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Pequim impõe tarifas a laticínios europeus
Passando pelo Papai Noel, “passaporte verde” e pela nova rota da CMA CGM, o comércio exterior concentrou hoje curiosidades, tensão comercial, exigências ambientais e ajustes logísticos
📊 Um Gráfico

Como outros países chamam o “Papai Noel”?
Mais curioso que útil, a não ser que você queira mandar uma mensagem para seu cliente ou parceiro na Finlândia desejando que o Joulupukki traga muitos presentes.
Papai
Muitos países, assim como o Brasil, referem-se ao Noel como um pai:
Hana Kōkō - maori - Nova Zelândia
Père Noël - francês - França, Camarões, Marrocos
Papá Noel - espanhol - Espanha e grande parte da América do Sul
Pai Natal português - Portugal
Baba Noel árabe - Iraque
Bābā Noel persa - Irã
Noel Baba - Turquia
Vovô Gelo
Outro nome bastante popular é Vovô Gelo ou Avô Gelo. Esse nome tem origem em uma figura lendária da mitologia eslava e é comum no sudeste da Europa, sendo usado em países como Croácia (Đed Mraz), Macedônia, Rússia (Дед Мороз – Ded Moroz), Sérvia (Деда Мраз – Deda Mraz) e Bielorrússia (Дзед Мароз – Dzied Maroz).
São Nicolau e Santa Claus
São Nicolau foi um santo padroeiro conhecido por seus atos de caridade e pelo hábito generoso de dar presentes, sendo considerado a principal influência para o personagem moderno do Papai Noel. O holandês “Sinterklaas” é baseado em São Nicolau e é apontado como a origem do nome “Santa Claus”.
Hoje, muitos países ao redor do mundo usam Santa Claus, ou alguma variação desse nome.
Santa - El Salvador
Santa Cló - Cuba
Santa Clós - Porto Rico, Venezuela
Santa Klaus - Filipinas
Santo Clós - México
ซานตาคลอส (Sāntākhlxs̄) - Tailândia
サンタクロース (Santakurōsu) - Japão
산타 할아버지 (Santa hal-abeoji, literalmente “vovô Santa”) - Coreia do Sul
Bodes de Yule e duendes: Norte da Europa
Na Finlândia, a figura do Papai Noel é chamada de joulupukki. O termo se traduz literalmente como “bode de Yule” e tem origem em antigas tradições pagãs, mas hoje em dia é usado para se referir ao Papai Noel moderno.
Noruega e Suécia também possuem nomes próprios para o Papai Noel, baseados no folclore nórdico. O norueguês Julenissen e o sueco Jultomte significam literalmente “duende de Yule” ou “gnomo de Yule”, mas atualmente também se referem à figura do Papai Noel.
👀 Tarifas da China sobre produtos lácteos da UE entram em vigor

Hoje entram em vigor as tarifas provisórias da China sobre produtos lácteos importados da UE, após o país concluir a primeira fase de uma investigação antissubsídios iniciada em agosto de 2024, com previsão de encerramento em 21 de fevereiro de 2026.
Segundo o Ministério do Comércio da China, os subsídios da UE para produtos lácteos têm causado “danos substanciais” à indústria leiteira chinesa.
As tarifas variam de 21,9% a 42,17%, e a escolha dos valores será feita com base no grau de cooperação das empresas. As que colaboraram com a investigação ficarão sujeitas a tarifas de 28,6%, enquanto aquelas que não cooperaram enfrentarão a taxa máxima de 42,7%.
Os produtos afetados incluem queijos frescos, processados e azuis, como o famoso queijo Roquefort, maturado nas cavernas de Roquefort-sur-Soulzon, na França, além de alguns tipos de leite e creme de leite.
O movimento foi recebido por Bruxelas como uma retaliação às tarifas de 38% impostas pelo bloco aos veículos elétricos chineses.
Até o momento, Pequim impôs tarifas sobre as importações de conhaque, carne suína e agora laticínios da UE.
A respeito das negociações sobre as tarifas de veículos elétricos, um alto diplomata europeu em Pequim afirmou na semana passada que ainda existem questões importantes a serem resolvidas entre os dois lados.
A China importou US$ 589 milhões em produtos lácteos abrangidos pela investigação em curso no ano passado, valor semelhante ao de 2023.
🔰 Falando em União Europeia…
A partir de 2026, vender para o exterior — especialmente para a UE — vai depender cada vez mais de um “passaporte verde”. A qualidade dos produtos não será mais o único diferencial; será preciso provar, com documentos, que a produção não utiliza matéria-prima de área desmatada, além do cumprimento de regras ambientais e sociais.

O que os compradores vão exigir:
coordenadas geográficas da área de produção;
comprovação de que não houve desmatamento após a data de corte definida em lei;
documentação demonstrando o cumprimento da legislação local.
Na prática, cada lote exportado precisará ter rastreabilidade e “histórico ambiental limpo”.
E esse movimento não deve se restringir à Europa. Relatórios internacionais mostram que cerca de 90% da perda de floresta no mundo está ligada à expansão agrícola, o que vem pressionando governos e empresas a reverem suas cadeias de fornecimento.
Contudo, estamos no fim de 2025 e a adesão ainda é preocupante. O Global Forests Report 2024 avaliou 881 companhias e constatou que apenas 445 mostraram algum avanço em direção a cadeias livres de desmatamento; desse grupo, somente 64 têm ao menos uma operação integralmente alinhada a essa meta.
Outro estudo, o Forest 500/Global Canopy 2025, avaliou que entre as 500 empresas mais influentes do mundo, apenas 3% têm compromissos ambientais sólidos e efetivamente implementados.
E esse atraso no topo da cadeia significa que a pressão tende a crescer justamente no elo mais frágil: o produtor.
Grandes compradores internacionais e indústrias locais já começaram a exigir documentação detalhada sobre origem, Cadastro Ambiental Rural (CAR) regular, ausência de embargos e de sobreposição com áreas protegidas, além de comprovação de boas práticas trabalhistas.
Quem não conseguir entregar essas informações corre o risco de ficar de fora de contratos ou de ser redirecionado para mercados menos exigentes e com menor valor agregado.
No Brasil, os impactos devem ser sentidos principalmente nas exportações de soja, carne e milho. Em 2024, o Brasil movimentou mais de US$ 160 bilhões em exportações do agro, e parte significativa desse valor depende diretamente de mercados que agora aumentam suas exigências ambientais.
🚢 CMA CGM atualiza o serviço SEAS 3

A CMA CGM está atualizando seu serviço SEAS 3, que conecta o Extremo Oriente à costa leste da América do Sul, para melhorar a cobertura e os tempos de trânsito.
Novo itinerário: Xangai — Hong Kong — Shekou — Singapura — Santos — Itajaí — Singapura.
A maior novidade é a conectividade em Itajaí (SC). Foram adicionadas chamadas semanais, complementando a escala de Santos e garantindo tempos de trânsito mais rápidos a partir da China Central.
Exportação de Itajaí: entrega direta em Singapura em 25 dias e em Xangai em 33 dias.
A primeira partida do novo itinerário deve ocorrer em 30 de dezembro de 2025, saindo de Xangai.
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