modelos tridimensionais que alimentam o gêmeo digital.

Com essas capacidades, Chancay pretende consolidar sua posição como um dos portos tecnologicamente mais avançados da região e uma referência em automação portuária baseada em IA e conectividade de ponta. Cusco também enfatizou que o megaporto está a caminho de se tornar um dos mais modernos do mundo.

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