Uns taxam, outros compram

Países árabes almejam agro brasileiro, Brasil firma novos acordos com Rússia e China e tarifas sobre compradores de petróleo russo ameaçam a economia mundial

Hoje é segunda-feira… a semana é um navio pronto para zarpar, e você está no leme. Navegue com coragem, porque o melhor mercado é o próximo.

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📊 Um Gráfico

Os países que mais fazem compras online no mundo

O gráfico divulgado pelo Visual Capitalist mostra quais países mais compram online, considerando a fatia do e-commerce no consumo de bens em 2024.

Os Estados Unidos lideram com 33,7% das compras acontecendo pela internet, seguidos de perto pela China (31,2%). O Reino Unido ocupa o terceiro lugar com 23,2%, seguido pela Coreia do Sul (22%) e Países Baixos (20,9%).

A média mundial é de 17,3%, mostrando que a força de compra dos primeiros colocados e a gigante população chinesa elevam a média de maneira que menos de 7 países estão acima da média.

O Brasil não consta no ranking de pesquisa desse gráfico, contudo, os dados da Rio Times indicam que o comércio eletrônico brasileiro representou cerca de 16% do varejo em 2024.

Além disso, a penetração do e-commerce no Brasil é de aproximadamente 90% entre os adultos, e mais da metade (55,1%) dos consumidores prefere comprar online. O país movimentou mais de US$ 41 bilhões em vendas digitais no último ano, com projeção de crescimento anual entre 10% e 15%.

  •  Mercado Livre

  • Magalu

  •  Americanas

  •  Shopee

  •  Amazon Brasil

  •  Carrefour

  •  Via (Casas Bahia, Extra, Ponto)

💰Dinheiros e Indicadores

 🇺🇸 R$5,424 ||| 🇪🇺 R$6,129

Há 7 dias R$5,510 |||Há 7 dias R$6,259

30 dias R$5,456 |||30dias R$6,387

365 dias R$5,616 |||365 dias R$6,129

💸Inflação: 5,35% (12 meses) | Meta 3,0%

💰 Selic Atual: 15,00% | 30 dias: 15,00% | 60 dias: 14,75%

🪙Reserva Internacional: Jul/25: US$345.111 | Jun/25: US$344.440 | Mai/25: US$341.459

Balança Comercial mensal:

⬇EXP: US$32.310,2 | ⬆IMP: US$25.235,5 | 🟰Saldo: US$7.074,7

*Dados coletados no Banco Central do Brasil, MDIC sempre do dia anterior.

👀 Países árabes miram agro brasileiro em alternativa ao tarifaço dos EUA

Os países árabes sinalizaram que querem comprar mais produtos do Brasil como alternativa ao tarifaço dos Estados Unidos. Um estudo realizado pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira mapeou os produtos mais afetados pelo tarifaço de Trump.

A pesquisa apresenta os volumes de importação desses produtos pelos países árabes, identifica os principais compradores e aponta mercados alternativos para a exportação.

O diagnóstico do estudo identificou 13 produtos, entre os principais exportados pelo Brasil aos EUA nos últimos cinco anos, que podem ser direcionados ao mercado árabe. Para cada um, a Câmara Árabe sugere três países com maior potencial de compra; entre eles, os principais foram:

  • Café verde: um dos produtos com maior potencial de exportação para os países árabes. Em 2024, o Brasil exportou US$ 513,83 milhões em café não torrado para a região, contra US$ 1,896 bilhão destinados aos EUA. Arábia Saudita, Kuwait e Argélia despontam como os mercados mais promissores para expansão das vendas.

  • Carne bovina: em 2024, o Brasil exportou US$ 1,211 bilhão em carne bovina para os países árabes, contra US$ 885 milhões destinados aos EUA. Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita estão entre os mercados com maior potencial de expansão das vendas. No caso egípcio, dos US$ 927,12 milhões importados pelo país, apenas US$ 273,07 milhões tiveram origem no Brasil.

  • Bulldozers, angledozers, carregadoras e pás carregadoras: Itens com importação elevada pelos países árabes, mas com exportação ainda incipiente do Brasil, o que indica amplo potencial de crescimento das vendas no mercado árabe.

