🏗️Automação nos portos dos EUA: sindicatos e empresas negociam hoje

A Associação Internacional de Estivadores (ILA) e a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX) reúnem-se hoje para negociar questões relacionadas à automação portuária. Em pauta estão os equipamentos automatizados já em operação nos portos da Virgínia e Bayonne, Nova Jersey.

A ILA propõe a adição de supervisores para cada guindaste automatizado, com remuneração entre US$ 100 mil e US$ 150 mil anuais. Operadores portuários indicam que tais custos seriam incorporados às taxas de serviço.

O Porto da Virgínia, o qual implementou automação sob os acordos anteriores, registrou aumento de 46% em sua capacidade operacional. Dados oficiais mostram que a modernização resultou em crescimento dos royalties pagos aos trabalhadores sindicalizados.

Em dezembro, após encontro com o presidente eleito Trump, o presidente da ILA, Harold Daggett, relatou ter recebido apoio para suas posições sobre automação. A USMX não se pronunciou oficialmente sobre esta declaração.

📊A ultima greve e seus impactos

A greve de outubro de 2024 foi a primeira grande paralisação nos portos dos EUA em quase 50 anos. Ela resultou na interrupção do transporte marítimo, afetando cerca de metade das operações do país. Estima-se que essa greve tenha custado à economia dos EUA aproximadamente US$ 5 bilhões por dia, considerando os atrasos nas cadeias de suprimentos e o aumento dos custos de transporte.

• Agronegócio: a paralisação impactou cerca de 45% das exportações de carne suína e 70% das exportações de carne de frango dos EUA.

• Indústria Automotiva: a importação de veículos e peças automotivas sofreu atrasos significativos, especialmente no Porto de Baltimore, que é um dos principais pontos para esses produtos.

• Setor Farmacêutico: mais de 91% das importações farmacêuticas dependem dos portos afetados pela greve.

⚓E os Portos Brasileiros?

A última greve nos portos do Brasil ocorreu no dia 22 de outubro de 2024. Na ocasião, trabalhadores portuários de todo o país paralisaram suas atividades por 12 horas em protesto contra mudanças propostas na Lei dos Portos (Lei 12.815/2013). A ação foi coordenada por várias federações sindicais, representando mais de 50 mil trabalhadores.

📣Auditores iniciam 2025 com planos de fortalecimento da greve

A greve dos Auditores da Receita Federal, iniciada em novembro de 2024 com paralisações pontuais e agora por tempo indeterminado, poderá causar ainda mais impactos em janeiro de 2025.

O Sindifisco está organizando novas ações junto à categoria para pressionar o governo, especialmente diante do adiamento da votação da Lei Orçamentária Anual para fevereiro de 2025, abrindo uma nova janela de negociação.

As expectativas para janeiro são duplamente altas: enquanto os Auditores intensificam sua mobilização por reivindicações orçamentárias, o setor privado aguarda a definição sobre a ampliação da obrigatoriedade dos despachos processados por DUIMP.

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Vamos relembrar tudo que aconteceu no ano em que pontes caíram, portos e aeroportos superlotaram, sofremos com atrasos em cronogramas e com as greves e paralisações realizadas por diversos órgãos públicos.

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