Sem acordo — Auditores propõe nova paralisação

Greve dos Auditores-Fiscais se intensifica com nova paralisação, enquanto comércio exterior mantém desempenho positivo e cenário internacional registra tensão entre EUA e China.

🛑 Atualizações sobre a Greve dos Auditores-Fiscais

Nesta semana, as reuniões dos Auditores-Fiscais foram retomadas para avaliar o andamento da greve e discutir novas ações de mobilização. Participaram cerca de 400 profissionais, incluindo Auditores da Malha Fiscal, da Fiscalização, delegados e adjuntos e chefes de equipe.

A paralisação persiste há 149 dias. De acordo com dados do CNM, aproximadamente 1.500 Auditores solicitaram o ressarcimento pelos dias descontados em razão da greve.

No setor aduaneiro, porém, a dinâmica é diferente: não há corte de ponto, uma vez que os servidores participam da operação-padrão, exercendo maior pressão sobre o governo.

Em reunião com auditores em cargos de chefia, ficou decidido que a greve será mantida até que o governo apresente uma proposta considerada justa sobre o reajuste do vencimento básico principal ponto de reivindicação da greve.

“O governo não está completamente alinhado sobre como tratar a greve. Há um impasse colocado na mesa. Precisamos continuar mobilizados. Vamos conseguir um resultado positivo, mas, para isso, não podemos recuar. O acirramento da pressão é a condição para acelerar esse processo.”

Dão Real

Durante a reunião com as equipes de Fiscalização, foi indicado que a Administração da Receita deve afastar dos cargos com função gratificada os Auditores que aderiram à greve, além da exclusão desses profissionais como responsáveis por Procedimentos Financeiros Fiscais.

Como resultado da reunião, foi proposta a realização de uma paralisação de dois dias por parte de delegados e adjuntos na próxima semana, além da busca por um canal direto de diálogo com representantes do Ministério da Fazenda para apresentar os impactos da greve. Uma nova reunião para deliberar sobre essa proposta foi marcada para esta sexta-feira (25).

🤑 Brasil tem superávit comercial de US$ 14,6 bilhões em 2025

O comércio exterior brasileiro mantém ritmo de crescimento em 2025. Até a terceira semana de abril, as exportações alcançaram US$ 96,2 bilhões, superando as importações de US$ 81,6 bilhões.

A movimentação comercial mostra sinais positivos: as exportações cresceram 5,3% em relação a abril do ano passado, enquanto as importações aumentaram 10,5%. A média diária de transações comerciais atingiu US$ 2,551 bilhões.

Dois setores lideraram o crescimento das exportações: a agropecuária, com aumento de 5,4%, e a indústria de transformação, que avançou 10,8%.

Os destaques da exportação incluem:

Aumento nas exportações:

Milho não moído +147%

Especiarias +103,2%

Café não torrado +45,6%

Ouro não monetário +76,7%

Semiacabados de Ferro ou aço +61,6%

Carne bovina +43,1%

Queda nas exportações:

Trigo e centeio não moídos -59,8%

Soja -1,1%

Algodão bruto -9,9%

Minérios de Ferro -19%

Outros minerais em bruto -34,8%

As importações também foram marcadas por fortes altas e baixas:

Aumento nas importações:

Café +19,3%

Cacau +332,6%

Trigo +28,3%

Medicamentos +50,2%

Adubos químicos +34,1%

Queda nas importações:

Soja -86,2%

Pescados frescos ou refrigerados -17,4%

Produtos hortícolas -23,4%

Minério de Ferro -99,8%

Os dados sinalizam um fortalecimento do posicionamento do Brasil no comércio internacional, mesmo diante das oscilações pontuais observadas em setores específicos.

🍷 Importações em alta e paladar diversificado impulsionam setor de vinhos no Brasil

O mercado de vinhos no Brasil parece imune às crises. Em meio a um cenário mundial marcado por guerras, problemas logísticos e aumento do custo de produção, muitos países registraram queda no consumo de vinho, mas, no Brasil, isso não aconteceu.

