Concentração atinge 80% no Porto de Santos

EUA detalham tarifas a navios chineses, Montevidéu enfrenta paralisação e ciberataques lideram ranking de riscos

📊 Um Gráfico

Top riscos nos negócios

Ainda vemos riscos cibernéticos em primeiro lugar, pois muitas empresas aprendem a cuidar disso apenas com a dor. E esse é um risco que pode ser causado por uma pessoa jovem, dentro de casa, contra uma empresa em praticamente qualquer lugar do mundo.

  • Sem contar que, se um cliente ou parceiro nosso sofre um ataque cibernético, sofremos as consequências junto e com atrasos burocráticos.

O aumento da competição e desaceleração da economia são quase um caso de “quem veio primeiro?”.

Os movimentos que vemos dos tarifaços, o interesse em terras raras e as mudanças de compradores e vendedores de commodities contribuíram para o risco nos preços desses produtos e na escassez de materiais.

O risco 7 no lado de 2025 sumiu em 2028, porque não tivemos novos conflitos e situações geopolíticas (a cadeia de suprimentos sempre se adequa à nova realidade). Será que há uma previsão para terminar a guerra da Ucrânia nos próximos anos?

Curioso que muitos consideram IA um risco, subindo 21 pontos no ranking no lado de 2028, risco de obsolescência ou algo mais?

Quais riscos mais lhe preocupam?

Os hackers, a instabilidade política, o ritmo da economia ou a escassez de insumos?

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👀 Alfândega dos EUA divulga detalhes sobre o pagamento da USTR 301

A uma semana da implementação de taxas portuárias adicionais para embarcações de propriedade, operadas ou construídas na China, a Patrulha de Alfândega e Fronteira dos EUA (CBP) divulgou detalhes sobre o funcionamento da cobrança, na prática.

  • As taxas a embarcações que atracam em portos dos EUA a partir de 14 de outubro foram confirmadas em US$ 50 por tonelada líquida para embarcações de propriedade ou operadas por uma entidade chinesa.

  • Para navios porta contêineres, o valor mais alto será de US$ 18 por tonelada líquida ou US$ 120 por contêiner descarregado de embarcações chinesas que atracam em portos dos EUA.

  • Haverá a cobrança de uma taxa de US$ 14 por tonelada líquida para embarcações classificadas como transportadoras de veículos ou embarcações roll-on/roll-off.

As taxas deverão ser pagas diretamente ao Departamento do Tesouro dos EUA, por meio do portal seguro “pay.gov”, e não na entrada do porto pelo navio. A CBP ressaltou que os operadores devem efetuar o pagamento pelo menos três dias antes da chegada do navio, pois aqueles sem comprovante de pagamento serão impedidos de realizar operações de carga ou descarga na chegada ao porto nos EUA.

O cálculo das taxas será feito por meio de registros no mesmo portal, realizados pelos operadores usando o Formulário de Pagamento da Seção 301. Após o pagamento, a confirmação será encaminhada ao Sistema de Entrada e Liberação de Embarcações (VECS).

Recentemente, o governo chinês assinou um decreto para que a China tome as contramedidas necessárias contra países ou regiões que impõem ou apoiam medidas punitivas contra operadores, navios ou tripulantes chineses envolvidos no transporte marítimo internacional. Agora, com a confirmação da cobrança por parte dos EUA, nos resta aguardar e observar os desdobramentos para o setor.

🏗️ Quatro empresas concentram 80% do transporte de contêineres em Santos

O transporte marítimo de contêineres no Porto de Santos está mais concentrado em quatro grandes armadores europeus, três dos quais operam terminais no porto.

Entre setembro de 2024 e agosto de 2025, a participação das “big four” — a suíça MSC, a dinamarquesa Maersk, a francesa CMA CGM e a alemã Hapag-Lloyd — subiu de 72% para 80%.

No mesmo intervalo de tempo, a fatia dos demais armadores caiu de 28% para 20%. Esse grupo inclui gigantes como a chinesa Cosco, a japonesa One e a taiwanesa Evergreen.

