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Trump: segundo mandato e primeiros decretos com impactos sobre o Comex
Mantendo o TikTok nos EUA, TRUMP deve lançar: "dancinha das taxinhas".
🌐Donald Trump assume segundo mandato: impactos no comércio global e no Brasil

Donald Trump iniciou seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20 de janeiro de 2025, com uma agenda econômica marcada por nacionalismo, protecionismo e promessas de grandes mudanças.
Comércio global e protecionismo
Trump anunciou a criação de um “Serviço de Receita Externa” para taxar produtos de países estrangeiros, prometendo direcionar "enormes quantias de dinheiro" para os cofres públicos americanos.
A guerra comercial entre EUA e China, caso seja retomada, pode beneficiar o agronegócio brasileiro - já que a China buscaria, no Brasil, alternativas para os produtos atualmente importados dos EUA, a exemplo da soja, milho e algodão. Por outro lado, tarifas americanas sobre produtos como carne bovina, açúcar e etanol podem dificultar o acesso brasileiro ao mercado norte-americano.
Setor energético e exportações
Trump reforçou sua intenção de tornar os Estados Unidos um dos maiores exportadores de energia do mundo. Para isso, pretende desregulamentar políticas ambientais, ampliar a exploração de petróleo e gás natural e incentivar a produção doméstica. Essas medidas podem reduzir a dependência energética dos EUA e pressionar os preços globais de combustíveis, afetando exportadores concorrentes.
Implicações econômicas internas e globais
A política fiscal expansionista do presidente Donald Trump, incluindo cortes de impostos e aumento dos gastos em defesa e infraestrutura, pretende estimular o crescimento econômico interno.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que tais políticas podem impulsionar a inflação a curto prazo, complicando as decisões do Federal Reserve (Fed) sobre as taxas de juros. Para conter a inflação, o Fed poderia aumentar essas taxas, resultando na valorização do dólar em relação a outras moedas, como o real brasileiro.
Desde a reeleição de Donald Trump em novembro de 2024, os mercados financeiros dos Estados Unidos apresentaram os seguintes desempenhos:
Dow Jones Industrial Average: registrou um aumento de 7,54% em novembro, marcando seu melhor desempenho mensal do ano.
S&P 500: avançou 5,73% no mesmo período, também alcançando seu melhor mês do ano.
Nasdaq Composite: subiu 6,21% em novembro, encerrando aos 19.218 pontos.
Criptomoedas em alta
Trump também se posiciona como um defensor das criptomoedas. Ele prometeu transformar os EUA em um "hub" global para ativos digitais e sinalizou a possibilidade de criar uma "Reserva Federal de Bitcoin". Isso impulsionou o bitcoin, que atingiu um recorde de US$ 109.225 no dia da posse, refletindo o otimismo dos investidores com o novo cenário.
Impacto no Brasil
Em 2024, as exportações brasileiras para os Estados Unidos atingiram um recorde de US$ 40,3 bilhões, representando um aumento de 9,2% em relação ao ano anterior.
Com o Petróleo bruto; Aeronaves e suas partes, Café, Celulose e Combustíveis de Petróleo capitaneando as exportações brasileiras destinadas aos EUA, o novo discurso preconizando a indústria americana e políticas econômicas ambiciosas inicia o mandato de Trump prometendo transformar os EUA em uma potência mais independente e competitiva, o que pode gerar efeitos de longo alcance para o Brasil e o mundo.
📢Principais declarações e ações reportadas no dia da posse
Intenção de retomar o controle do Canal do Panamá (que gerou resposta imediata do presidente panamenho José Raul Mulino defendendo a soberania do país);
Proposta de renomear o Golfo do México para "Golfo da América";
Retirada dos EUA do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas.
A decisão sobre o Acordo de Paris pode afetar especialmente as discussões previstas para abril na Organização Marítima Internacional (IMO), onde será debatida uma taxa global de carbono para o setor naval.
📦Consolidado de Notícias do Dia📦
Impasse Suez: CMA CGM nega planos de retomar rotas regulares pelo Canal de Suez apesar do anúncio de cessar-fogo Houthi.
Diplomacia comercial: Trump sinaliza interesse em visitar China no início do mandato após tensões sobre tarifas de importação.
Disputa tecnológica: UE abre processo contra China na OMC por práticas desleais relacionadas a patentes de tecnologia 5G e pressão sobre empresas europeias.
Inscrições Abertas: Governo federal lança programa gratuito de capacitação em comércio exterior voltado para jovens negros e mulheres em situação de vulnerabilidade.
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