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Seu colega de galpão agora tem rodas
Enquanto robôs ganham espaço na logística, decisão do Irã derruba o petróleo, mas frete segue alto no Brasil e falta de motoristas preocupa o setor rodoviário
🤖 Robôs agora podem descarregar caminhões

A tecnologia chegou no setor da logística com uma inovação que promete ser um divisor de águas no setor: os robôs que podem descarregar caminhões de forma autônoma.
O robôs, agora equipados com a capacidade de descarregar caminhões, prometem ser uma solução efetiva na diminuição da pressão sobre a força de trabalho humana e na agilidade das operações.
Utilizando um sistema avançado de IA, com sensores para identificar e manusear diferentes tipos de cargas de forma eficiente, eles são capazes de adaptar suas operações a diferentes situações, trabalhando de maneira contínua, sem pausas.
Dentre os benefícios listados sobre a automação do setor, estão:
Aumento da eficiência: Com a automação, as operações de descarregamento acontecem mais rapidamente, permitindo que os caminhões voltem à estrada em menos tempo.
Redução de erros: Processos automatizados tendem a ser mais precisos, minimizando danos a cargas e melhorando a qualidade do serviço.
Segurança no trabalho: A automação diminui o risco de lesões ocupacionais, que são comuns em atividades manuais repetitivas e pesadas.
Custos operacionais menores: Com menos necessidade de mão de obra humana, as empresas podem direcionar recursos para outras áreas estratégicas.
A iniciativa já está em funcionamento em algumas empresas, como a Ambi Robotics, onde seus engenheiros projetaram um videogame para treinar um sistema de empilhamento robótico, AmbiStack.
Outra empresa, a Boston Dynamics, projetou um robô chamado Stretch, nomeado por seu braço flexível que pode chegar aos cantos superiores de um trailer. Com uma garra a vácuo coberta de ventosas, ele pode levantar caixas pesando até 50 libras.
A DHL agora tem um total de sete robôs Stretch em instalações de cadeia de suprimentos em três estados e treinou quase 100 associados para operá-los.
Em Columbus, Ohio, um robô Stretch que a equipe da DHL nomeou “Johnny 5” descarrega cerca de 580 caixas por hora, quase o dobro da taxa de um descarregador humano.
Em maio, a DHL assinou um acordo com a Boston Dynamics para mais de 1.000 robôs.
Apesar dos avanços impressionantes, a adoção desses robôs também levanta uma questão delicada: até que ponto essa automação substitui empregos humanos? Para alguns, trata-se de uma evolução inevitável, que libera trabalhadores de tarefas repetitivas e perigosas. Para outros, é um sinal de alerta sobre o futuro do trabalho em setores operacionais.
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📉 Petróleo despenca após ataque controlado do Irã
O mercado financeiro internacional abriu a segunda-feira (23), na expectativa de um aumento nos preços do petróleo, e uma queda nas ações após a aprovação do parlamento iraniano sobre o fechamento do Estreito de Ormuz.
Contudo, a escolha do Irã de não interromper o fluxo no estreito e retaliar atacando — após aviso — a maior base americana no Catar, aliviou as tensões do mercado e derrubou a cotação do dólar.
Os preços do petróleo caíram mais de 7% na segunda-feira, uma queda de US$ 5 o barril. Os contratos futuros do petróleo Brent fecharam em queda de US$ 5,53 a US$ 71,48 o barril. Essa foi a queda mais acentuada desde agosto de 2022.
Já o dólar apesar de oscilar durante o dia, fechou em R$ 5,503, o menor valor desde 2024.
Para analistas do Deutsche Bank e do ANZ Research, a redução está associada a um nível mais elevado de preparo das empresas frente a eventos de alto risco, em contraste com o que se observava em períodos anteriores.
Outros analistas destacam que o fato de o Irã ter sinalizado previamente o ataque ao governo do Catar, evitando atingir alvos civis, foi interpretado pelo mercado como uma ação calculada. Esse movimento reduziu a percepção de risco sobre a oferta de energia, ao indicar uma menor disposição por parte de Teerã em usar o petróleo como instrumento de pressão.
