México taxa o Brasil

Enquanto a adoção da IA redefine cultura organizacional, o noticiário do dia é marcado pelos protestos do setor leiteiro e pela disputa internacional pela sucata de alumínio, que ameaça o equilíbrio do mercado interno

😭 México aprova aumento de tarifas de importação: medida afetará o Brasil

Nesta quarta-feira (10), o Congresso mexicano aprovou, com 76 votos a favor e apenas 5 contra, o aumento das tarifas de importação para itens de países com os quais não mantém acordos comerciais, como o Brasil.

A medida afeta 1.463 produtos, com alíquotas mínimas de 35% que entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2026. Entre os países afetados estão China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Rússia, Tailândia, Turquia, Taiwan e Brasil.

Diferentes setores serão atingidos, como o automotivo, vestuário, eletrodomésticos, plásticos e calçados.

Durante a votação, 35 senadores se abstiveram de votar, alegando que as mudanças foram discutidas com pouca antecedência e sem estudos adequados sobre o impacto das novas tarifas na inflação. Outros afirmaram que a decisão foi influenciada por pressão americana.

A presidente Claudia Sheinbaum tem sido alvo de críticas sobre a possibilidade de o México atuar como ponto de entrada de produtos chineses no mercado norte-americano.

Como a medida vai afetar o Brasil?

O México ocupa a 6ª posição no ranking de exportações de produtos brasileiros neste ano, com um superávit comercial de US$ 1,4 bilhão e atingindo a marca de US$ 7,1 bilhões em exportações de janeiro a novembro de 2025.

Carnes de aves e de bovinos, soja, veículos e suas partes, além dos motores de pistão, estão entre os setores mais afetados pelas novas tarifas mexicanas.

FUPdate

🤖 Cultura antes da tecnologia: o que realmente destrava o valor da IA

Não é novidade que a IA está rapidamente se tornando parte do cotidiano dos brasileiros como uma ferramenta ativa em finanças, entretenimento, comunicação e estudo. Mas agora isso se comprovou com dados.

Segundo uma pesquisa inédita no Brasil feita pelo Instituto Locomotiva em parceria com a OpenAI, 67% dos brasileiros usam IA para entretenimento, 52% para finanças e 44% para gerar imagens ou vídeos, enquanto 93% acreditam que a tecnologia pode ajudar na comunicação e aprendizagem.

Ao mesmo tempo, a incorporação da IA no ambiente corporativo e social depende menos da tecnologia em si e mais da cultura que a sustenta.

A simples adoção de ferramentas avançadas não garante resultados se não houver um direcionamento claro sobre como elas devem ser usadas no dia a dia. O sucesso de qualquer solução tecnológica (seja a IA ou um sistema interno) está diretamente ligado à forma como líderes e equipes definem limites, orientações e rotinas de uso.

Muitas ferramentas oferecem possibilidades quase infinitas, mas sem direcionamento e sem o toque humano para guiar decisões, organizar informações e interpretar resultados, elas podem se tornar superficiais, robóticas e até gerar retrabalho.

Da mesma forma, nenhum sistema entrega seu potencial máximo se não for alimentado com dados corretos, se não houver consistência nos processos e se a operação não estiver minimamente organizada.

No fim, a IA é uma ferramenta para aumentar ou até mesmo melhorar a produtividade, não para substituí-la. E ela só funciona plenamente quando integrada a uma cultura que entende como e por que usá-la.

Por isso, mais do que adotar tecnologias, é essencial que as empresas desenvolvam uma cultura que ensine, oriente e estimule o uso consciente dessas ferramentas. É essa base cultural que transforma a IA de um recurso subutilizado em uma aliada operacional, capaz de realmente agregar valor ao trabalho.

🐮 Produtores de leite protestam no Paraná contra importações

Produtores de leite realizaram protestos nesta quarta-feira (10) para cobrar do Governo Federal medidas emergenciais para o setor. O ato reuniu moradores e representantes da cadeia produtiva e ocorreu de forma articulada com outras manifestações no Sul do país.

