Tensão nuclear à vista: conflito Índia-Paquistão aumenta

Enquanto a Índia ataca o Paquistão com mísseis e os EUA anunciam um cessar-fogo com os Houthis no Mar Vermelho, o Brasil registra recordes de exportação para China e Rússia. Já o Canadá decide diversificar seus mercados para reduzir a dependência dos EUA.

💣 Índia lança ataque contra o Paquistão e acirra tensão nuclear

Nesta quarta-feira (7), o governo indiano iniciou a Operação Sindoor, com o objetivo de eliminar infraestruturas ligadas ao terrorismo no Paquistão e na parte da Caxemira administrada pelo Paquistão.

Durante a operação, mísseis foram lançados contra nove lugares diferentes. Segundo o governo indiano, nenhuma instalação militar paquistanesa foi atingida.

Já o Paquistão relatou que seis locais foram atingidos, e que seu governo abateu cinco caças indianos.

Após a operação, houve bombardeio entre os dois países e até o momento foram confirmadas 36 mortes e 78 feridos — 10 mortes e 32 feridos no lado indiano e 26 mortes e 46 feridos no Paquistão.

O conflito

A Índia afirma que suas ações recentes são retaliatórias ao ataque de 22 de abril na Caxemira, que matou 26 pessoas. Sobreviventes relataram que homens hindus foram alvos específicos.

Segundo a polícia indiana, dois dos quatro suspeitos foram confirmados como cidadãos paquistaneses, acusação negada por Islamabad.

Em meio às tensões, Índia e Paquistão adotaram medidas de retaliação mútua, como o fechamento de fronteiras, a suspensão de um tratado de águas e trocas de tiros entre tropas.

O governo indiano também ameaçou desviar o fluxo das aguas do Rio Indo, ação que seria considerada como “ato de guerra”, segundo autoridades paquistanesas.

A situação é considerada dramática por especialistas, que já esperavam uma retaliação indiana, mas não com essa intensidade e com uso de mísseis dentro do Paquistão. A preocupação é alta pois os dois países são considerados potências nucleares.

Em 1999 o conflito de Kargil foi o primeiro confronto entre os rivais com armas nucleares, gerando alarme mundial.

Reação internacional

Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, afirmou que o mundo não pode permitir um confronto militar entre os dois países. O secretário britânico de Comércio, Jonathan Reynolds, chegou a oferecer mediação de seu país para tentar minimizar os conflitos.

EUA e China também expressaram preocupação e pediram moderação às partes. Assim como a Rússia, que mesmo ativa em seu conflito com a Ucrânia, pediu calma aos países para evitar um agravamento maior da situação.

🤑 Exportações brasileiras para Rússia e China batem US$ 20 bilhões no 1º tri

Dados divulgados pelo Comex Stat/MDIC revelaram forte desempenho nas exportações brasileiras de janeiro a março de 2025, com destaque para Rússia e China que alcançaram a marca expressiva de US$ 20 bilhões no período.

As exportações brasileiras para os dois países atingiram:

CHINA - US$ 19,8 bilhões

US$ 6,6 bilhões - Sementes e grãos;

US$ 4,2 bilhões - Minérios;

US$ 3,9 bilhões - Combustíveis;

US$ 1,8 bilhões - Carne.

RÚSSIA - US$ 338 milhões

US$ 135 milhões - Café;

US$ 94 milhões - Carne;

US$ 35 milhões - Semente e grãos;

US$ 25 milhões - Tabaco.

O governo brasileiro tem demonstrado interesse em expandir e diversificar as exportações para ambos os países com foco no setor de carnes — que possuem populações expressivas, e representam um grande potencial no crescimento das exportações brasileiras.

Vale lembrar que o Brasil mantém esforço diplomático para manter as negociações abertas com a Rússia, sob criticas de alguns setores devido ao conflito com a Ucrânia. O esforço tem se mostrado relevante principalmente no mercado de fertilizantes, um insumo indispensável para o agronegócio brasileiro.

Você acredita que o Brasil deve manter suas relações comerciais com a Rússia, apesar do conflito com a Ucrânia?

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🤔 Trump afirma que Houthis acabarão com os ataques no Mar Vermelho; grupo rebelde nega

O presidente dos EUA anunciou nesta terça-feira (6) que vai parar de bombardear os Houthis após o grupo rebelde “ter se rendido” e decidido interromper os ataques contra navios americanos no Mar Vermelho.

Trump afirmou que seu governo e os Houthis fizeram um acordo, mas não deu detalhes.

Os Houthis anunciaram que não querem mais lutar e não querem mais ser bombardeados. E vamos honrar isso. Vamos parar os bombardeios, e eles se renderam. (...) Os Houthis disseram 'por favor, não nos bombardeie e não atacaremos seus navios'. Achei que isso [acordo] aconteceria."

Donald Trump, em anúncio realizado na Casa Branca.

No entanto, um oficial do comando do grupo rebelde afirmou que o grupo vai continuar os ataques, de acordo com a rede de TV Ai Masirah, afiliada aos Houthis.

O último comunicado do grupo, publicado pouco antes das 12h no horário de Brasília desta terça-feira (6), repudiou os ataques israelenses dos dois últimos dias contra um porto no Iêmen e o principal aeroporto do país, na capital Sanaã. O grupo havia afirmado que seguiria com suas "ações de pressão" sobre Israel até que ocorresse um cessar-fogo permanente na guerra em Gaza.

🇨🇦 Tarifas de Trump pressionam empresas canadenses a buscar novos mercados fora dos EUA

A guerra tarifária do presidente Donald Trumpe suas repetidas ameaças de anexar o Canadá — está desestabilizando décadas de laços comerciais entre os dois vizinhos norte-americanos. Agora, empresas canadenses estão reavaliando sua dependência do mercado dos EUA.

Tradicionalmente, 75% das exportações canadenses destinam-se aos EUA, mas a instabilidade nas relações comerciais está levando fabricantes a buscar novos mercados na Ásia e Europa. 

De acordo com alguns especialistas, a imposição de tarifas ao Canadá teria causado um aumento nas falências no setor manufatureiro, que exporta 42% de sua produção para os EUA — cerca de 1,7 milhão de seus trabalhadores dependem dessas exportações.

Mesmo com encontro marcado para negociação entre os países, alguns empresários e advogados consultados afirmaram que ainda que um novo acordo comercial seja firmado, a imprevisibilidade das decisões dos EUA diminui a confiança dos investidores.

Empresas como a PNP Pharmaceuticals já estão explorando parcerias asiáticas, enquanto outras, como a LabelPak Printing, consideram focar no mercado interno para mitigar riscos.

Quando questionado, o porta-voz da Casa Branca, Kush Desai, disse: “As empresas canadenses não precisarão se preocupar com tarifas quando o Canadá se tornar nosso querido 51º estado”.

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