- Follow-Up do Comex
- Posts
- IMO aprova taxa histórica — US$380 por tonelada de CO2
IMO aprova taxa histórica — US$380 por tonelada de CO2
Não é só de guerra tarifária que vive o COMEX, o meio ambiente também entrou na pauta, juntinho do novo acordo entre EUA e Panamá.
Hoje é sexta... e se até a carga tem tempo de trânsito, o descanso também é sagrado, né?
Como foi sua semana no Comex? |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
🌱 IMO aprova nova taxação mundial sobre emissões do setor marítimo

Um texto em pauta na reunião da Organização Marítima Internacional (IMO), sobre como o transporte marítimo pagará por sua “transição verde”, com a inclusão de uma taxa fixa, não obteve consenso entre os participantes nesta quinta-feira, 10, em Londres.
Apesar de não ter consenso total, o pacote de medidas Net Zero Framework, obteve apoio suficiente para ser encaminhado ao Comitê de Proteção do Meio Marinho (MEPC) para aprovação formal, nesta sexta feira, 11.
O documento enfrentou oposição de 15 países, liderados pela Arábia Saudita (por considerá-lo ambicioso demais) e de seis pequenos Estados insulares do Pacífico, como as Ilhas Marshall. Além do não comparecimento da delegação dos EUA à discussão.
Aprovação veio na sexta-feira
Hoje, 11 de abril, em encontro com o MEPC, a maioria dos países membros da IMO aprovaram o texto. A partir de 2028, navios que excederem o limite principal pagarão uma multa de US$ 380 por tonelada de CO2 equivalente, e uma penalidade adicional de US$ 100 será aplicada a emissões acima de um limite mais rigoroso.
O acordo visa ajudar a cumprir a meta da IMO de reduzir em 20% as emissões líquidas do setor até 2030 e eliminá-las até 2050.
Os Estados Unidos se retiraram das negociações novamente, e pediram que outros países façam o mesmo, ameaçando impor medidas recíprocas caso seus navios sejam taxados.
Enquanto isso, países vulneráveis ao clima e blocos como a União Europeia e o Reino Unido propuseram uma taxa de carbono mais forte sobre todas as emissões de navios, mas a medida foi rejeitada após oposição de vários países, incluindo China, Brasil e Arábia Saudita.
O ministro do Clima de Vanuatu criticou o acordo final por não colocar o setor em um caminho compatível com o limite de aquecimento de 1,5ºC.
O acordo, que pode gerar até US$ 40 bilhões em taxas até 2030, inclui mecanismos para tornar os combustíveis de emissão zero mais acessíveis, além de permitir que embarcações que reduzam as emissões abaixo do limite sejam recompensadas com créditos que poderão ser vendidos para navios que não cumprirem os padrões.
O texto propõe um modelo de metas progressivas para redução da intensidade de carbono dos combustíveis (Global Fuel Intensity), de acordo com a tabela abaixo:

Para entendimento da tabela: até 2030 será exigida uma redução de 8% na intensidade de emissões de combustível em relação aos níveis de 2008, subindo para 21% no padrão mais rigoroso. Até 2035, as reduções exigidas chegarão a 30% e 43%, respectivamente.
A medida ainda passará por aprovação final dos países em nova reunião da IMO em outubro.
⚔️ Xi diz que China "não tem medo" e aumenta tarifas sobre produtos dos EUA para 125%
O líder chinês Xi Jinping defendeu a autossuficiência chinesa enquanto declarava o aumento das tarifas sobre os EUA para 125% em resposta às tarifas impostas por Donald Trump.
Essa foi a ação mais recente da guerra tarifária, depois que os EUA elevou as tarifas sobre a China em 145% — no entanto o governo chinês sinalizou que não pretende ir acima de 125%, mas tem outras opções em vista caso o que consideram “bullying tarifário” continue.
A escolha, de acordo com o Ministério do Comércio da China, vem do país considerar a imposição sucessiva de tarifas apenas um jogo de números, sem real significado econômico.
