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Trump anuncia tarifas recíprocas para países que taxam os EUA
Entenda como a política de tarifas recíprocas dos EUA pode impactar o setor de etanol brasileiro, ainda na edição de hoje: bastidores da estratégia do Brasil no BRICS para evitar conflitos com Trump.
🔄Reciprocidade é a tarifa ‘espelho’ dos EUA

No dia 13 de fevereiro de 2025, Donald Trump anunciou a aplicação de tarifas recíprocas sobre países que impõem tributos sobre produtos norte-americanos.
O atual presidente destacou que os Estados Unidos adotarão a mesma alíquota que outras nações aplicam às mercadorias do país - citando, em especial, o Brasil e a comercialização de etanol. Atualmente, o Brasil taxa o etanol importado dos EUA em 18%, enquanto os americanos, em contraste, cobram 2,5% sobre o biocombustível brasileiro.
Repercussão para o Setor de Etanol
O Brasil ocupa posição de destaque no comércio global de biocombustíveis, e as exportações para o mercado norte-americano vem sofrendo os efeitos das mudanças tarifárias. Em 2023, os EUA adquiriram cerca de 89,3 milhões de galões de etanol produzido pelo Brasil. No entanto, esse volume tem oscilado ao longo dos anos. Em 2018, as vendas brasileiras chegaram a 489,2 milhões de galões, mas despencaram para 29,8 milhões no ano passado.
🛑Brasil prioriza integração de pagamentos no Brics, mas descarta moeda comum
O Brasil não usará sua presidência do Brics em 2025 para propor a criação de uma moeda comum no bloco. Em vez disso, focará na interligação dos sistemas de pagamento entre os países-membros, buscando facilitar o comércio, atrair investimentos e ampliar o uso de moedas locais como alternativa ao dólar.
A estratégia brasileira se baseia na adoção de novas tecnologias para baratear e agilizar transações internacionais, alinhando-se a padrões estabelecidos por instituições multilaterais, como o Banco de Compensações Internacionais (BIS). Embora o presidente Lula já tenha defendido o direito de discutir formas de reduzir a dependência do dólar, fontes confirmam que uma moeda única nunca esteve na pauta técnica do Brics.
A proposta brasileira será apresentada em fevereiro, durante um encontro do bloco na África do Sul, paralelo às reuniões do G20. O objetivo é fortalecer sistemas de pagamentos sem confrontar diretamente os EUA, apostando em eficiência e inovação tecnológica – e não em uma ruptura com o dólar.
O Brasil já possui um Sistema de Pagamentos em Moeda Local (SML) que permite transações diretas em reais com Argentina, Uruguai e Paraguai, mas seu uso ainda é limitado. A expectativa é que a integração de tecnologias como o Pix torne as operações mais rápidas e acessíveis.
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