- Follow-Up do Comex
- Posts
- Shutdown acende alerta no comex
Shutdown acende alerta no comex
Brasil formaliza ZPE em Suape, companhias aéreas registram alta e cabotagem mostra crescimento mundial
🤯 Governo dos EUA entram em shutdown

Nesta quarta-feira (1), expirou o prazo para que o Congresso dos EUA evitasse a paralisação do governo, conhecida como shutdown. A consequência já era esperada devido à falta de consenso entre os Partidos Republicano e Democrata nas propostas apresentadas.
O shutdown representa uma paralisação parcial das atividades governamentais por falta de recursos, afetando desde o funcionamento de agências federais até o pagamento de funcionários considerados ‘não essenciais’
A situação se deve à Lei Antideficiência, de 1884, que proíbe as agências federais de gastar acima do autorizado sem a aprovação do Congresso.
Sem o consenso, republicanos e democratas precisam agora negociar um novo texto para evitar o prolongamento da paralisação.
Um prolongamento tem potencial para afetar o comércio internacional. Ele pode impactar agências do Departamento de Comércio dos EUA, como o Escritório de Indústria e Segurança (BIS) e a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP).
Com base na realidade de paralisações anteriores, é provável que o BIS suspenda a análise e o processamento de pedidos de licença de exportação, pareceres consultivos, solicitações de classificação de commodities (CCATS) e outros serviços não relacionados à fiscalização.
O impacto é direto sobre muitos exportadores, especialmente os que dependem da aprovação de licenças de exportação do BIS.
As importações que exigem maior investigação, como produtos farmacêuticos, perecíveis e outros itens regulamentados, também podem enfrentar tempos de espera mais longos.
Mesmo com a confirmação do CBP de que as inspeções de carga, o processamento de passageiros e as operações de entrada nos portos continuarão, nem todos os serviços prosseguirão sem interrupção. Revisões de documentação, avaliações de impostos e verificações de conformidade tornam-se mais lentas, pois funcionários não essenciais entram em licença.
Com isso, portos, transportadoras ferroviárias e empresas de logística estão se preparando para efeitos colaterais, com alguns gargalos previstos devido à falta de pessoal e atrasos na documentação.
🤝 Governos formalizam protocolo para implantação de uma ZPE em Suape
Nesta segunda-feira (29), o Governo de Pernambuco e o Governo Federal formalizaram um protocolo de intenções para a instalação de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) no Complexo Industrial Portuário de Suape.
O projeto, liderado pela estatal portuária, simboliza a entrada oficial do Estado no processo de implantação da ZPE. Trata-se de uma área de livre comércio com o exterior, destinada à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados em outros países.
As empresas que se instalarem na ZPE terão acesso a benefícios tributários, cambiais e administrativos diferenciados.
A iniciativa busca alavancar negócios, impulsionar a industrialização sustentável e promover a inserção de Pernambuco nas cadeias mundiais de exportação.
O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), desenvolvido em parceria com a FGV Transportes, já foi concluído e reforçou a viabilidade do empreendimento. O projeto prevê investimentos de aproximadamente R$ 271,5 milhões em infraestrutura, acessos e área alfandegada.
🎙️Conferiu o último episódio do Invoice Cast?

• Quais hábitos são indispensáveis para manter a empresa fluindo bem?
• Como equilibrar coragem e prudência nas decisões da empresa
• O que é mais preciso, prever ou reagir?
E no último episódio gravado no Meeting Comex 2025, reunimos diretores e fundadores de antigas empresas da logística e comércio exterior para entender quais os segredos para o longínquo sucesso.
✈️ Companhias aéreas latino-americanas registram aumento na demanda por carga aérea
As companhias aéreas latino-americanas relataram um aumento de 2,1% na demanda por carga aérea em agosto e de 5% na capacidade, em relação ao mesmo período de 2024. Os dados são da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
A demanda total, medida em toneladas-quilômetro de carga, cresceu 4,1% em relação a agosto de 2024 e 5,1% especificamente nas operações internacionais.
Até o momento, o setor acumula seis meses consecutivos de alta na demanda.
Segundo Willie Walsh, diretor-geral da IATA, o transporte aéreo de carga tem se beneficiado da migração de alguns produtos de alto valor do frete marítimo, à medida que transportadores buscam minimizar o risco de mudanças tarifárias.
Os padrões de crescimento indicam que alguns produtos estão sendo desviados da América do Norte, o que impulsiona ainda mais o crescimento das rotas comerciais Europa-Ásia, Ásia Central, África-Ásia e Oriente Médio-Ásia, acrescentou Walsh.
Alguns fatores do ambiente operacional também podem ter impulsionado o aumento. O comércio internacional de mercadorias cresceu 5,4% em relação ao ano anterior e os preços do combustível de aviação caíram 6,4%.
Em agosto, a manufatura mundial também mostrou maior otimismo, com o PMI de manufatura subindo para 51,75 — a maior leitura desde junho de 2024.
No entanto, a confiança em novos pedidos de exportação permanece abaixo de 50, em 48,73, refletindo a cautela persistente em meio às incertezas tarifárias.
Por região, o crescimento se distribuiu da seguinte forma:
Ásia-Pacífico: aumento de 9,8% na demanda por carga aérea e 6,9% na capacidade;
América do Norte: queda de 2,1% na demanda e de 1,0% na capacidade;
Europa: alta de 3,2% na demanda e de 4,2% na capacidade;
Oriente Médio: aumento de 2,7% na demanda e de 4,3% na capacidade;
África: crescimento de 11% na demanda e de 12,3% na capacidade.
🚢 Cabotagem cobre 85% do litoral mundial
A cabotagem se espalhou por 105 países, estendendo-se ao longo de aproximadamente 85% das costas do planeta, de acordo com a publicação Leis da Cabotagem no Mundo, de Deirdre Fitzpatrick e Hilton Staniland.
Segundo Staniland, não há como apontar uma única razão para a disseminação da cabotagem.
Já para Stephen Cotton, secretário-geral da Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes, as razões estão ligadas a uma série de benefícios: o aumento da resiliência das cadeias de abastecimento internacional, a segurança das costas, o estabelecimento de frotas estratégicas e o recrutamento, formação e requalificação de marítimos nacionais.
Para Cotton, em tempos de crise, se não houver cabotagem, não há resiliência. Em tempos de guerra, se não houver cabotagem, não há navios mercantes para apoiar os meios navais. Com isso, os países devem questionar se podem correr o risco de não ter rotas de cabotagem eficientes em seus territórios.
📦Consolidado de Notícias do Dia
📧Quer receber os próximos envios no seu e-mail?
📢Quer anunciar sua empresa, serviços, eventos ou produtos? Fale conosco.
O que achou da edição de hoje?Conte-nos se conseguimos agregar informação e conhecimento no seu dia. |
Faça Login ou Inscrever-se para participar de pesquisas. |
Você recebeu esse e-mail porque assina o Follow-Up do Comex
Follow-Up do Comex faz parte do Grupo Invoice®