Segundo a CNN, Trump estaria esperando que Xi entre em contato, mas que não faria o primeiro movimento — mas Pequim não entrou em contato.
Ao invés da negociação direta com Trump, a China passou a intensificar sua agenda diplomática, reforçando laços com parceiros estratégicos como Espanha, Vietnã, Malásia e Camboja — países também afetados pelas tarifas americanas — e sinalizou maior aproximação com a União Europeia para se posicionar como defensora de um comércio mundial multilateral.
🇵🇦 Após pressão, Panamá cede em acordo com os EUA sobre canal
O país da América Central cedeu o uso gratuito e prioritário da hidrovia para americanos, incluindo navios de guerra e tropas estado-unidenses, em acordo assinado entre os dois países.
Contudo a decisão levantou questionamentos sobre a soberania panamenha, que cedeu a pressão americana para minar a influência chinesa na América Latina, inclusive pressionando a empresa chinesa que possui portos panamenhos a saírem do país.
Além disso, Panamá e EUA acordaram que tropas americanas poderão ser destacadas em áreas de acesso ao canal do Panamá, com autorização para utilizar as instalações e áreas autorizadas para treinamento, exercícios e outras atividades.
O acordo terá validade de 3 anos.
Apesar da constituição panamenha prever a proibição do estabelecimento de bases militares, segundo o governo panamenho, a presença do exército dos EUA não se trata da instalações de bases militares, apenas da utilização em conjunto desses espaços pelas forças de ambos os países.
Ainda há um ponto de discórdia no documento. A versão em espanhol da declaração conjunta traz a informação de que os EUA reconhecem a liderança e a soberania inalienável do Panamá e sobre o Canal do Panamá, frase inexistente na versão em inglês divulgada pelo Pentágono.
O novo acordo tem dominado as manchetes panamenhas com perplexidade e medo. A notícia foi recebida com desaprovação pelo povo panamenho, que já vinha organizando protestos contra a influência americana, inclusive queimando bandeiras dos EUA.
💲 Guerra tarifária: Amazon e Walmart reformam cadeias de suprimentos
A retirada da projeção de lucro operacional do Walmart para o 1º trimestre evidencia o impacto direto das tarifas no planejamento do varejo global.
A medida sinaliza a necessidade da empresa de manter flexibilidade de preços, especialmente diante da pressão nos custos de produtos importados, como eletrônicos, vestuário e utilidades domésticas.
Amazon também está se ajustando: cancelou pedidos de fornecedores asiáticos para reduzir exposição financeira, o que gerou efeitos colaterais em sua cadeia de suprimentos.
Muitos vendedores chineses da plataforma enfrentam margens de lucro cada vez menores com a escalada das tarifas e têm buscado alternativas como a transferência do estoque para mercados não americanos, com menores tarifas.
Dados da PYMNTS indicam que 70% dos diretores financeiros já enfrentam escassez de ofertas e estão enfrentando novos custos para tentar reestruturar suas cadeias de fornecimento.
Diante disso, Walmart e Amazon seguem estratégias distintas: o Walmart foca em expansão física com o Sam’s Club e em soluções tecnológicas com IA para moda.
Enquanto a Amazon investe em IA generativa (GenAI), mira contratos federais de software e testa serviços surpreendentes na logística: motoristas equipados com desfibriladores, que atendam chamadas de emergência pelo caminho.
📦Consolidado de Notícias do Dia
Alterações no traçado da via - 2ª fase da Avenida Perimetral no Porto de Santos (SP) terá revisão de estudo ambiental
Governo federal - Orçamento de 2025 é sancionado com superávit ‘inflado’, cortes no PAC e recorde de emendas
📧Quer receber os próximos envios no seu e-mail?
📢Quer anunciar sua empresa, serviços, eventos ou produtos? Fale conosco.
O que achou da edição de hoje?Conte-nos se conseguimos agregar informação e conhecimento no seu dia. |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
Você recebeu esse e-mail porque assina o Follow-Up do Comex
Follow-Up do Comex faz parte do Grupo Invoice®