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Trump alivia tarifaço
Ordem executiva publicada pela Casa Branca aumenta o número de isenções tarifárias para produtos brasileiros; Maersk reestrutura serviços na região, Gemini 3.0 lidera corrida da IA, e fretes mostram sinais mistos
🥳 Brasil está mais perto de se livrar do tarifaço

Uma ordem executiva assinada por Donald Trump nesta quinta-feira (20) isentou as tarifas de 40% sobre diversos produtos agrícolas e aeronáuticos brasileiros.
A modificação entrou em vigor na data da publicação e valerá para todos os produtos brasileiros incluídos na lista que foram exportados a partir de 13 de novembro.
No comunicado publicado pela Casa Branca, Trump citou as conversas iniciadas com o governo brasileiro em 6 de outubro e afirmou que, com base no progresso inicial dessas negociações e em recomendações adicionais de autoridades norte-americanas, decidiu retirar a cobrança dessas tarifas.
A ordem também prevê que o Secretário de Estado continue monitorando as circunstâncias e consultando autoridades relevantes para avaliar a necessidade de ações futuras.
O documento mantém a estrutura legal original, mas atualiza a lista de produtos isentos das tarifas, representando um alívio parcial nas tensões comerciais entre os dois países.
Entenda o que fica e o que está livre das tarifas:
ISENTOS
| SEGUEM TARIFADOS
|
O setor produtivo brasileiro celebrou a decisão. O diretor-geral do Cecafé chamou o decreto de “presente de Natal antecipado” e disse que agora é o momento do setor reconquistar seu espaço no mercado norte-americano.
A Abiec, a CNI e a Fiemg também emitiram nota celebrando a conquista, exaltando a necessidade e o poder das negociações. A medida tem sido considerada excelente e de grande importância para as relações bilaterais entre Brasil e EUA.
Apesar da comemoração de alguns setores, outros seguem decepcionados. É o caso da Abipesca que, embora se sinta contente pelos demais exportadores, permanece sob pressão.
O setor não foi contemplado pela isenção das tarifas e aponta decepção com o governo por não ter priorizado os pescados nas negociações.
FUPdate
🤖 Gemini 3.0: lançamento de IA do Google lidera performance
Você não precisa pesquisar muito para se deparar com lançamentos relacionados à Inteligência Artificial: todo dia tem algo novo saindo.
Mas, no caso desta semana, há uma diferença: na terça-feira (18), o Google lançou o tão antecipado Gemini 3.0, substituindo as versões 2.5 Flash e 2.5 Pro. O motivo dessa antecipação estava relacionado aos lançamentos recentes dos seus concorrentes (ChatGPT, Claude e Grok), que já vinham superando o então Gemini 2.5.
Basicamente, o novo Gemini ultrapassou seus concorrentes em praticamente todos os benchmarks da Indústria, que são testes realizados para verificar a capacidade desses modelos de inteligência artificial em diferentes aspectos, por exemplo:
Raciocínio e Conhecimento (MMLU): o Massive Multitask Language Understanding avalia a capacidade do modelo de responder a perguntas em 57 disciplinas diferentes, como matemática, física, história e direito, medindo seu conhecimento geral e raciocínio complexo.
Programação (HumanEval): mede a proficiência do modelo em gerar código funcional para desenvolvedores e tarefas de automação.
Raciocínio Matemático (GSM8K): focado em resolver problemas de matemática de nível fundamental/médio, avaliando a lógica e a precisão dos cálculos.
Compreensão Multimodal: testes específicos que avaliam o quão bem o modelo consegue integrar e entender diferentes tipos de dados ao mesmo tempo (texto, imagens, áudio, vídeo).
Fiquei particularmente impressionado com a qualidade visual das interfaces criadas usando o Canvas, ferramenta disponível no Gemini, como no exemplo abaixo:
Outra atualização interessante é que o novo modelo foi adicionado ao “Modo IA” na pesquisa do Google Chrome, oferecendo uma experiência melhor em termos de coesão textual e capacidade de reconhecer informações relacionadas ao tema.
🚢 Maersk ajusta seus serviços nos portos da América Latina
A Maersk anunciou ajustes em seus serviços marítimos e terrestres na América Latina devido à congestão portuária, condições climáticas adversas e desafios operacionais na região.
Entre as principais mudanças, a companhia encerrará sua participação no serviço 'Brazex' após a última viagem em novembro de 2025, mas manterá a cobertura do Caribe, Golfo do México e México através dos serviços 'UCLA' e 'Gulfex'.
O serviço “Tango” terá a escala de Norfolk suspensa, com cargas movimentadas via transbordo em Cartagena, enquanto a escala quinzenal no Rio de Janeiro permanece confirmada até novo aviso.
O serviço “ECSA Shuttle” passará a operar quinzenalmente com paradas em Paranaguá, Santos e Manzanillo (Panamá), melhorando conexões com Caribe, EUA e costa oeste sul-americana.
A empresa também forneceu uma avaliação atualizada do estado operacional dos principais portos da região:
A costa leste da América do Sul enfrenta pressão operacional significativa, com Santos afetado por mau tempo, altas taxas de ocupação e atrasos acumulados, enquanto Paranaguá e Itapoá operam com 80% de capacidade e fechamentos intermitentes devido às condições climáticas adversas.
No transporte terrestre, a empresa apontou que, na região de Manaus, a estação seca já está afetando os níveis dos rios, causando restrições de capacidade e possíveis atrasos nas próximas semanas. Uma situação semelhante é esperada no Paraguai, onde o serviço de balsas poderá sofrer atrasos devido aos baixos níveis de água.
Conquistas no Brasil: novas certificações
A empresa de transporte marítimo destacou dois marcos recentes no Brasil:
A certificação AEO reforça a conformidade e a eficiência operacional.
A certificação SASSMAQ para sua frota no porto de Santos representa um avanço significativo no atendimento aos clientes do setor químico.
📈 Panorama de fretes semanal
O índice Drewry World Container permaneceu estável esta semana em US$ 1.852 por contêiner de 40 pés, já que as quedas nas rotas transpacíficas foram compensadas por aumentos contínuos nas rotas Ásia-Europa.
As tarifas spot nas rotas transpacíficas caíram pela segunda semana consecutiva, com as tarifas de Xangai para Nova York caindo 10% para US$ 2.922 por contêiner e Xangai para Los Angeles recuando 7% para US$ 2.172.
A queda deve continuar, pois os cancelamentos de viagens no comércio transpacífico diminuirão na próxima semana, levando a uma maior capacidade disponível.
Enquanto isso, a rota Ásia-Europa registrou sua sexta semana consecutiva de aumento nas tarifas spot, com Xangai para Gênova subindo 6% para US$ 2.319 e Xangai para Roterdã avançando 8% para US$ 2.193.
Os aumentos de taxa vêm à medida que as transportadoras introduzem taxas FAK mais altas, de US$ 3.100 a US$ 4.000 por contêiner de 40 pés, a partir de 1º de dezembro.
Analistas do setor sugerem que as operadoras estão tentando elevar as taxas à vista antes da nova temporada anual de negociação de contratos. No entanto, a estratégia pode enfrentar desafios nos próximos trimestres.
A Drewry projeta que o equilíbrio oferta-demanda enfraquecerá nos próximos trimestres, especialmente se os trânsitos normais pelo Canal de Suez forem retomados, o que poderia pressionar as tarifas para baixo.
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