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Tensões comerciais e greve fiscal: Brasil negocia com EUA, Carf pode parar, México e Canadá sob pressão
Brasil busca acordo para evitar tarifa de 25% sobre aço e alumínio, enquanto greve dos Auditores Fiscais ameaça sessões do Carf em março. Nos EUA, Trump endurece medidas e ameaça dobrar tarifas.
🤝Brasil busca negociação com EUA para evitar tarifa de 25% sobre aço e alumínio

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou que o Brasil tentará negociar com os Estados Unidos uma solução para a tarifa de 25% sobre aço e alumínio, imposta pelo presidente Donald Trump.
Uma das alternativas defendidas pelo governo brasileiro é a adoção de um sistema de cotas para exportação de aço, semelhante ao modelo estabelecido em 2018, quando o Brasil conseguiu escapar da sobretaxa imposta pelo governo Trump. Atualmente, o país já exporta 3,5 milhões de toneladas anuais de aço semiacabado sob esse regime.
Embora o presidente Lula tenha sinalizado a possibilidade de uma retaliação tarifária, Alckmin evitou falar em medidas de reciprocidade e reforçou a necessidade de cautela. Para ele, barreiras comerciais acabam encarecendo as cadeias produtivas, afetando diversos setores da economia.
O vice-presidente destacou ainda que o Brasil mantém um comércio equilibrado com os EUA, registrando um superávit americano de US$ 7,2 bilhões quando incluídos serviços.
O governo brasileiro pretende tratar o tema em conjunto com o setor privado e a Confederação Nacional da Indústria, buscando uma solução diplomática que evite prejuízos para as exportações nacionais.
🛑Conselheiros do Carf aderem à greve dos Auditores Fiscais e paralisação pode afetar sessões em março
Cento e cinco conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) assinaram a carta de adesão à greve dos auditores fiscais, enviada ao presidente do órgão na última segunda-feira (10/2). O documento destaca a insatisfação com a carga horária destinada à relatoria de processos e o volume de trabalho superior às horas previstas.
O movimento pressiona o governo por respostas às demandas da categoria.
Em reunião com o sindicato, o secretário especial da Receita, Robinson Barreirinhas, afirmou estar “confiante em uma solução”, mas não estabeleceu prazos. A falta de definições gerou insatisfação entre os conselheiros, que cogitam a paralisação das sessões por falta de quórum a partir de março.
Nos primeiros dois meses do ano, a greve já impactou R$ 156 bilhões em processos não analisados, segundo estimativa dos presidentes de turmas do Carf. Em protesto, cerca de 300 auditores fiscais se reuniram em frente ao Ministério da Fazenda nesta terça-feira, na expectativa de uma proposta.
Após a manifestação, representantes do Sindifisco se reuniram com integrantes do governo, incluindo Barreirinhas e os subsecretários Juliano Brito da Justa Neves e Fábio Fernandes. No entanto, não houve avanços. O impasse segue sob acompanhamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck.
🚨EUA ameaçam dobrar tarifas sobre aço e alumínio do México e Canadá
A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira (12) que as tarifas alfandegárias sobre aço e alumínio do México e do Canadá podem chegar a 50% a partir de 12 de março, caso não haja acordo entre os países. A medida soma duas tarifas de 25%, já aplicadas anteriormente, como parte da estratégia do governo de Donald Trump para pressionar seus vizinhos a reforçarem o controle sobre imigração ilegal e tráfico de fentanil.
Na segunda-feira, Trump já havia imposto uma tarifa de 25% sobre os dois metais para todos os países, eliminando isenções que beneficiavam exportadores como Brasil, Argentina e México. O presidente justificou a decisão alegando riscos à “segurança nacional” e reafirmou a necessidade de proteger a indústria americana.
O México criticou a medida e pediu “bom senso”, destacando que os Estados Unidos vendem mais para o país do que importam. Já o Brasil, mantendo um tom diplomático, considerou as tarifas “contraproducentes”, mas descartou retaliações.
Enquanto o Canadá tenta negociar em Washington, Trump reforça sua posição protecionista. Segundo sua equipe, as tarifas são essenciais para garantir empregos americanos e fortalecer setores estratégicos. O cenário adiciona tensões ao acordo de livre comércio entre os três países (T-MEC), que passará por nova revisão em 2026.
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