Por aqui, o mercado se mantém estável e em crescimento. Em 2024, houve um aumento de 8% no consumo, segundo dados da Organização Internacional da Vinha e do Vinho.

E nos próximos dois anos, a previsão é de um aumento de 16%.

E a preferência brasileira está nos importados — 85% do consumo é de vinhos importados e apenas 15% são nacionais.

O aumento no consumo, aliado à preferência brasileira por rótulos importados, alavancou a importação de vinhos, que, em 2024, foi liderada por rótulos portugueses, chilenos, argentinos e franceses.

Porém, países como Espanha, Itália e Uruguai também vêm mostrando um crescimento consistente no mercado. Seguidos por novos países como Hungria, Moldávia e Romênia que têm conquistado espaço no cenário.

Essa ampliação de rótulos indica não apenas uma diversificação do paladar do consumidor brasileiro, mas também uma busca por rótulos mais exclusivos e regionais.

Esse comportamento de consumo diversificado do brasileiro, aliado a um consumidor mais exigente e informado, abre um leque de oportunidades para produtores de diversas regiões do mundo.

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Vinicultores brasileiros buscam ampliar exportação em 2025

A produção de vinhos no Brasil deve alcançar um recorde em 2025, com estimativa de mais de 765 milhões de quilos de uva colhidos, segundo a União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA) — um volume que representa um crescimento de mais de 40% em relação a 2024.

Vale ressaltar que o bom desempenho do setor em 2025 ocorre mesmo após as enchentes no Rio Grande do Sul no ano passado, que foram responsáveis pelas perdas de diversas plantações. O estado representa cerca de 90% da colheita nacional de uvas.

Na expectativa por uma produção recorde, as vinícolas brasileiras já se movimentam na busca por exportadores. O aumento da produção, associado à maturação ideal das uvas e à expectativa de uma safra inédita, fortalece as projeções de expansão dos rótulos nacionais no mercado internacional.

⚖️ Estados dos EUA abrem processo judicial por guerra comercial enquanto Trump pressiona China sobre tarifas

O presidente dos Estados Unidos reafirmou sua intenção de reduzir as tarifas impostas à China, atualmente em 145%, embora tenha condicionado a flexibilização às negociações com Pequim.

Durante pronunciamento na Casa Branca, o chefe do Executivo americano também indicou a possibilidade de anunciar novas taxas para parceiros comerciais nas próximas semanas.

Ao ser questionado sobre as tratativas com Pequim, Trump afirmou que seu governo está em diálogo ativo com a China e que as negociações estão em andamento.

O mercado financeiro reagiu positivamente às declarações, com Wall Street registrando alta pelo segundo dia consecutivo. O índice S&P 500 fechou com elevação de 1,67%, enquanto o Nasdaq Composite avançou 2,50%.

Segundo reportagem do Wall Street Journal, a administração americana considera reduzir as tarifas sobre produtos chineses em 50-60%, esperando reciprocidade de Pequim, que atualmente mantém taxas de 125% sobre produtos americanos.

Paralelamente, doze estados americanos, incluindo Arizona, Colorado, Connecticut, Illinois e Nova York, entraram com processo judicial questionando a autoridade presidencial para impor tarifas sem aprovação do Congresso americano. De acordo com o procurador-geral do Arizona, Kris Mayes, o esquema tarifário do presidente Trump seria ilegal, além de imprudente.

O impacto dessa guerra comercial preocupa economistas globais, levando o Fundo Monetário Internacional a reduzir sua previsão de crescimento para 2025 de 3,3% para 2,8%.

China nega negociações em curso com os EUA e pede suspensão de tarifas

Nesta quinta-feira (24), Pequim negou que existam negociações comerciais em andamento com os Estados Unidos, após o presidente americano sugerir que há um diálogo aberto entre os países.

Segundo He Yadong, porta-voz do Ministério do Comércio da China, a solução para os EUA resolverem a disputa comercial seria a suspensão, por parte dos Estados Unidos, de todas as tarifas unilaterais impostas ao país.

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