Fontes do setor afirmam que o acesso das empresas asiáticas ao Porto de Santos tem sido cada vez mais dificultado pela crescente dominância dos armadores europeus.

O complexo santista tem três terminais de contêineres. A MSC e a Maersk são sócias no BTP. A CMA CGM comprou, em setembro do ano passado, o controle da Santos Brasil, e o terceiro terminal pertence à DP World (Dubai Ports World), dos Emirados Árabes, que mantém um acordo com a Maersk para o grupo dinamarquês realizar suas operações de contêineres.

Esse é o principal argumento dos defensores das restrições no leilão do Tecon-10, previsto para dezembro. Eles citam a concentração dos armadores em Santos para argumentar que seria importante trazer um novo operador para o porto.

Segundo esses interlocutores, caso uma das companhias de navegação que já controlam terminais em Santos ganhe o Tecon-10, aumentaria o risco de outros armadores ficarem relegados a posições mais desfavoráveis para atracar no maior porto brasileiro.

ICTSI pede que TCU apoie restrições em leilão de megaterminal

A ICTSI (International Container Terminal Services Inc) protocolou uma manifestação no MPTCU (Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União) em defesa das restrições impostas no leilão pela Antaq.

No documento, a companhia filipina argumentou que o formato com restrição à participação de operadoras já instaladas no porto, na 1ª fase do certame, é legal, eficiente e o único capaz de garantir concorrência efetiva no maior porto do Brasil.

A empresa declarou ainda que o leilão em fase única, recomendado por técnicos do TCU, é “ilegal e inadequado” e que o certame aberto a todas as empresas criaria uma “falsa isonomia”, favorecendo grupos dominantes e afastando novos investidores.

MSC e Maersk são ilegalmente imbatíveis na disputa, pois, à luz do seu poder de mercado no terminal, no longo curso e na cabotagem, podem cobrir qualquer lance de terceiros

ICTSI

A ICTSI também citou pareceres do Cade e do MPor que reconheceram os riscos concorrenciais no caso de vitória de grupos que já operam em Santos.

O processo segue sob relatoria do ministro Antonio Anastasia, que deve levar o caso ao plenário do TCU.

Uma disputa entre o sindicato portuário e o Terminal Cuenca del Plata (TCP) intensificou-se nas últimas horas, com vários navios cancelando suas escalas no Porto de Montevidéu, no Uruguai.

A disputa decorre da implementação do novo sistema operacional Navis N4, que levou ao fechamento da unidade portuária devido à recusa dos trabalhadores em operar o sistema.

Após a implementação do sistema, o sindicato TCPA manifestou sua recusa em utilizá-lo e afirmou que só aceitará o sistema se a empresa reduzir a jornada de trabalho para seis horas, mantendo a remuneração correspondente a oito horas.

Sem trabalhadores operando, um navio vinculado à companhia MSC ficou encalhado no terminal por mais de um dia e decidiu deslocar-se para um cais público a fim de operar normalmente. Ao mesmo tempo, três navios pertencentes à ONE, Maersk e MSC cancelaram suas escalas em Montevidéu, transferindo suas operações para Buenos Aires, na Argentina.

Os navios mantinham contêineres com importações uruguaias a bordo, que serão descarregados em portos brasileiros.

Outros dois navios, um da Hapag-Lloyd e outro da Maersk, estão navegando rumo a Buenos Aires e depois seguirão para Montevidéu. Contudo, se o conflito persistir, as escalas já estão previstas para serem canceladas.

O sindicato também anunciou que o serviço de caminhões não será prestado no terminal nesta terça-feira (7).

O Navis N4 é o mesmo sistema em que a TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá) investiu R$ 25 milhões para implementar. Trata-se de um sistema integrado de operação portuária que tem por objetivo aumentar a produtividade, reduzir custos e melhorar a interface para os clientes.

Sua implantação foi concluída no início de outubro e ele já está em operação no TCP.

Hoje, esse mesmo sistema está presente em 14 terminais no Brasil e 316 terminais pelo mundo.

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