Segundo a Câmara Árabe, há demanda crescente dos países árabes por produtos brasileiros beneficiados por tarifas reduzidas, com alíquotas que variam de zero a 30%

Para Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara, o mercado árabe deve estar entre as prioridades das empresas e do governo nas estratégias de redirecionamento de produtos que deixarão de ser enviados aos EUA. Ele destaca que os países têm crescimento populacional e econômico acima da média mundial, contam com população jovem e veem o Brasil como importante fornecedor para a segurança alimentar da região.

Segundo o estudo, o Brasil é o principal fornecedor ao mercado árabe de gado, carne suína, carne de frango, milho, soja em grãos, amendoim, gordura bovina, ceras vegetais, açúcar, suco de laranja congelado, tabaco bruto, minério de ferro, minério de alumínio, celulose, ferro-gusa bruto (usado na produção de aço) e resíduos de estanho (utilizados na fabricação de ligas metálicas).

🤝 Brasil firma acordos econômicos com Rússia e China

O Ministério da Fazenda firmou acordos com Rússia e China para criar mecanismos permanentes de diálogo econômico e financeiro. A informação foi publicada nesta segunda-feira (11) no Diário Oficial da União.

Os entendimentos visam à cooperação em fóruns multilaterais, como Brics e G20, e abordam avanços em projetos conjuntos de infraestrutura e questões ambientais.

O acordo com a Rússia cria formalmente um Diálogo Econômico e Financeiro bilateral, concebido como um canal estável de comunicação entre os ministérios dos dois países.

O documento define 7 áreas prioritárias de trabalho:

  • Políticas macroeconômicas no contexto nacional, regional e mundial

  • Enfrentamento de desafios econômicos e discussão de reformas

  • Cooperação tributária

  • Financiamento de projetos de infraestrutura

  • Novas oportunidades de cooperação bilateral

  • Atuação conjunta em fóruns multilaterais

Já o acordo com a China dá sequência a entendimentos firmados em 2024 e em maio de 2025, nos quais os países se comprometeram a aproximar suas estratégias nacionais de desenvolvimento.

Leia a publicação oficial no DOU na íntegra, aqui.

Brasil e China também avançaram na construção de um protocolo bilateral para certificação e rastreabilidade de carne e soja, com o objetivo de fortalecer e acelerar as exportações brasileiras ao mercado chinês.

A iniciativa busca criar um mecanismo de validação mútua para certificações ambientais e sistemas de rastreamento. Com isso, certificados brasileiros desenvolvidos pela Embrapa, passariam a ter aceitação oficial por autoridades e empresas chinesas. A medida pode facilitar exportações, agregar valor aos produtos e reduzir barreiras não tarifárias.

Plano oficial de contingência ao tarifaço deve sair até terça-feira

Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o plano de contingência para ajudar os setores afetados pelo tarifaço imposto pelos EUA deve ser anunciado até terça-feira.

O plano terá um parâmetro para avaliar os efeitos das tarifas sobre cada setor da economia e a variação das exportações dentro de um mesmo segmento, a fim de tornar o socorro mais preciso.

🛢️Tarifas de Trump sobre compradores de petróleo da Rússia trazem riscos econômicos e políticos a nível mundial

Donald Trump deu prazo até sexta-feira para que a Rússia aceite um acordo de paz na Ucrânia, sob pena de ver seus compradores de petróleo enfrentarem novas tarifas. O primeiro exemplo foi a Índia, que recebeu uma tarifa adicional de 25% sobre suas exportações para os EUA.

  • Nenhuma ordem foi assinada até o momento para a China, principal importadora de petróleo russo, mas uma autoridade da Casa Branca afirmou que as medidas secundárias devem ser divulgadas na sexta-feira.

Embora essas novas tarifas possam provocar dano à economia russa, ao cortar uma importante fonte de financiamento do país, analistas apontam que elas também terão consequências para os EUA e para o mundo.

As tarifas aumentariam o custo das importações para os EUA de produtos de países compradores da Rússia, dando-lhes um incentivo para adquirir petróleo em outros fornecedores. A redução das fontes de embarque de petróleo pode elevar os preços dos combustíveis e pressionar a inflação , criando dificuldades políticas para Trump, especialmente em relação aos acordos comerciais que busca firmar.

