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Tarifas dos EUA pressionam varejistas e podem elevar preços fora do país

Empresas avaliam repassar tarifas dos EUA a consumidores fora do país, enquanto o Brasil lida com suspensões em exportações avícolas devido à gripe aviária. No Oriente Médio, os houthis impuseram um bloqueio ao Porto de Haifa, aumentando tensões. Paralelamente, a Índia expande sua presença marítima com novos projetos portuários e incentivos à indústria naval

🧐 Estratégia tarifária de grandes varejistas pode impactar consumidores fora dos EUA

Grandes varejistas mundiais — incluindo as famosas Birkenstock e a joalheira Pandora — estão buscando aumentar os preços em todos os seus mercados, como forma de evitar elevações expressivas nos EUA.

Ao distribuir o custo da tarifa para mercados em outros países, esses varejistas conseguem minimizar os custos tarifários em solo americano.

O diretor financeiro da Birkenstock afirmou que um reajuste de “um dígito baixo” nos preços, em escala internacional, seria suficiente para neutralizar o impacto das tarifas americanas. Já o CEO da Pandora declarou que a empresa ainda avalia se essa medida será adotada globalmente ou limitada aos Estados Unidos — seu principal mercado.

Mais do que mitigar os impactos financeiros, a medida pode servir para evitar repercussões negativas na imprensa — frequentemente alimentadas pelo ex-presidente Donald Trump.

Foi o que ocorreu com o Walmart: ao anunciar um reajuste de preços como resposta às tarifas, a varejista foi publicamente criticada por Trump em suas redes sociais.

Você não quer ser acusado pela Casa Branca de aumentar os preços apenas por causa das tarifas dos EUA, então se você puder demonstrar que seus preços estão subindo em todos os lugares… é uma espécie de escudo

Jean-Pierre Dubé, professor de marketing na Booth School of Business da Universidade de Chicago.

Outras companhias, como a Adidas, descartam a necessidade de repassar o custo das tarifas a outros mercados. Segundo o CEO Bjorn Gulden, a discussão sobre aumentos de preços está restrita aos Estados Unidos.

O tema está colocando os bancos centrais em alerta, pois a estratégia pode alimentar a inflação em outros países.

Caso muitas multinacionais optem por distribuir os impactos das tarifas, o repasse poderá impulsionar a inflação até mesmo em países que mantêm acordos comerciais com os Estados Unidos — justamente aqueles que buscavam reduzir os efeitos econômicos dessas medidas.

Especialistas também alertam que algumas empresas podem se aproveitar das tarifas para reajustar os preços além do necessário, ampliando suas margens de lucro — como ocorreu durante a pandemia.

🐣 Atualizações sobre a gripe aviária

As exportações de produtos avícolas de todo o território brasileiro, agora estão suspensas para 17 destinos.

China, União Europeia, Rússia, Peru, Canadá, África do Sul, Chile, Argentina, Uruguai, México, Coreia do Sul, República Dominicana, Bolívia, Marrocos, Paquistão, Malásia e Sri Lanka compõe a lista de proibições até agora.

Há ainda mercados para os quais estão restritas as exportações de produtos avícolas apenas do Rio Grande do Sul, como o Reino Unido, Cuba e Bahrein.

O Japão suspendeu a compra apenas de Montenegro (RS)onde o foco da doença foi detectado — e Cingapura, Filipinas, Timor Leste, Mianmar, Paraguai e Vanuatu comunicaram a suspensão em um raio de 10km do foco da gripe aviária.

O governo brasileiro segue em negociação com os países importadores para tentar flexibilizar essas medidas.

Até o momento o quadro de investigações está assim:

INVESTIGAÇÕES EM ANDAMENTO

Ipumirim (SC) - granja comercial

Aguiarnópolis (TO) - granja comercial

Estância Velha (RS) - subsistência

Salitre (CE) - subsistência

CONCLUÍDAS

Nova Brasilândia (MT) - subsistência - resultado negativo

Grancho Cardoso (SE) - subsistência - resultado negativo

Triunfo (RS) - subsistência - resultado negativo

No total, há 168 casos da doença no País, sendo 160 em aves silvestres, 4 em leões marinhos, 3 focos em produção de subsistência, e 1 em produção comercial.

Paraná destrói mais de 10 milhões de ovos

Conforme o protocolo sanitário da doença, o governo do Paraná concluiu a destruição de mais de 10 milhões de ovos férteis após a identificação de um lote com 12 mil ovos oriundos de uma granja de Montenegro (RS).

Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), apesar de parecer extrema, a medida foi adotada para impedir qualquer possibilidade de propagação do vírus.

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⚠️ Houthis anunciam bloqueio marítimo ao Porto de Haifa

Os houthis do Iêmen anunciaram um bloqueio marítimo ao Porto de Haifa, em Israel, em resposta ao atual conflito entre Israel e Gaza.

De acordo com o porta-voz da milícia, Yahya Saree, todas as embarcações presentes ou com destino a esse porto serão incluídas na lista de alvos.

O grupo continua lançando mísseis contra Israel, inclusive contra o aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv. No entanto, o grupo armado concordou em parar os ataques contra navios dos EUA.

🇮🇳 Índia amplia presença marítima global com investimentos em portos na Ásia e África

A Índia está aumentando sua presença marítima internacional através de investimentos em portos e terminais na Ásia e na África. Lideradas pelas Indian Ports Global Ltd (IPGL) e apoiadas pelo Ministério de Portos, Navegação e Vias Navegáveis.

O porto de Chabahar é o seu principal projeto portuário internacional no momento, localizado no Irã e gerenciado pelo IPGL. Este porto é importante para o comércio indiano com o Afeganistão e a Ásia Central.

Até janeiro de 2025, o porto de Chabahar movimentou 64.245 TEUs e a previsão é que atinja 100.000 TEUs até 2026. Contudo, a Índia planeja quintuplicar a capacidade para 500.000 TEUs, além de instalar novos guindastes e adicionar um segundo berço.

Na África, a Índia identificou a Tanzânia como seu novo ponto estratégico para expansão e assinou diversos memorandos de entendimento para desenvolver parques industriais, zonas econômicas especiais (SEZs) e infraestrutura portuária.

Além da África e Ásia Ocidental, o governo indiano está aprimorando a conectividade marítima com sua vizinhança. O Porto de Sittwe, em Mianmar, desenvolvido sob o Projeto de Trânsito Multimodal Kaladan, liga a Índia a Bangladesh, Sudeste Asiático e Tailândia.

Essas iniciativas fazem parte da estratégia indiana para consolidar a posição do país como um importante player logístico, promovendo seu crescimento econômico e fortalecendo sua presença marítima mundial.

Investimentos massivos no setor naval

O governo do primeiro-ministro Narendra Modi anunciou, neste ano, um fundo de 250 bilhões de rúpias para apoiar o setor marítimo do país. Entre os objetivos, estão a redução da dependência de embarcações construídas no exterior e o fortalecimento da indústria naval indiana.

O país também planeja adicionar capacidade de transporte de carvão, fertilizantes e aço a sua frota. A ideia é substituir a maior parte dela por navios construídos na índia.

O governo indiano pretende estimular sua indústria naval oferecendo incentivos a empresas de construção de embarcações. A iniciativa inclui convites a estaleiros do Japão e da Coreia do Sul para produzir navios no país, com a promessa de benefícios fiscais e apoio institucional.

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