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Maior obra portuária do Brasil mira reequilíbrio logístico
Enquanto o Moegão tenta desafogar as estradas, a China dá vantagem à África e o conflito Irã x Israel pressiona mercado de ureia.
🤩 Maior investimento portuário do Brasil atinge 52,5% de conclusão

A maior obra portuária pública do Brasil, a obra do Moegão, atingiu 52,5% de sua execução, de acordo com informação divulgada pela Portos do Paraná.
O projeto, de grande complexidade em engenharia, conectará 11 terminais portuários por meio de galerias aéreas.
Os terminais logísticos passarão a receber composições ferroviárias com maior eficiência e agilidade, em um projeto que promete transformar o transporte de cargas sobre trilhos no país. A estimativa é de que, ao final das obras, a capacidade ferroviária seja ampliada em até 60%.
O Moegão é formado por três linhas ferroviárias independentes, com capacidade conjunta para receber até 180 vagões simultaneamente.
A descarga ocorre por gravidade, com os produtos sendo direcionados a um funil subterrâneo. Dali, seguem por correias transportadoras até os elevadores, que os conduzem às galerias destinadas ao transporte aéreo de cargas.
As galerias serão conectadas aos terminais portuários, onde os produtos serão armazenados até o momento do embarque nos navios.
Paralelamente, a obra também viabilizará a integração ao projeto Nova Ferroeste, projeto que prevê o escoamento da produção do interior do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina por via ferroviária para exportação via Porto de Paranaguá.
Com a operação plena, a expectativa é de um maior equilíbrio na matriz de transportes, com redistribuição da demanda entre ferrovias e rodovias — o que pode representar um alívio de até 50% para cada modal. A mudança tende a beneficiar, indiretamente, outras cadeias logísticas que dependem do transporte rodoviário em diferentes regiões do país.
👀 China elimina tarifas sobre importações africanas
A China anunciou nesta segunda-feira (16), que eliminará todas as tarifas sobre as importações provenientes de 53 países africanos com os quais mantém relações diplomáticas.
O acordo de isenção de impostos de Pequim até então contemplava apenas os países menos desenvolvidos da África, agora passará a incluir as economias de renda média, como África do Sul, Quênia, Nigéria, Egito e Marrocos.
Vale lembrar que Trump anunciou tarifas de até 50% sobre as importações de vários países africanos, com previsão de negociação apenas em setembro.
A decisão ajudará a diminuir o superávit comercial de US$ 62 bilhões da China com o continente.
No entanto, a iniciativa pode redesenhar os fluxos comerciais, visto que a maior parte das exportações africanas para a China é composta por commodities, como minérios, petróleo e outras matérias-primas.
Isso pode reduzir a competitividade das commodities brasileiras, considerando que soja, minérios e petróleo compõem 75% do total exportado do Brasil para a China.
Embora as tarifas chinesas sobre produtos brasileiros já sejam relativamente baixas — no caso da soja, em torno de 3% — a nova política pode levar a uma retração no volume de compras de alguns desses produtos.
No caso da soja, por exemplo, cerca de 28 países africanos produzem e exportam o grão, o que pode aumentar a concorrência pelo mercado chinês.
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🔎 Governo investiga existência de dumping em importações de fio-máquina de aço carbono
O governo brasileiro decidiu iniciar uma investigação para apurar a prática de dumping nas importações de fio-máquina de aço carbono originárias da China e da Rússia.
A medida foi formalizada por meio de circular da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.
O fio-máquina é uma matéria-prima amplamente utilizada na indústria para a fabricação de arames, fixadores (porcas e parafusos), componentes de suspensão, peças forjadas, tire cord, cabos, pinos, eletroferragens, conexões hidráulicas e pneumáticas, eletrodos, solda MIG e clipes de papelarias. Também tem aplicações nos setores agropecuário, moveleiro e da construção civil.
Segundo a circular, a investigação foi aberta com base na existência de indícios suficientes de prática de dumping nas importações e de prejuízos à indústria nacional decorrentes dessas operações.
🧨 Conflito entre Irã e Israel deixa mercado de fertilizantes do Brasil em alerta
A escalada do conflito no Oriente Médio acendeu um sinal de alerta no mercado de fertilizantes e entre os produtores rurais brasileiros. Isso porque aproximadamente 17% das importações brasileiras de ureia tem origem no Irã.
O Irã é considerado um gigante nas exportações de ureia, com sua produção atingindo entre 4,5 milhões e 5,5 milhões de toneladas ao ano.
No geral, os agricultores dependem do mercado internacional para suprir mais de 80% de sua necessidade de fertilizantes. No caso da ureia, em 2024, 100% da ureia consumida no mercado interno foi importada.
O impacto já está se refletindo no planejamento da próxima safra de soja brasileira. A instabilidade na região elevou os preços da ureia nos mercados internacionais, preocupando os produtores que ainda não garantiram os insumos.
O Irã reduziu sua produção diante das incertezas, e o Egito, outro grande fornecedor, teve sua fabricação de ureia interrompida depois que Israel interrompeu o fornecimento de ás para a região.
Como consequência, ofertas foram retiradas do mercado e os preços subiram nos EUA, no Oriente Médio e no Brasil.
Em adição, a alta do petróleo deve elevar os custos de frete marítimo e seguros internacionais, aumentando ainda mais os custos de importação do fertilizantes ao país.
O calendário do plantio de soja está se aproximando e, com isso, os produtores vão precisar redobrar a atenção ao mercado, para tentar minimizar os custos de produção da próxima safra.
📦Consolidado de Notícias do Dia
📲 Tecnologia vai aprimorar o controle aduaneiro e a logística internacional - Américas começaram a adotar dispositivos de segurança inteligentes no controle alfandegário
🤔 O acordo não inclui tarifas sobre o aço e não entrará em vigor imediatamente -Acordo assinado pelos EUA e Reino Unido prevê redução de tarifas para os dois países
🤑 Projeto apresentado por MDIC, Fazenda e MME ficou em primeiro lugar entre 26 países - Brasil receberá R$ 1,4 bi de fundos internacionais para descarbonização da indústria
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