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Tarifas de volta — Corte restabelece temporariamente tarifas de Trump

A volta das tarifas nos EUA e o avanço das taxas de frete marítimo intensificam a pressão sobre o comércio, enquanto o acordo entre União Europeia e Mercosul tenta minimizar riscos e reequilibrar relações econômicas internacionais.

Sexta-feira chegou: sobrevivemos a mais uma semana de greve dos auditores-fiscais e ao frio em metade do Brasil 🥶 Entre desembaraços zeros e café quentinho, passamos mais uma fase no game do comex! Agora é hora de trocar relatório por cobertor, monitor por maratona de filmes e o café pela tacinha de vinho.
Que o fim de semana seja tão aconchegante quanto aquele nosso moletom velho favorito🙃

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👀 Corte de Apelações restabelece temporariamente tarifas de Trump

A Corte de Apelações para o Circuito Federal dos Estados Unidos deferiu, nesta quinta-feira (29), a decisão judicial anunciada ontem, que havia suspendido a imposição de tarifas sobre os parceiros comerciais, ordenadas pelo presidente Donald Trump.

Além da suspensão, a Corte também determinou a consolidação dos dois processos em andamento: um movido por empresas importadoras e outro por diversos estados norte-americanos. A decisão de unir os casos significa que “apenas um conjunto de memoriais deverá ser apresentado para as apelações”, segundo a ordem judicial.

Agora, os autores das ações que contestam a legalidade das tarifas impostas durante a presidência de Trump terão até o dia 5 de junho para apresentar resposta aos pedidos do governo. Já a réplica do Executivo poderá ser entregue até o dia 9.

A decisão é valida “até nova ordem” e não reverte o mérito da sentença anterior, mas congela seus efeitos enquanto a Corte analisa os argumentos das partes.

Também na quinta-feira (29), o juiz distrital Rudolph Contreras, de Washington D.C., emitiu uma liminar impedindo o governo Trump de cobrar tarifas de duas empresas de brinquedos educativos, a Learning Resources Inc. e a hand2mind Inc., que fabricam a maioria dos produtos na Ásia.

Contreras considerou as tarifas ilegais e suspendeu sua ordem por 14 dias, mas o governo americano já informou que irá recorrer à decisão.

🤝 UE busca concluir acordo com Mercosul para evitar guerra comercial

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou nesta quinta-feira (29), durante o Fórum de Investimentos Brasil-UE, que a conclusão do acordo entre Mercosul e UE é fundamental para evitar uma guerra comercial mundial.

“O melhor contributo que a Europa e o Brasil podem dar para evitar uma guerra comercial com impacto na economia global é não só concluir o acordo com o Mercosul, como estreitar as relações econômicas entre a União Europeia e o Brasil, ao mesmo tempo que cada um negocia bilateralmente as tarifas comerciais com os Estados Unidos”.

António Costa, presidente do Conselho Europeu.

Segundo o presidente do conselho, o mercado europeu é o principal destino dos investimentos brasileiros no exterior, e empresas europeias são as principais investidoras externas no país.

  • O tratado entre o Mercosul e a UE cria uma zona de livre comércio que representaria mais de 20% do PIB mundial e englobaria 720 milhões de consumidores.

O documento foi concluído em dezembro de 2024 e está na fase final de tradução técnica, com as próximas etapas previstas para aprovação e assinatura.

🚢 Amônia será aposta mais viável para o transporte marítimo a partir de 2030

Um estudo do Grupo de Pesquisa de Navegação e Oceanos do Instituto de Energia da UCL e da UMAS, encomendado pelo Fórum Marítimo Global, indica que a nova Estrutura Zero da IMO favorece os navios de combustível duplo de amônia, especialmente a partir de meados da década de 2030.

Utilizando um modelo de custo total de operação (TCO), o relatório mostra que os navios de combustível duplo de amônia se destacam por sua flexibilidade, competitividade e conformidade.

Com políticas favoráveis, a e-amônia pode se tornar economicamente viável já em 2028.

Em contraste, a pesquisa aponta que o GNL é uma opção válida apenas no curto prazo, mas sua intensidade de carbono e incertezas tecnológicas comprometem a sustentabilidade a longo prazo, exigindo o uso de alternativas como bio-LNG ou e-LNG.

O estudo também destaca a importância do papel das ferramentas regulatórias da Net Zero Framework (NZF), como o preço da unidade corretiva (RU), a negociação de unidades excedentes (SU) e o mecanismo de recompensa para combustíveis zero e quase zero (ZNZ), que ainda não foram definidas.

Para portos e fornecedores de combustível marítimo, o relatório recomenda priorizar a infraestrutura para amônia, antecipando o aumento da demanda, que deve crescer acentuadamente após 2030.

Já para produtores de combustíveis, a previsão é mais incerta, com melhores perspectivas para os biogênicos, desde que mantenham preços competitivos.

🌊 Onda de aumentos nas taxas de frete marítimo continuam

As taxas de frete spot no comércio transpacífico registraram um novo aumento de dois dígitos, impulsionado pela crescente incerteza comercial nos EUA.

  • A etapa Xangai–Los Angeles do World Container Index (WCI), da Drewry, subiu 17%, para US$ 3.788 por contêiner de 40 pés, enquanto a rota Xangai–Nova York teve alta de 14%, chegando a US$ 5.172.

  • O Shanghai Containerized Freight Index (SCFI) apontou alta de 58% na rota Xangai–Costa Oeste dos EUA (US$ 5.172) e de 46% na Costa Leste (US$ 6.243), ambos acima dos valores registrados pelo WCI.

O aumento pode continuar, dado os General Rate Increases (GRIs) de US$ 1.000 a US$ 3.000 programados para 1º de junho.

  • Na Ásia-Europa, o WCI registrou alta de 6% na rota Xangai-Roterdã (US$ 2.159), e 3% para Xangai-Gênova (US$ 2.939).

  • Já o SCFI indicou um possível avanço, com aumentos de 20% na rota Xangai–Norte da Europa (US$ 3.174) e de 31% na rota Xangai–Mediterrâneo (US$ 6.122), refletindo os novos níveis de taxas FAK anunciadas pelas operadoras, cerca de US$ 3.100 e US$ 4.400, respectivamente.

Apesar disso, especialistas do setor veem o aumento como temporário. A demanda segue estável, porém há sinais de pico de temporada e, com o aumento das travessias em branco, os navios estão cheios.

A Zim anunciou uma sobretaxa de US$ 1.400 por 40 pés na Ásia-Europa a partir de 6 de junho, enquanto a CMA CGM aplicará uma de US$ 1.000 na Ásia–Mediterrâneo em 7 de junho.

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