Trump inclui Brasil em lista de países que 'taxam demais'

🌐Em discurso na Flórida, Trump critica política tributária brasileira e promete novas tarifas

Em evento com congressistas republicanos realizado nesta segunda-feira (27) na Flórida, o presidente dos Estados Unidos incluiu o Brasil em uma lista de países que, segundo ele, "taxam demais" o comércio internacional.

A declaração se alinha com as recentes ações protecionistas.

No início do mês, após sua posse em 20 de janeiro, o presidente anunciou uma tarifa de 25% sobre importações do México e Canadá, prevista para entrar em vigor em 1º de fevereiro, além de um aumento de 10% nas tarifas sobre produtos chineses.

Trump fundamentou suas decisões citando o período entre 1870 e 1913 como exemplo de prosperidade econômica americana baseada em tarifas comerciais.

O governo americano também prevê uma investigação sobre os déficits comerciais com outros países e uma revisão dos acordos comerciais existentes.

🚢Nós exportamos muito para os EUA?

Em 2024, o Brasil alcançou um recorde histórico nas exportações para os Estados Unidos, totalizando US$ 40,3 bilhões.

Esse valor representa um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior e foi impulsionado principalmente por produtos da indústria brasileira, que somaram US$ 31,6 bilhões, correspondendo a 78,3% do total exportado para os EUA.

• Petróleo bruto;

• Aeronaves;

• Café;

• Celulose; e

• Carne bovina.

Além disso, a balança comercial brasileira fechou 2024 com um superávit de US$ 74,5 bilhões, resultado de exportações totais de US$ 337 bilhões e importações de US$ 262,4 bilhões. Este superávit é o segundo maior da história do comércio exterior brasileiro. O comércio bilateral entre Brasil e EUA também se destacou, com a soma das exportações e importações atingindo US$ 80,9 bilhões, um aumento de 8,2% em relação ao ano anterio

🚛Associação de transportadores pede mediação do governo em greve dos Auditores-Fiscais

A Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI) encaminhou nesta segunda-feira (27) um ofício à Presidência da República sobre os efeitos da greve dos Auditores-Fiscais no setor.

O documento foi também enviado aos Ministérios da Fazenda e da Gestão e da Inovação. A paralisação da categoria completa dois meses.

Em nota, a ABTI afirma que "a mobilização, iniciada pelos servidores públicos em 26 de novembro de 2024 afeta toda a cadeia logística do transporte rodoviário internacional de cargas, além dos demais modais". A associação menciona que países parceiros questionam a ausência de solução para a situação.

O documento solicita a intervenção da Presidência da República nas negociações com os Auditores-Fiscais "para que um acordo seja alcançado, a fim de cessar a greve e minimizar os impactos na cadeia produtiva e nos trabalhadores do setor".

⚖️Auditores ampliam adesão à greve no Carf e geram incertezas sobre julgamentos

Conselheiros do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) que representam a Fazenda Nacional estão aumentando sua participação no movimento grevista iniciado em novembro.

Os especialistas que analisam admissibilidade de recursos especiais e embargos no Carf também aderiram ao movimento, o que afeta o fluxo de processos para sorteio na Câmara Superior.

A retirada de processos das pautas impacta contribuintes que aguardam decisões sobre casos em andamento. Há também efeitos na análise dos pedidos de vista pendentes do fim do ano passado, que poderiam ser julgados após o recesso.

O cenário gera dúvidas entre os conselheiros sobre o cumprimento das metas estabelecidas pela direção do Carf para 2025. Os julgamentos, no entanto, seguem ocorrendo, pois não há indicativo de paralisação total por falta de quórum.

Em resposta a questionamentos, o Carf informou que não possui informações sobre o assunto.

📦Consolidado de Notícias do Dia📦

IA na Navegação: Estudo indica que tecnologia complementará ao invés de substituir fretadores.

Regulamentação ESG: França pede suspensão de diretiva ambiental da UE por custos excessivos.

Protecionismo Europeu: Comissão impõe sobretaxa de até 35% além dos 10% já existentes.

Impostos Combustíveis: ICMS sobre gasolina e diesel aumenta em todo Brasil a partir de 1º de fevereiro.

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