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Venezuela se recuperando, BYD com navio próprio e China e Argentina em risco para nossas exportações

Um Gráfico

A população mundial se o mundo tivesse 1000 pessoas.

Esta é uma forte evidência de que grandes economias precisam de pessoas para produzir e consumir.

Tanto que há tempos países como Japão enfrentam recessão econômica fruto da estagnação do seu crescimento populacional.

Serve também para notar que a Ásia é mais que China e Índia, afinal, países como Indonésia, Paquistão e Bangladesh também estão lá para comprar e vender.

Falando na China, mesmo tendo a segunda maior população mundial, ela encolheu pelo segundo ano consecutivo, o que causou um crescimento do PIB abaixo do esperado (vide Consolidados adiante).

💰Dinheiros e Indicadores

🇺🇸 R$4,9397 ||| 🇪🇺 R$5,3596

7 dias R$4,8788 ||| 7 dias R$5,3398

30 dias R$4,9393 ||| 30 dias R$5,3908

365 dias R$5,0903 ||| 365 dias R$5,5138

💸Inflação: 4,62% (12 meses) | Meta 3,0%

💰 Selic Atual: 11,75% | Dez/23: 12,25% | Nov/23: 12,75%

🪙Reserva Internacional: Jan/23: US$353.684b | Dez/23: 353.143b | Nov/23: 345.540b

Balança Comercial anual acumulada (FECHAMENTO DE 2023):

⬆EXP: US$339.67,6b | ⬇IMP: US$240.834,6b | 🟰Saldo: US$98.838,2b

*Dados coletados no BACEN e MDIC, sempre do dia anterior.  

A economia venezuelana apresentou um crescimento significativo em 2023, alcançando mais de 5%. Para 2024, o presidente Nicolás Maduro projeta um aumento ainda maior, estimando cerca de 8%.

Sem contar a redução na taxa de inflação reportada pelo Banco Central, de aproximadamente 190% no ano passado.

A PDVSA, empresa estatal de petróleo, foi crucial, contribuindo com bilhões para o orçamento nacional, cujo montante foi usado em áreas como saúde, educação e habitação.

Um dos motivos (se não o principal) foi o relaxamento das sanções americanas.

Tais medidas, além de elevarem o preço do petróleo venezuelano, podem resultar em maiores gastos sociais diante das eleições presidenciais que se aproximam e precisam ocorrer com maior transparência para que essas sanções não sejam reestabelecidas.

Vale a pena voltar a fazer negócios com a Venezuela?

Apesar da crise que assola o país e a sua exclusão não oficial do Mercosul (está apenas suspensa de seus direitos e deveres), muitas empresas venezuelanas vêm tentando fechar negócios com o Brasil.

Eu, por exemplo, tenho um cliente da indústria têxtil que fechou uma exportação de roupas mediante pagamento antecipado.

Muitas empresas que “fogem” de parcerias com a Venezuela podem, futuramente, acabar se arrependendo caso a economia volte a se tornar um mercado potencial para negócios.

Com certeza os parceiros serão lembrados pelos momentos de vacas magras e serão valorizados por isso.

Em 2023, dados do ComexStat registraram as exportações para a Venezuela em 0,3%, tendo como principais produtos açúcares e melaços, gorduras e óleos vegetais e outros produtos comestíveis.

Já na importação, adubos ou fertilizantes químicos corresponderam a 45%, reflexo também da guerra entre Ucrânia e Rússia que impactou o fornecimento mundial.

A fabricante chinesa de veículos elétricos iniciou uma nova fase em suas operações. O seu primeiro navio cargueiro dedicado, o BYD Explorer No. 1, partiu em viagem inaugural com destino à Europa. 

Este navio, com capacidade para transportar 7.000 carros, simboliza um marco significativo na expansão internacional da BYD.

O BYD Explorer No. 1, gerenciado pela Zodiac Maritime Ltd. e alugado à BYD, fez uma parada no porto chinês de Yantai e seguirá para Shenzhen, onde fica a sede da BYD, depois prosseguirá para seu destino final a Europa.

A China International Marine Containers Group Co., que construiu o navio, destaca que esta é a primeira embarcação construída por um estaleiro chinês especificamente para exportação de carros chineses.

Quem pode, exporta com navio próprio e dita tendência

Ao construir e operar seu próprio navio, a BYD não apenas assume o controle total sobre a logística de seus produtos, mas também desafia o status quo do monopólio dos armadores.

Esta escolha representa uma abordagem arrojada, que pode ser vista como uma resposta às limitações e custos associados à dependência de armadores externos.

Além disso, ao projetar o navio com essa capacidade de carga significativa e escolher o GNL como combustível principal, a BYD estabelece um novo padrão para a indústria, demonstrando que é possível alcançar eficiência e sustentabilidade em grande escala.

Este movimento pode ser visto como um marco na jornada em direção a um futuro mais sustentável e economicamente viável, onde as grandes empresas assumem um papel ativo na remodelação de suas cadeias de suprimentos e na mitigação de sua pegada ambiental para se alinhar a práticas ESG.

PS: É irônico pensar que enquanto alguns estão debatendo se devem mudar com a maré, a BYD dita sua própria maré. Talvez seja um lembrete. Em um mar de concorrência, talvez você tem que construir seu próprio navio para manter-se à frente da frota.

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Por Milton Gato - Head of Global Trade

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