Real em alta: 8a moeda que mais se valorizou frente ao dólar

Também na edição: Mercosul fecha novo acordo com europeus, tensão tarifária entre EUA e Japão, e guerra eletrônica afeta navegação no Estreito de Ormuz e Mar Vermelho

🤑Real tem a 8ª maior valorização no mundo no 1º semestre de 2025

Um levantamento realizado pela empresa Austin Rating mostrou que o Real foi a 8ª moeda que mais se valorizou em relação ao dólar no 1º semestre de 2025.

A alta registrada foi de 12,3% de janeiro a junho. Sua valorização foi maior que o Euro (15ª posição) e que a Libra (24ª posição).

O Dólar fechou aos R$5,434 na segunda-feira (30), o menor patamar desde setembro de 2024.

  • As três moedas que mais se valorizaram frente ao dólar foram: Cedi, de Gana (+43,2%), Rublo Russo, da Rússia (37,2%), e a Coroa Sueca, da Suécia, (16,7%).

Esse movimento tem sido relacionado ao chamado 'dia do tarifaço', promovido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 2 de abril. Na ocasião, o anúncio de tarifas elevadas promoveu uma fuga de investimentos em ativos norte-americanos e a desvalorização do Dólar.

O cenário de incerteza nas relações comerciais, somado às novas diretrizes adotadas por Trump e ao avanço expressivo da dívida pública — impulsionada por altos níveis de endividamento e juros elevados tem levantado dúvidas sobre a sustentabilidade fiscal dos Estados Unidos.

O Real tem se beneficiado com este movimento.

O levantamento da Austin Rating foi feito com 118 moedas no mundo. Mostrou que 71 se valorizaram em relação ao Dólar. Outras 16 registraram estabilidade. Só 31 perderam valor em relação à divisa dos EUA.

As 5 moedas que mais perderam valor em relação ao Dólar são:

  • Bolívar Soberano venezuelano, da Venezuela (-49,2%)

  • Libra Sul sudanesa, do Sudão do Sul (-14,2%)

  • Peso argentino, da Argentina (-12,8%)

  • Lira turca, da Turquia (-10,2%)

  • Dinar, da Líbia (-9,5%)

🤝 Mercosul fecha novo acordo de livre comércio com europeus

Integrantes do governo brasileiro informaram nesta terça-feira (1) que o Mercosul concluiu as negociações de um novo acordo de livre comércio com países europeus.

  • As tratativas vinham sendo alinhadas com o Efta, grupo de países formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

O vice-presidente da Confederação Suíça, Guy Parmelin, está a caminho de Buenos Aires para o anúncio do acordo durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, nesta quinta-feira (3) em Buenos Aires, Argentina.

🫵 EUA ameaça taxar carros e outras importações japonesas em 25% por disputa do arroz

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou aplicar tarifas de 25% sobre carros japoneses e uma tarifa de 24% sobre outros itens exportados aos Estados Unidos.

  • Segundo Trump, mesmo com escassez local do produto, o Japão se recusa a comprar arroz norte-americano.

Dados do United States Census Bureau relatam que o país asiático comprou US$ 298 milhões em arroz dos EUA em 2024. De janeiro a abril de 2025, as aquisições japonesas de arroz norte-americano somaram US$ 114 milhões. 

O Japão tem uma forte política de proteção agrícola, o país tem uma cota de importação estabelecida em 100 mil tonelada ao ano — cerca de 1% do consumo total do país — e impõe uma taxa de 341 ienes (US$ 2,37) por kg para importações além da cota.

O país, no entanto, enfrentou adversidades climáticas que afetaram sua produção local de arroz. Diante disso, o ministro da Agricultura, Shinjiro Koizumi, anunciou uma licitação extraordinária para a importação de 30 mil toneladas do grão, isentas de tarifas, como medida para conter a alta dos preços no mercado interno.

Do total licitado, 25.541 toneladas eram dos EUA, seguidos por 1.500 toneladas da Austrália e 708 toneladas da Tailândia.

Após a declaração de Trump, o país divulgou nesta terça-feira (1) que não irá sacrificar seu setor agrícola como parte de suas negociações tarifárias com os EUA.

O Japão é o 10º parceiro comercial brasileiro. Em 2024 registrou um déficit de US$ 146,8 milhões nas trocas comerciais com o Brasil.

Mas apesar de ser exportador de arroz, os principais destinos do arroz brasileiro foram:

Na importação de veículos automóveis de passageiros, o país foi responsável por apenas 1,5% das importações brasileiras em 2024. Mas as partes e acessórios dos veículos automotivos representaram 12% do total importado pelo Brasil em 2024.

Em 2024, o Japão foi o segundo maior exportador de veículos para os EUA, respondendo por aproximadamente 18,6% das importações norte-americanas. A possibilidade de uma tarifa de 25% sobre esses produtos pode levar os fabricantes japoneses a redirecionarem parte de sua produção para outros mercados, como o brasileiro, intensificando a concorrência interna no setor automotivo.

👀 Guerra eletrônica segue comprometendo o fluxo do transporte marítimo no Estreito de Ormuz

Uma escalada na “guerra eletrônica” entre Israel e Irã tem levantado sérias preocupações sobre a segurança no Estreito de Ormuz e no Mar Vermelho. Até o momento, cerca de 1.000 embarcações registraram interferências diárias de GPS ao se aproximarem dessas regiões.

Essas interferências fazem com que os navios desapareçam do radar ou pareçam estar a quilômetros de distância. A maior parte das interrupções está relacionada a operações militares, e não a ataques diretos contra embarcações comerciais

Recentemente um incidente ocasionado por uma dessas interrupções causou uma colisão entre dois petroleiros perto do Golfo Pérsico, resultando em um vazamento de óleo de 10km².

Alguns armadores têm investido em equipamentos anti-interferência de nível militar, que chegam a custar US$ 50.000 por embarcação. Mas esses sistemas precisam de atualizações constantes devido à evolução das ameaças.

Com o avanço das tensões políticas e o uso crescente da guerra eletrônica, o transporte marítimo tem se tornado mais vulnerável. Diante dos riscos para vidas, cargas e o meio ambiente, a proteção dos sistemas de navegação passou a ser uma prioridade para o setor marítimo internacional.

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