Irã x Israel: o que está por trás da nova escalada

Tensão no Oriente Médio, risco de falta de lítio e nova rota com Itajaí no mapa logístico.

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💣 Conflito entre Israel e Irã se intensifica

Nesta quinta-feira (12) a Força Aérea Israelense atacou instalações nucleares e de mísseis do Irã. O objetivo, segundo autoridades israelenses, foi desmantelar o programa nuclear iraniano e destruir pontos estratégicos de sua infraestrutura militar.

A escalada recente no conflito entre Israel e Irã tem origem nas preocupações israelenses em relação ao suposto programa nuclear iraniano.

A informação de que Teerã teria acumulado material suficiente para produzir 15 armamentos nucleares em poucos dias — segundo alegação de Israel — foi o gatilho para a ofensiva israelense.

  • Em pronunciamento, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a operação militar “continuará pelos dias que forem necessários para eliminar essa ameaça”.

Os EUA, tradicional aliado de Israel, adotaram uma postura cautelosa em relação ao ataque. Embora o governo americano apoie Israel politicamente e publicamente, suas afirmações são de que não há envolvimento americano nas ações militares.

Mesmo assim, os EUA tomaram medidas de precaução, aumentando a segurança de suas tropas no Oriente Médio e retirando diplomatas do Iraque.

A Rússia, embora mantenha uma aliança com o Irã, prestando apoio diplomático e militar, tem sinalizado que não deseja uma guerra entre Teerã e Israel. Moscou demonstra preocupação com as possíveis repercussões sobre o mercado de energia e os desdobramentos nas suas relações com os Estados Unidos e a Europa.

Retaliação Iraniana

Na manhã desta sexta-feira (13), o Irã lançou mais de 100 drones em direção ao território israelense.

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou que “A partir deste momento, o governo da República Islâmica do Irã iniciou as medidas defensivas, políticas e legais necessárias para fazer com que o ilegítimo Israel se arrependa [de sua agressão] e não concederá aos israelenses um momento de descanso”, declarou em comunicado divulgado pela agência de notícias estatal iraniana Irna

🚘 Produção de lítio não será suficiente para atender à demanda por veículos elétricos

Um estudo publicado na Cells Reports Sustainability avaliou a oferta e a demanda de lítio na China, Europa e EUA e apontou que embora sua mineração pudesse aumentar dez vezes em algumas dessas regiões até 2030, ela ainda seria insuficiente para atender à demanda crescente por veículos elétricos.  

Juntos, China, Europa e os EUA respondem por 80% das vendas mundiais de veículos elétricos, e a expectativa é que a demanda continue a crescer.

A pesquisa aponta que a China precisaria de 1,3 milhão de toneladas métricas de carbonato de lítio, a Europa precisaria de 792 mil e os EUA, de 692 mil para a produção de novos veículos elétricos.

Com base nos projetos de mineração de lítio existentes nas três regiões, a equipe descobriu que a China seria capaz de produzir entre 804 e 1,1 milhão de toneladas métricas, a Europa conseguiria 325 mil e os EUA entre 229 a 610 mil toneladas métricas até 2030.

Em outras palavras, mesmo que essas regiões avancem com seus planos mais ambiciosos para aumentar a mineração de lítio, a produção local ainda seria insuficiente para suprir integralmente a demanda interna.

Com isso, todos os países dependeriam muito da importação, o que também se tornaria um problema, pois, atualmente, a maioria das importações de lítio vem de poucos fornecedores, incluindo Chile e Austrália.

O aumento das importações de uma região reduziria diretamente o acesso de outras regiões, por exemplo, se a China aumenta suas importações em 77%, as importações dos EUA diminuiriam 81% e da Europa, 78%.

O estudo concluiu que as maneiras mais adequadas de mitigar a escassez futura seriam a adoção de tecnologias de baterias que utilizem menos ou nenhum lítio, como as baterias de íons de sódio, a redução dos incentivos a veículos elétricos pessoais e o incentivo ao uso de transporte público, com melhorias nos sistemas ao redor do mundo.

🏗️ Porto de Itajaí será incluído na Rota Bioceânica de Capricórnio

O superintendente do Porto de Itajaí, João Paulo Tavares Bastos, esteve em reunião em Brasília, na quarta-feira (11), para tratar da inclusão do Porto de Itajaí na Rota Bioceânica de Capricórnio, um novo corredor logístico que ligará a China ao Mercosul e à Europa, passando por países da América do Sul.

A rota será concluída até 2026 e tem previsão de início das operações em 2027.

Entre seus principais benefícios estão a redução de até 40% nos custos logísticos e a diminuição de cerca de duas semanas no tempo de transporte marítimo. A iniciativa também deve aumentar a competitividade dos produtos do Sul e Centro-Oeste do Brasil e facilitar o comércio com países da Ásia, Europa e do próprio Mercosul.

A expectativa é que a nova rota incentive um aumento no crescimento das exportações sul-americanas com destino à Europa, especialmente diante da possível celebração de um acordo de livre comércio com a UE.

📦Consolidado de Notícias do Dia

📈 Tarifas para Londres chegaram a atingir alta de 89% - Tarifas nas principais rotas marítimas aumentam 59% na última semana

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