R$ 14 bilhões em Imposto de Importação

Governo projeta salto na arrecadação em 2026; greve dos caminhoneiros registra baixa adesão; projeções apontam retorno gradual ao Canal de Suez, e a edição encerra com o Radar de Eventos e o FUP Indica para o fim de semana.

O Imposto de Importação pode subir; você, por outro lado, deve se preparar para baixar o ritmo ao fim do dia, porque hoje é sexta-feira!

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🚚 Greve dos caminhoneiros tem baixa adesão e não causa impactos até o momento

A greve nacional de caminhoneiros convocada para quinta-feira (4/12), teve baixa adesão e não causou impactos nas rodovias federais. Segundo a PRF, até as 8h da manhã não havia registro de bloqueios ou interdições em nenhum trecho sob sua responsabilidade.

A Fretebras, maior plataforma online de cargas e fretes da América Latina, que oferece acompanhamento em tempo real de alta precisão sobre a atividade do transporte rodoviário no país, também não registrou nenhum bloqueio, evidenciando que o movimento grevista não conseguiu comprometer o sistema logístico nacional em nenhum ponto do país.

As análises também demonstraram que as principais métricas de liquidez e preços permaneceram completamente estáveis em todo o território nacional, incluindo os corredores logísticos considerados críticos.

O movimento, que tinha como foco principal a Região Sudeste e especialmente o estado de São Paulo, não teve adesão significativa nem mesmo nos locais tradicionalmente mais mobilizados.

Apesar de o protesto ter sido protocolado junto ao governo federal no início da semana, a mobilização não teve força suficiente.

As reivindicações protocoladas junto ao documento incluem a criação de um modelo de estabilidade contratual para caminhoneiros autônomos, a revisão do marco regulatório para o transporte rodoviário de cargas e o reconhecimento da aposentadoria especial após 25 anos de trabalho.

A falta de mobilização pode estar relacionada à incerteza sobre a resposta governamental, aos riscos financeiros envolvidos na paralisação e à dispersão de grupos que inicialmente aderiram ao movimento.

Essa combinação resultou em um engajamento insuficiente, deixando a mobilização com efeito praticamente nulo sobre o tráfego e a logística no país.

👀 Governo prevê novos aumentos no imposto de importação em 2026

O governo federal incluiu no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2026 a previsão de arrecadar R$ 14 bilhões extras com o aumento do Imposto de Importação. A projeção considera a elevação de alíquotas de alguns produtos, os efeitos de decisões comerciais tomadas ao longo de 2025 e a expectativa de alta nas importações no próximo ano.

A majoração é definida pelo Gecex-Camex e não depende de aprovação do Congresso, o que representa um alívio para a equipe econômica em meio às tensões entre os Poderes.

Parte dos aumentos de alíquotas previstos para 2026 já está em análise no grupo técnico.

A medida foi considerada necessária para viabilizar o fechamento do Orçamento de 2026, cuja meta é atingir um superávit de R$ 34,3 bilhões.

O governo adotou essa estratégia após frustrações com tentativas anteriores, como o aumento do IOF, que sofreu forte reação negativa, e uma medida provisória alternativa que perdeu validade após a atuação da oposição na Câmara.

O problema é que o número assusta. Considerando a PLOA enviada em agosto, a estimativa para o Imposto de Importação, em que se concentram as medidas de defesa comercial, era de R$ 103,2 bilhões.

O valor adicional informado agora representa um aumento tão significativo que causaria um “choque” nesse tributo específico, elevando a arrecadação em mais de 13% em relação ao que se esperava.

Agora será necessário acompanhar de perto os movimentos do governo para ver até onde foi feita uma conta de chegada (o que significa que, em 2026, eles terão de achar novas formas de arrecadar) e/ou até onde o governo vai, de fato, intensificar a tributação sobre as importações com o intuito de arrecadar mais.

🚢 Concorrência no transporte marítimo no Mar Vermelho deve aumentar

O progresso do cessar-fogo no Mar Vermelho e o retorno gradual de navios ao Canal de Suez estão criando um novo cenário para o transporte marítimo. Segundo a Drewry, a retomada das rotas pelo canal egípcio pode aumentar a concorrência, reduzir taxas diárias e diminuir a demanda por toneladas-milhas para navios de projeto.

Embora o otimismo esteja voltando, os operadores seguem cautelosos. O tráfego ainda está abaixo dos níveis pré-crise de 2023.

  • A previsão é que a recuperação completa da carga geral ocorra até o final do primeiro semestre de 2026.

Para os proprietários de carga, a decisão continuará a ser baseada nos custos: prêmios de seguro e portagens do Canal de Suez mais elevados, ou rotas mais longas e com maior consumo de combustível via Cabo da Boa Esperança.

O retorno em massa de porta-contêineres ao canal aumentará a concorrência no setor de cargas gerais, com disputa sobre mercadorias como bobinas de aço, produtos ensacados e máquinas paletizadas.

O segmento de cargas de projeto também enfrentará maior concorrência, embora a demanda por projetos de energia e industriais possa absorver rapidamente a capacidade adicional.

A reabertura completa do Canal de Suez liberará capacidade, reduzirá custos operacionais e tempos de trânsito, mas poderá causar congestionamento portuário antes mesmo que a estabilidade total aconteça, devido ao aumento súbito do tráfego.

🥳 Radar de eventos do FUP

Gulfood 2026 - 26 a 30/01 - Dubai - A feira reúne mais de 5.000 expositores e mais de 150.000 visitantes qualificados, entre compradores, formadores de opinião e líderes do setor de alimentos e bebidas.

Negócios com a China - 12/12 - Natal, RN - Imersão empresarial na qual os participantes vão aprender estratégias de comércio internacional, como negociar com fornecedores chineses e montar operações lucrativas com marca própria. Além do conteúdo técnico, a imersão proporcionará conexões com outros empresários em busca do mesmo objetivo: reduzir custos, aumentar margens e destravar o crescimento.

ONLINE

Incoterms® 2020 - Regras para o Comércio Internacional -17/12 - Online - O curso tem por objetivo apresentar as principais características da nova revisão, vigente a partir de 1º de janeiro de 2020, e o seu impacto nas negociações comerciais internacionais. Destina-se a profissionais direta ou indiretamente relacionados ao comércio exterior, especialmente das áreas comercial, operacional, logística, marketing e jurídica, bem como a profissionais de operadores logísticos e de instituições financeiras, dentre outras.

🤓 FUP Indica para o seu fim de semana

Embora foque no mercado ilegal, esse filme, baseado em uma história real, aborda a logística do comércio internacional e o uso de tecnologias para movimentar produtos e dinheiro através de fronteiras, de forma anônima. Ele conta a história de um jovem de 29 anos que ganhou milhões de dólares criando e administrando uma rede de pirataria para traficantes, até ser preso pelo FBI.

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