No mês seguinte à invasão de Moscou em fevereiro de 2022, os temores de interrupções da Rússia empurraram os preços internacionais do petróleo para US $ 130 por barril, não muito longe de sua alta histórica de US $ 147.

Se a índia parasse de comprar 1,7 milhão de barris por dia de petróleo russo, cerca de 2% da oferta mundial, os preços saltariam.

Analistas do JP Morgan afirmam que é “impossível” sancionar o petróleo russo sem provocar um salto nos preços. Qualquer interrupção percebida nos embarques da Rússia poderia elevar o petróleo Brent para US$ 80 ou mais. Mesmo que os produtores dos EUA interviessem, não seria suficiente para conter a alta dos preços

E o cenário poderia ser ainda pior caso a Rússia resolva retaliar fechando o Oleoduto CPC, do Cazaquistão. Nesse caso, uma grande crise mundial de fornecimento seria inevitável. As petrolíferas ocidentais Exxon, Chevron, Shell, ENI e TotalEnergies enviam até 1 milhão de barris por dia pelo oleoduto, que tem capacidade total de 1,7 milhão de bpd.

📦Estufado de Notícias

🛃 Aduana e Setor Público

🚂 Logística nacional

✈️ Logística Internacional

🌐Geopolítica

🤝 Negócios

🚚Consolidado de Legislações

RESOLUÇÃO CEC No 11, DE 4/AGO/25 - Autoriza o Ministério das Relações Exteriores a acionar o mecanismo de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio acerca de medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos da América a produtos brasileiros.

ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO CODAR No 20, DE 6/AGO/25 - Institui código de receita para recolhimento de multa por descumprimento de condições, requisitos ou prazos estabelecidos para aplicação do Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária de que trata o art. 72, caput, inciso I, § 1o, da Lei no 10.833, de 29/dez/03.

CIRCULAR No 60, DE 5/AGO/25 – Dispõe sobre o início de investigação para averiguar a existência de dumping nas exportações da China e do Egito para o Brasil de fibras de vidro, tipo E e/ou E-CR, em filamentos ligeiramente torcidos (roving), de densidade linear igual ou superior a 100 g/km, comumente classificadas no subitem 7019.12.90

CIRCULAR No 61, DE 5/AGO/25 – Dispõe sobre a investigação de dumping nas exportações para o Brasil de laminados planos de aço carbono, ligados ou não ligados, em forma de chapas (não enrolados) ou em bobinas (rolos), de qualquer largura ou espessura, laminados a frio, classificadas nos subitens 7209.15.00, 7209.16.00, 7209.17.00, 7209.18.00, 7209.25.00, 7209.26.00, 7209.27.00, 7209.28.00, 7209.90.00, 7211.23.00, 7211.29.10, 7211.29.20, 7225.19.00, 7225.50.90, 7226.19.00 e 7226.92.00, originárias da República Popular da China.

ACÓRDÃO No 521/2025-ANTAQ - NR: Trata da análise do diagnóstico sobre a crise logística na cadeia de transporte de carga unitizada, especialmente questões relacionadas à sobrestadia de contêiner e sua regulamentação pela Resolução ANTAQ no 62/2021. O acórdão define que a sobrestadia só é de responsabilidade do usuário quando o atraso não decorre de falhas do transportador, terminal ou depósito e, determina procedimentos sumários para resolver conflitos, incentiva a composição amigável, garante transparência nas cobranças e fortalece mecanismos de fiscalização e monitoramento das denúncias.

Importação no 075/2025 - Adesão do Ibama ao Novo Processo de Importação

Importação no 076/2025 - Alteração de Tratamento Administrativo – Ibama

PORTARIA SECEX No 421, DE 8/AGO/25 - Altera o Anexo I da Portaria Secex no 249, de 4/ jul/23, a qual dispõe sobre o Licenciamento de Importações e Emissões de Provas de Origem. NR: Referida alteração alcança o arroz originário do Suriname e, veículos originários da Argentina.

🎙️Conferiu o último episódio do Invoice Cast?

- Por que a capacidade financeira é tão importante?

- É possível Radar ilimitado para empresa nova?

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Entenda nesse episódio toda a complexidade por trás da habilitação e monitoramento do Radar Siscomex, quais os cuidados e consequências para quem é negligente no assunto.

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