Contudo, todos apontam que os preços devem permanecer elevados, em geral, por conta da volatilidade da situação.
Acordo de cessar-fogo é violado poucas horas após o anúncio
Poucas horas após o anúncio de cessar-fogo na noite da segunda-feira (23), o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou ter ordenado aos militares que realizassem novos ataques contra Teerã.
Israel alega que a medida foi uma resposta aos misseis iranianos disparados após o acordo.
O Irã negou ter lançado qualquer míssil e afirmou que os ataques israelenses continuaram por uma hora e meia além do horário previsto para o início do acordo.
No início desta terça-feira, o presidente Donald Trump afirmou que Israel não atacará mais o Irã e que mesmo após ambos violarem, o acordo continua em vigor.
😓 Brasil sente o peso de custo na logística com alta do frete e desvio de rotas
Mesmo com a queda acentuada no preço do petróleo no mercado internacional nesta segunda-feira (23), as empresas logísticas estão sentindo o impacto do conflito nos custos de fretes, seguros e armazenagem desde que Israel iniciou os ataques, há 11 dias.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Logística (Abralog), o frete marítimo pode ter alta de até 30%, e o frete aéreo pode subir entre 15% e 25% nas próximas semanas.
Para a Abralog os setores mais afetados serão:
Varejo: + 5% a +8%;
Indústria Automotiva/peças: +8% a +12%;
Agronegócio: +6% a +10%.
Desde o início do conflito, o preço do frete marítimo para grãos subiu US$ 7 por tonelada.
Com cerca de 40 milhões de toneladas de soja e outras 40 milhões de milho ainda por embarcar, a alta deve acrescentar aproximadamente US$ 500 milhões aos custos logísticos nas próximas semanas
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😮 Escassez de jovens no transporte de carga rodoviária preocupa setor de logística
A escassez de jovens motoristas no transporte rodoviário brasileiro, incentivou a criação do movimento “Dia do Caminhoneiro” uma iniciativa que terá início no dia 30 de junho, com o objetivo de resgatar o orgulho da profissão e atrair novas gerações para o setor de transporte rodoviário.
A falta de motoristas é uma realidade não apenas do Brasil, mas ao redor do mundo, inclusive na Europa e nos Estados Unidos.
Dados da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) mostram que a idade média dos motoristas autônomos no Brasil é de 46 anos. Ao mesmo tempo, a frota brasileira também envelhece: a maior parte dos caminhões em circulação tem, em média, 11 anos.
O cenário atual torna urgente não apenas a renovação dos veículos, mas também a formação de novos motoristas.
Uma Pesquisa promovida pela União Internacional dos Transportes Rodoviários (IRU) identificou que a falta de caminhoneiros já atingiu três milhões em todo o mundo. Isso significa que há mais vagas do que motoristas para ocupá-las — a pesquisa foi realizada com 4,7 mil empresas em 36 países diferentes.
E a realidade, tende a piorar, dados da Fetrabens — uma das nove federações que fazem parte da CNTA — indicam que mais de 37% dos motoristas autônomos se aposentarão até 2026.
A CNTA relata que tem alertado os poderes Executivo e Legislativo sobre o cenário desestimulante. A longo prazo, a não renovação da mão de obra trará falta de profissionais e problemas na logística do transporte rodoviário de cargas.
Para incentivar o setor, a confederação tem repassado as queixas dos caminhoneiros sobre o descumprimento de leis, como o Piso Mínimo de Frete, para o Congresso Nacional e o Poder Executivo, em especial à ANTT.
Além disso, a entidade tem discutido a constitucionalidade da lei junto ao STF, por entender que o descumprimento dos direitos adquiridos representa o principal desestímulo à permanência do profissional no setor.
Acredita ainda ser fundamental que a fiscalização seja efetiva, para que o caminhoneiro se sinta verdadeiramente amparado.
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