Segundo a PRF, os atos ocorreram entre Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul, sem bloqueios permanentes até o momento. Contudo, a entidade não descarta a possibilidade de interrupções temporárias.

O movimento apresentou três pedidos centrais ao governo federal:

  • Suspensão por 120 dias da importação de leite em pó;

  • Prorrogação de dívidas rurais e liberação de capital de giro;

  • Criação de uma política pública permanente para a cadeia do leite.

Segundo os produtores, o custo de produção tem superado o preço pago pelo litro há vários meses, o que tem comprometido a continuidade da atividade no país.

Os organizadores aguardam a presença da imprensa e lideranças políticas para apresentar formalmente as demandas ao governo federal. A mobilização segue sem confrontos e não há previsão de encerramento.

Em resposta, nesta quarta-feira, o Governo do Paraná publicou o Decreto 12.187/2025, que regulamenta a Lei nº 22.756/2025 e proíbe a reconstituição de leite em pó e outros derivados de origem importada quando destinados ao consumo humano no Estado.

🛢️ Fuga das latinhas: exportação de sucata de alumínio ameaça indústria nacional

A crescente exportação de sucata de alumínio pelo Brasil tem se tornado um problema para a indústria doméstica, que depende dessa matéria-prima reciclada para abastecer suas fábricas.

Apesar de o país contar com um parque robusto de reciclagem — capaz de processar mais de 1 milhão de toneladas por ano — a produção local de sucata não é suficiente para suprir a demanda interna, o que obriga as recicladoras a importarem matéria-prima do exterior para manter a produção plena.

Segundo dados de 2024, o Brasil ainda é importador líquido de sucata de alumínio, importando mais do que exporta, mesmo com a indústria reciclando cerca de 60% do alumínio consumido internamente.

No entanto, a exportação desse insumo tem crescido. A saída crescente de sucata para mercados como China e Europa reduz ainda mais a disponibilidade para o setor nacional, afirma Janaina Donas, presidente da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).

A situação é intensificada pela alta demanda internacional por materiais com menor pegada de carbono, e o alumínio reciclado consome até 95% menos energia que o primário.

Além disso, a tarifa dos EUA de 50% sobre o alumínio tem favorecido as exportações de sucata, uma vez que, para a maior parte do mundo, Trump determinou uma tarifa básica de 10% (o que não é o caso do Brasil, onde a sucata segue tarifada em 40%).

Ainda assim, a diferença tarifária favorável à sucata para a maior parte do planeta aumenta a disputa por ela no mercado internacional e estimula a exportação no Brasil também: se a Alemanha exportar mais latinhas para os EUA, por exemplo, abre-se mais mercado na Alemanha para a sucata brasileira.

Especialistas alertam que essa “fuga das latinhas” pode comprometer a sustentabilidade da indústria secundária brasileira, pressionando ainda mais as importações e reduzindo a competitividade da cadeia produtiva local.

E esse não é um problema exclusivo do Brasil. A UE anunciou em novembro que vai impor restrição às exportações de sucata de alumínio no continente, via tarifa ou cota no ano que vem, citando as distorções tarifárias dos EUA como grande motivador da medida.

🥳 A segunda rodada do nosso desafio aduaneiro chegou!

Na semana passada, lançamos a primeira pergunta da prova de Habilitação de Despachantes Aduaneiros de 16 de novembro de 2025.

O resultado da questão da última semana saiu na edição de ontem (10), e muita gente se surpreendeu com a resposta correta. 🤭

Agora é hora de seguir testando seu nível de preparo. Toda quinta-feira, o FUP coloca você frente a frente com um novo desafio da prova, para ajudar a identificar onde o conhecimento está afiado e onde ainda vale reforçar a atenção.

Prontos para a segunda pergunta? Vamos ver como você se sai desta vez.

Em alguns casos a legislação dispensa a licença de importação. A respeito desse assunto, marque a alternativa INCORRETA

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